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Laura

No fim da tarde, meus pais já tinham ido embora, decidimos ir a vila tomar sorvete. A tarde estava bem quente e por sorte, meu avô emprestou o carro para Bruno nos levar.

-Tem certeza que ele sabe dirigir? -Perguntei para Bruna.

-Só bateu o carro duas vezes... Que foi as duas únicas vezes que ele dirigiu. -Ela ironizou meu medo.

-Sério?

-Brincadeira. Ele sabe sim... Até eu sei.

-Melhor ele mesmo.

-Aqui está a chave!- Bruno se apróxima todo saltitante. -Vamos?

Já na vila, aproveitei para usar o Wi-Fi do amigo de Bruno, infelizmente Eduarda não estava on-line. Na sorveteria, formamos uma turma bem grande com outros primos e alguns amigos deles.

-Está triste? -Bruna pergunta.

-Não. Estou normal.

-Sua namoradinha te deu um cano.?

-Ela não me deu um "cano" -Fiz aspas com os dedos. -Ela não teria como adivinhar que eu iria vir falar com ela hoje.

-Sei...

-Afinal, ela deve imaginar que eu estou na estrada a essa hora. 

-Nossa, não prescisa ficar estressadinha não. Se arrependeu de ter ficado?

-Não estou estressada, acredite.

-Como vocês nunca me falaram dessa garota? -Um dos amigos de Bruno pergunta. -Ela é muito linda!

-Você não se meta com ela! -Bruna levantou-se e eu achei que ela iria bater no rapaz.

-Foi só um elogio a sua prima. -O rapaz parecia intimidado.

-Que isso, Bruna? Vamos tomar nosso sorvete em paz. -Tentei controlar os ânimos e Bruna volta a sentar.

Kelly

Por sorte os funcionários estavam dando conta, Rick e Hunter me ajudavam na contabilidade.  Hunter tinha se saido uma ótima contratação, ele era pau pra toda obra, muito inteligente por sinal. Ainda bem que o expediente estava acabando e eu sairia daqui direto para o hospital onde minha prima estava internada.

-Hunter... Muito obrigada pela ajuda. Você é um excelente profissional, fora que sua amizade vale ouro.

-Imagina! Queria eu poder fazer mais por vocês. Vai dá tudo certo com Eduarda! Você vai lá que hora?

-Tomara... Vou direto para lá.

-Posso ir com você?

-Claro! Vou só fechar os caixas.

-Então eu te espero.

-Alguma novidade? -Rick chegou na sala. 

-Nenhuma ligação.

-Que bom. Vai dá tudo certo!-Ele me abraça. - Se quiserem ir, eu fecho tudo.

-Vou dá uma adiantada aqui. É muita coisa para você só.

Laura

-Vamos? -Bruno nos chama após pagar a conta.

-Vamos sim! -Entramos no carro e Bruno deu a partida.

-Que papelão heim Bruna. -Bruno fala com a irmã.

-Não se mete! -Ela estava com muita raiva, era perceptível.

-Que coisa feia, procurando briga na rua.

-Me erra!

-Deixa sua irmã em paz Bruno. Agora me diz o porquê daquele showzinho todo.

-Você sabe o porquê.

Logo chegamos na casa e eu fui direito para o quarto. Bruna demorou um pouco, mas acabou indo também.

-Luara... Me desculpa tá.

-Não era a mim que você deveria pedir desculpas. -Coloquei o livro no colo e a encarei. -O rapaz ficou bem mais constrangido que eu.

-É. Eu sei. Mas... Deixa pra lá. Continue lendo seu livro ai. -Ela pega uma toalha e sai do quarto.

Kelly

Cheguei no hospital na companhia de Hunter, e minha vó andava de lá para cá esperando o tempo passar para receber notícias da neta. Mãe me entregou o celular de Eduarda, sempre fiquei com ele enquanto ela ficava internada.  Guardei o celular junto ao meu e continuamos ali esperando o médico vir.

-Demora!

-Os médicos adoram fazer isso. -Hunter. -Não vai mandar uma mensagem para a namorada dela?

-Verdade! Tenho que fazer isso, mas agora não. Olha o médico aí!-Todos fomos para perto dele para ouvir o que ele falaria.

A Breve História De Kelly e LauraOnde histórias criam vida. Descubra agora