Laura
Acordei meio indisposta, mas não gostava de perder aula. Tomei um comprimido e fui até o banheiro fazer minha rotina matinal. Vesti meu uniforme e vi meus pais sentado a mesa como todas as manhãs.
-Não vai tomar café. -Minha mãe pergunta.
-Não tou muito bem. Já vou para escola.
-Vem cá!-Me aproximei dela e ela colocou a mão no meu rosto. -Tá com febre... Não precisa ir para escola hoje, querida.
-Uma febrezinha de nada nunca foi motivo para eu perder aula. -Meu pai fala.
-Não se preocupe mãe... Vai passar. -Peguei minha mochila que tinha deixado no sofá e fui para escola.
Cheguei no colégio 15 minutos antes de tocar o sinal. Havia apenas seu Mário e alguns poucos alunos esperando dá o horário.
-Bom dia, seu Mário.
-Bom dia, minha filha... Porque chegou tão cedo?
-Não estou muito bem, tio... -Ele passou a mão em minha testa verificando a minha temperatura.
-Realmente... Está com um pouco de febre. Melhor voltar para casa e descansar.
-Não precisa. Vai passar já já. -Fiquei conversando com seu Mário por um bom tempo, ele até me deu uma barra de cereal quando falei que não tinha tomado café. Observamos alguns alunos chegando a pé, outros de ônibus escolar e alguns chegando com seus pais. Eu não sei bem quando meu pai deixou de gostar de mim. Eu lembro que ele que me trazia para escola quando era mais nova, me dava um beijo, mandava eu me comportar e ia trabalhar. Não que eu queira que ele venha me trazer no colégio como a anos atrás, mas eu queria ganhar um beijo dele pela manhã ou perguntar como tinha sido meu dia no fim de tarde.
-Oi! Fui interrompida do meu transe com Eduarda falando. -Te assustei? Desculpa!
-Só estava um pouco distraída...
-Está tudo bem? Tá um pouco pálida.
-Sim! É só uma indisposição... -O sinal toca. -Vamos entrar?
Entramos na sala e logo em seguida o professor deu início a aula, os dois primeiros horários da aula de geográfia acabaram e logo chegou a professora de português que não sabia controlar os ânimos dos alunos. Todo aquele barulho estava me deixando enjoada, pedi licença e fui até o banheiro.
Kell
-Já vou! -Quarta-feira, 7:45 da manhã alguém toca a campainha várias e varias vezes. Levantei e fui até a porta. -Oi... Bom dia! Entra.
-Bom dia Kell... Pelo visto a noite foi boa heim. Dormiu com a recepcionista de novo? -Ricardo me olhava com um sorriso sarcástico.
-Que história é esse Rick? Dormi com recepcionista nenhuma.
-Hehe sei... Vai me dizer que ainda não lembra da garota de segunda?
-Vou... Eu não lembro. Sério!
-Vodka boa... Pra você esquecer de ter uma gata daquela na sua cama... Nem se fosse eu, esqueceria.
-Deixa de besteira Ricardo... -Peguei minha toalha e fui para o banheiro.-Faz café para nós!
-Pode deixar! Não vai chamar a recepcionista para tomar o café com a gente?
-Me erra... Não quer falar... Não fala. Mas não fica arrodeando.
-A recepcionista é a garota com quem você passou a noite. -Voltei correndo até onde Ricardo estava.
-Como assim, Rick? Conta isso direito.
-Sério! A garota que tava na balada e saiu com você é ela. -Rick ria da minha cara de pasma. -Reconheci quando entrei e ela lembrou até meu nome. Fofa!
Realmente não entendo como eu fui esquecer aquela garota. Estava muito bebada, nem lembro como cheguei em casa. Durante o banho alguns djavús foram passando em mente e consegui lembrar de algumas coisa com a ajuda de Rick que contava como tinha acontecido. Sim! Eu deixei a porta aberta para ouvir melhor. Terminei o banho, me vesti, tomei café com Ricardo e seguimos para a empresa dele. Porém, na recepção foi muito constrangedor passar por Beatriz e lembrar o motivo de tantos sorrisos.
Eduarda
A aula de português não estava muito produtiva e já fazia uns dez minutos que Laura tinha saido. Pedi licença a professora e fui até o banheiro.
-Laura! Laura você está ai? -Nada dela responder. Entrei e vi ela sentada no chão meio desengonçada, me aproximei e vi que ela tava desacordada. Comecei a dá pequenos tapas no rosto e nada dela acordar. -Laura, por favor acorda... Laura! Laura acorda!
Fiquei desesperada. Não sabia o que fazer. Sai a procura de ajuda e vi o guarda bebendo água. Não consegui explicar o que tinha acontecido, só arrastei ele para o banheiro. Quando ele viu Laura no chão pegou ela no colo e mandou eu avisar na secretária. Mais ou menos cinco minutos já havia uma ambulância do lado de fora e dois homens trazendo uma maca com um médico logo atrás deles. Me obrigaram a voltar para sala pegar minhas coisas e ir para casa. Juntei tudo o que era meu e as coisas de Laura e fui.
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A Breve História De Kelly e Laura
Любовные романыQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...