Kell
No fim da tarde Rick pedio para ficar essa noite comigo. Então fica certo assim: ele vai para meu apartamento, jataremos, nos arrumaremos, vamos para balada e ele volta para meu apartamento novamente comigo. Pedi para o motoboy da empresa passar lá na casa de Rick e pegar algumas roupas e coisas que ele iria precisar.
-Vamos?
-Vamos! -Fomos para meu apartamento e Rick pôs a fazer o jantar enquanto eu arrumava um lugar para colocar as coisas que ele pedio para o motoboy trazer. Parace que a estadia dele por aqui vai demorar um pouco mais do que eu pensei e para piorar, só há uma cama que por sinal, é a minha.
-Ricardo, Ricardo! Você pensa que eu não te conheço é?-Encosto no balcão que divide a sala da cozinha, ficando de frente para o homem que cortava algumas verduras.- Você não tá vindo dormir hoje aqui só porque brigou com o Carlos, não é?
-É sim. Já falei que tudo naquela casa lembra ele. -Ele continuava cortando as verduras.
-Olha para mim. -Ele se vira, agora me encarava. -Não mente para mim, Ricardo!
-Tá bom, tá bom. Eu me sinto tão sozinho, Kell. -Ele começa a ficar vermelho para chorar. -Você sabe que minha vida não é fácil sendo rejeitado pela minha família. -Acabava de começar a escorrer algumas lágrima pelo rosto dele. -Sempre quis ter uma irmã que me desse carinho. E você sabe como a Rafa é, né? E depois que ela foi para o Japão... Depois dela, só tenho você! -Fui até ele e abracei. Ele chorou por bastante tempo abraçados ali.
-Amanhã vamos arrumar aquele quarto e compraremos uma cama para você, tá bom?-Ele se afasta para me olhar.
-Sério? -Ele me abraçava, me beijava, me levantava, girava de um lado para outro. -Muito obrigado! -Enfim ele me larga.- Vou ser o melhor companheiro de ap que você poderia ter.
-Ui! Fique bêbada! -Minha cabeça estava girando depois dos movimentos que Rick fez. -Bom, agora que eu sei que a briguinha com o Carlos foi só uma fachada para ter motivos de sair de casa... Vocês poderiam se acertar né?
-Não! Com aquele machista eu não volto mais.
-Carlos, machista? Me poupe Rick... Termina de fazer esse jantar que eu quero ir para minha balada cedo hoje... Aproveitar muito!
-Ai kelzinha... Tou tão feliz. Vou poder cozinhar e ter alguém para comer... Não vou cozinhar só por cozinhar mais. -Rick faz umas comidas dos céus. Diferente de mim ou passariamos fome.
Eduarda
-Vamos minha filha!-Minha vó ficou muito feliz quando eu falei do jantar. Diferente de mim, ela adora conversar e depois que nos mudamos ela ainda não tinha feito amigos e estava se sentindo presa em sua própria língua. E esse jantar é a oportunidade perfeita para ela colocar a língua para se movimentar. Esse jantar séria a oportunidade perfeita para eu colocar a língua para movimentar também. -Eduarda querida, se avexe ai!
-Calma vó! A senhora acha que eu deveria pôr mais um pouco de perfume?
-A senhorita quer embebedar o pessoal?
-Então vamos!
Laura
-Vamos! -Encontrei meus pais me esperando na sala e fomos para a casa de tio Mário que era só atravessar a rua. -Precisando de alguma ajuda? -Perguntei para Carol.
-Não. Está tudo pronto! Sabe que pai é um cozinheiro de mão cheia e gosta de trabalhar sozinho, né? Sua namorada tá demorando heim! -Carol fala baixinho para meus pais e tio Mário, que bebiam licor e conversavam alto, não escutar. -Aí... Se ficar marca você vai ver viu.
-Queridinha, entenda: Entre duas mulheres eu só curto briga com puxão de cabelo. -A campainha toca e Carol sai para atender rindo e eu vou logo atrás.
-Olha só, parece que a piada foi engraçada! -A vó de Eduarda fala quando Carol abre a porta.
-Realmente Laura tem um senso de humor bem apurado... Entrem por favor!- Carol, a futura finada dá espaço para elas entrarem. Minha mãe que já conhecia a senhora que agora sei o nome, Diná, a apresenta aos homens ali, enquanto Eduarda, Carol e eu revezava-mos entre quais caras para olhar sem saber o que dizer.
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A Breve História De Kelly e Laura
RomanceQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...