Silver Moons

Quando os planos dão errado

  Walking down this road of yours 

It might be the world that I adore 

Looking out into the stars and moon 

Now I know that I'll be coming home to you  

(Home Sweet Home - Ricky Dillon)

--x--

Connor ligou para Margareth.

-Olá, Marg. - A mulher sorriu, do outro lado da linha.

-Olá, Connor.

-Eu estou com saudades e... Eu tenho uma novidade pra você. 

-Eu também estou, Connor. E estou ouvindo. - Connor sorriu.

-Você tinha razão. Tinha razão quando falou pra mim sobre o Troye... E era tarde demais por um tempo, porque ele namorou esse nosso amigo, mas... Nós estamos bem. - Margareth sorriu, do outro lado da linha.

-Isso é ótimo, querido, mas e a sua namorada? Como ela reagiu? - Connor suspirou.

-Eu ainda estou na europa. E... Ainda não terminei com ela, mas eu gosto dele, Marg. Muito. Muito mesmo. Eu gosto a ponto de doer, sabe? Quando o coração aperta, porque você não sabe o que está acontecendo, porque você não sabe se ele está bem... Eu amo o Troye, mas ele é melhor amigo da Kayla, eu não sei o que fazer... - Margareth parou de tricotar e pegou o telefone corretamente.

-Você vai saber, querido. Vai dar tudo certo para vocês, porque vocês parecem estar bem, juntos.

-Eu estou bem, Margareth. Eu estou realmente bem e eu sei que eu vou ser feliz com o Troye, muito. Porque pela primeira vez na minha vida eu sei o que eu quero e pela primeira vez na minha vida eu sei com quem eu quero e eu olho pra trás e eu vejo que eu me enganei o tempo inteiro. Que eu menti para mim mesmo, porque eu costumava namorar ou ficar com essas garotas e eu dizia que em algum momento eu ia sentir alguma coisa por elas, que em algum momento durante o nosso relacionamento eu ia achar que era ela, mas eu nunca tive isso. Eu achava que em algum momento com a Kayla eu ia olhar pra ela quando ela acordava, ou quando ela vinha e me beijava e eu ia pensar "Deus, eu amo essa garota" mas eu não tive nada disso. Isso nunca aconteceu e agora eu sei o porquê. - Margareth sorriu.

-Eu fico feliz por você, Connor. Eu sabia que alguma coisa ia acontecer, porque era óbvia a serenidade do seu rosto quando falava dele e eu sei que vocês serão um casal incrível.

-Obrigado, Marg. De verdade. - Ela assentiu.

-Não esqueça de trazê-lo para me conhecer.

-É claro que eu vou. Assim que uma oportunidade surgir. - A mulher assentiu. - Beijos Marg.

-Tchau querido. E obrigado por me contar. - Eles desligaram.

(...)

"Querido Troye...

Eu não vou poder ir para Verona. Não nas próximas semanas. Eu gostaria, mas parece que vou ter que estender a minha estadia em Portugal. Eu já deveria estar em Verona há três dias, mas a Maria passou muito mal há alguns dias e... Eu não pude sair daqui. Veja bem... Ela está sozinha aqui e eu estava aqui e ela está internada já tem uma semana, porque parece que ela teve esse problema nos rins. Eu sei que não vou poder ficar aqui para sempre, mas eu vou ficar só por mais dez dias, porque é o tempo que os médicos deram para ela ficar no hospital e o tempo que a irmã dela vai demorar para vir para cá. E ela precisa de alguém cuidando das coisas na loja. Eu não falo português, então isso tem sido um problema, mas uma boa parte dos clientes fala inglês. Eu levo o livro de registros pra ela todos os dias no hospital e compro o que ela quer, sempre que ela me pede e eu tenho cuidado da casa e da loja. 

Ela me disse hoje que é engraçado o número de romances vendidos na última semana, porque ela nunca vendera tantos e é engraçado, porque eu nunca vi tantas garotas indo tantas vezes à loja, então isso é engraçado. Tem essa garota que aparece a cada dois dias me dizendo que já leu o anterior, então ela me pede para que eu escolha outro para ela... Pobrezinha. Amanhã é dia da coitada aparecer. Eu tenho recomendado uns romancezinhos típicos de internet, porque... Eu não sei o que as garotas gostam de ler, por incrível que pareça!

Eu espero que você não fique chateado porque eu tive que ficar. Ela foi boa demais comigo aqui, Troye. Eu não posso simplesmente deixá-la, por maior que seja a minha vontade de ir embora.

Com amor, Connor."

Troye não ficou chateado, para falar a verdade. Ele tirou tudo do guarda-roupa, separou as coisas de Connor em uma caixa gigantesca que ele encontrou prestes a ir para o lixo, então ele jogou tudo o que ele podia fora, não de Connor, obviamente, mas sim as coisas velhas de dentro das gavetas que ele sabia que nunca mais precisaria usar. E no final o quarto dele estava 50% menos vazio.

Ele e Tyde colocaram uma prateleira na parede da janela.

-Troye? - O mais velho olhou para Tyde. - O que está acontecendo com você? - Troye sorriu.

-O que você quer dizer?

-Com as crises. Por que você tem todas as crises? Por que a mamãe fica falando mal do Connor pelos cantos, como se isso fosse culpa dele?

-Não é culpa do Connor. - Ele fechou a porta do quarto dele. - Você não pode contar, Tyde. Para ninguém. Você não pode contar para a Sage, você não pode contar para os nossos pais, você não pode pensar em contar para a Kayla.

-Está certo... - Troye respirou fundo e pegou a caixa de sapatos atrás da gaveta do armário, então ele mostrou para Tyde a carta de Berlim, a da Noruega e a caderneta.

-Uau... - Troye sorriu. - Connor é gay? - Ele deu de ombros.

-É...

-E vocês estão... Namorando? - Troye negou.

-Não. Ele ainda não terminou com a Kayla. É tudo muito maluco, sabe? Eu entro em desespero, porque a minha amizade com a Kayla tem anos e anos e agora ele chegou e bagunçou tudo... 

Tyde assentiu. 

-Você gosta dele? - Troye assentiu. Eles colocaram os livros na prateleira por ordem de tamanho e sentaram na cama. A porta do quarto foi aberta. Laurelle a abrira. 

-Filho... O Brandon e a Nicola estão aqui. - Então Troye se levantou. Nicola sentou na cama e Brandon puxou Troye para um beijo, na frente dos três.

--x--

FRANTA ERRADO, TROYEZINHO!!!

GAROTO ERRADO, BRANDON!!!

OMG... DIGAM AI... YEEEEEY! FRAVAN MOMENT... MORRI

HAHAHAHAHAHA

GENTE, MAS ESPERA AI... A LAURELLE SABE DOS SENTIMENTOS DO TROYE PELO CONNOR... OMG E AGORA? O QUE VEM AGORA??

TÔ SURTANDO...

Até mais <33