Kell
-Alô... Oi.
-Estava dormindo ainda?
-Sim! Aconteceu alguma coisa?
-É que o entregador está aqui... Não tou conseguindo ligar para seu Ricardo. Você pode vir assinar a entrega?
-Claro! Em meia hora estarei ai.
Levantei da cama, tinha a sensação que minha cabeça ia explodir. Fui ao banheiro tomei um banho rápido. Voltei para o quarto e lembrei vagamente que eu tinha dormido com alguém. Mas quem? Continuei vestindo a roupa apressada quando vi um papel na escrivaninha. "Bom dia! Agradeço pela noite maravilhosa. Espero que tenha gostado. Beijos." -Ótimo! não deixou nome. Contínuo sem saber quem é.- Tinha que chegar a empresa em dez minutos, entrei no elevador, passei pela recepção e Beatriz estava lá com um sorriso de canto a canto. Dei bom dia a garota e corri até o carro. Cheguei na empresa e fui direto ao estoque. Conferi e assinei a entrega dos produtos, subi até a sala que divido com Ricardo e comecei a organizar os papéis. Já estava quase na hora do almoço e eu não tinha comido nada até então. Deixei a sala e fui a um dos restaurantes que fica ali próximo da empresa.
-Dona Kelly Sykes... Posso almoçar aqui com você?
-Desde que fique em total silêncio... Não haverá problema senhor Ricardo.
-Esse mal humor só pode ser ressaca, porque falta de amor depois de sair com uma mulher daquela tenho certeza que não é. - Ricardo viu com quem eu estava?
-Então você sabe quem é a garota?
-Oi? Não! Primeira vez que eu vi... Você não lembra? Como você esquece de uma mulher daquela?
-Meu humor pode te responder!
-Eita! -Fizemos os pedidos, comemos e voltamos juntos para empresa.
Laura
Novamente acordei com o despertador tocando, fiz toda minha rotina até a escola. Cheguei 5 minutos antes do sinal tocar e vi Eduarda perto do portão.
-Oi. -Falo quando me apróximo da garota que estava distraída mexendo no celular. -Queria te agradecer pelo desenho. Ficou perfeito!
-Que bom que gostou. -Ela desvia o olhar do celular para mim com um sorriso tímido. -Vamos entrar?
A aula começou e para meu desespero a professora de Química fala: -Formem duplas. -Isso pra mim sempre foi desesperador, nunca ninguém me chamou pra formar duplas e eu sou tímida demais pra chamar. A turma tava na maior bagunça, barulho de cadeiras sendo arrastadas e pessoas falando alto.
-Quer ser minha dupla? -Ouço uma voz falha e num tom bem baixo, levanto a cabeça e vejo Eduarda parada em minha frente.
-Claro! Pode ser. -Eduarda aproximou a carteira dela colando com a minha e a professora começou a explicar o que queria. Iniciamos o trabalho na sala durante os dois primeiros horários, mas teríamos que terminar fora de aula. Ficou combinado eu ir para casa dela depois das duas horas.
Assim que a aula acabou fui para casa almoçar e avisar para minha mãe que iria passar a tarde fora e convencê-la que não era minha amiga... Uma hora da tarde tomei um banho na água fria, coloquei uma regatinha e um short por causa do calor. Saí e me arrependi de ter combinado para ir lá. Olhei para o horizonte e estava tremendo, segui em frente. Cheguei na rua onde ela disse, procurei a casa com as descrições e toquei a campainha, pouco tempo depois aparece um senhora na porta.
-Oi? O que deseja?
-Aqui é a casa que Eduarda mora?
-Sim. -A senhora de aparentando uns 65 anos abre a porta e vem em direção do portão. -Entre minha filha... Não repara na bagunça... Os moveis estão chegando de mudança hoje.
-Com licença! -Entrei no local e havia bastantes moveis embrulhados com plástico. O terreo é bem espaçoso e tem uma escada levando até o segundo andar.
-Duda está lá em cima... No quarto dela... Pode subir. É a primeira porta. -A senhora saiu em direção a outro compartimento que suponho ser a cozinha. -Depois eu levo um lanchinho pra vocês.
Agradeci a senhora e subi. Bati na porta um, duas, três vezes... Na quarta vez ela mandou eu entrar... Estava dormindo a folgada. Passamos até as 4 e 30 fazendo o plano de apresentação, como prometido no meio tempo a senhorinha veio trazer um lanche maravilhoso para nós. Estava tudo pronto para apresentação na quinta-feira. O sol estava bem mais amigável e voltei pra casa.
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A Breve História De Kelly e Laura
RomanceQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...