Os dias ficam cada vez mais longos

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HEY!

Gente... o último </3 -- GENTE... ESSE </////3 

Sinto muito. Espero que vocês gostem!!

Ah, antes de vocês irem... Desde o início eu meio que alterei algumas coisas, então o Connor e o Troye tem praticamente a mesma idade... O Connor só é um pouco mais velho e etc... Enfim...

(quase um ano, Vitória. Cala a boca) tá... tchau! 

Então o Connor tem dezenove e o Troye tem dezoito e o Troye vai fazer dezenove e o Con, vinte (ELES ENTENDERAM! SE MANDA!)

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Troye não tinha nada. Era como se os dias demorassem muito mais do que deveriam. Ele acordava no meio da noite, assustado, sem lembrar o sonho que estava tendo e não conseguia voltar a dormir, então ele se enrolava no cobertor, subia até a sacada da sala e dormia em pé, olhando o mar. Alguns minutos depois ele acordava, deitava na espreguiçadeira e dormia ali. Era  assim todos os dias. De manhã, Sage o acordava, então ele não conseguia voltar a dormir na própria cama.

Kayla estava quase melhor. Ela conseguia dormir a noite, tipo, uma noite inteira sem acordar com os pesadelos, talvez conseguisse até fazer uma refeição inteira, mas ficava perambulando pela casa, inquieta no tempo livre. Ela andava de um lado para o outro. Sentava na frente do computador, abria o navegador e o encarava, então o fechava e saia de perto do computador. Andava até a sala de jantar, abria os armários, procurava o que não sabia que estava procurando, ia até o sofá, ligava a televisão, mudava os canais rápido demais para ver o que estava passando... E assim passava os dias.

Troye quando estava acordado ficava sentado na cama, enrolado no cobertor, com o ar condicionado ligado, então o frio o fazia lembrar de Connor e ele explodia. Ele saia do cobertor e o batia com força na cama. Já tinha quebrado a lâmpada do abajur duas vezes em três dias fazendo isso. Então ele batia o travesseiro na cama até cansar e o desespero o fazia chorar, então Tyde ou Sage precisavam aparecer, para abraçá-lo. 

Os médicos continuaram com a medicação e tudo o que Troye queria fazer era jogar cada cápsula do antidepressivo no vaso sanitário e dar descarga até ter certeza que os medicamentos chegaram no Japão. 

Ele foi ao aeroporto, mas ninguém mais o deixava dirigir. O contato com Kayla era... Nenhum. E Laurelle estava cada dia mais preocupada com um Troye ainda mais magro. Os antidepressivos atacavam o seu estômago e na maioria das manhãs ele passava mal depois de comer, mas ele precisava continuar tomando, porque em sua cabeça... Era a única coisa que o segurava na linha fina da sanidade. Aquela linha fina que estava cada dia mais fina e mais fraca. Todo mundo desaparecera. A televisão contava os mortos, contava os desaparecidos, contava a temperatura cada vez mais baixa, no que os repórteres estavam chamando de "inferno de gelo". A internet especulava sobre a possibilidade de uma nova tempestade, já que a anterior havia acabado. A Noruega e a Suécia estavam com uma equipe de resgate. A Estônia já passava dos dois mil mortos, mas Troye se irritava com os números, porque a entrada nos dois países tinha sido proibida. Tudo no país tinha sido cortado. O número de mortos era só uma... Especulação. Os livros de Tesla tinham sido todos lidos. O cd do Jake Bugg se transformara em um pesar. O globo terrestre estava virado para a América do Norte, ao lado da cama de Troye.

Na manhã do vigésimo nono dia sem respostas Troye levantou da cama e pegou as chaves do carro.

-O que você está fazendo? Você não vai sair assim. - Ele tirou a maçã da boca.

-Não faz isso. Só... Pelo amor de Deus me deixa sair daqui. Eu preciso sair daqui. Eu preciso parar de ouvir a televisão, porque tudo o que vocês fazem é assistir jornal, eu preciso sair do meu quarto que está gelado para inferno, porque esse calor insuportável me faz ficar com o ar condicionado ligado vinte e duas horas por dia. Eu preciso sair. Não faz isso. - Laurelle assentiu.

-Eu só estou preocupada, filho. - Troye balançou a cabeça e saiu. 

Ele dirigiu por três horas. Três horas inteiras e acabou em Eagle Bay, um lugarzinho na ponta da Austrália. Era mais fácil fugir.

 É sempre mais fácil fugir, Connor. Eu sinto muito. 

Ele caminhou por mais duas horas pela orla da praia, parou em uma cafeteria perto da praia e comeu. Ele finalmente estava comendo. 

(...)

Troye ligou para os pais assim que o céu escureceu.

-Mãe eu não vou voltar...

-Do que você está falando?

-Eu estou em Eagle Bay. São três horas de carro. Eu não vou voltar para casa no escuro.

-Do que você está falando, Troye? O que você está fazendo ai? - Shaun tomou o celular da mão da esposa.

-Filho? Você tem tudo? Você tem dinheiro?

-Tenho... E combustível suficiente para voltar. Eu vou dormir aqui e amanhã no meio da tarde eu vou embora.

-Você vai ficar bem?

-Claro que eu vou ficar bem. Eu estou bem, aqui, pai. - Shaun assentiu e desligou o telefone.

-O que você está fazendo? Ele precisa tomar os remédios... Como assim ele dirigiu tanto sozinho? Shaun... - Ele segurou os dois braços da esposa.

-Troye não é mais uma criança, Lau. Ele vai ficar bem. Ele disse que está bem. Nós precisamos confiar nele, meu amor, porque ele vai embora e quando ele for nós vamos sofrer. E nós vamos sofrer muito, mas só se continuarmos assim. Ele precisa ir, Laurelle. Troye precisa ir. - Ela assentiu. Tyde se levantou do sofá.

-Meu ídolo. - Então ele foi para o quarto dele. 

Troye voltou para casa no dia seguinte. Tinha dormido por mais de quatorze horas. Na verdade ele tinha dormido uma noite inteira sem acordar pela primeira vez em quinze dias. Ele não sabia o que Eagle Bay tinha, mas era como se alguma coisa naquele lugar o confortasse, o fizesse aceitar qualquer coisa a qualquer momento.

-Eu vou morrer em Eagle Bay. - Tyde olhou para Sage e depois para o irmão. Laurelle parou a tigela de salada no ar. 

-Do que você está falando? - Então Tyde voltou os olhos para o irmão mais velho.

-Quando eu morrer... Eu vou morrer em Eagle Bay.

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Gente...

O que foi isso?? Me desculpem... Vocês podem tentar adivinhar o que o tio Shaun quis dizer, mas... tsc tsc tsc não sei se vão conseguir...

Esse capítulo foi... É, eu sei...

Pros lindos do Breno, Hiago e a Isabelly...

Gente... Meu roteiro tá... Tá. Eu não tenho um final pra ele *chorando*... por isso eu apareci. Vou ver se durante o feriado eu penso em alguma coisa...

Beijos de queijo <3

Silver MoonsOnde histórias criam vida. Descubra agora