Kell
As garotas já tinham ido embora e eu dormi pouco mais de duas horas quando meu celular despertou às 8:30 da manhã. Tomei um banho quente, bebi um café horrível que uma das garotas havia feito e fui para empresa.
-Folgado! -Cheguei na sala que eu divido com Rick e ele estava dormindo no sofá. Com o barulho que eu fiz enquanto verificava alguns papéis com propostas de associações, ele acordou. -Bonito heim!
-Eu sei! Sou lindo mesmo...-Ele pega o celular e fica se olhando na tela. - Não é qualquer um que passa a noite em um sofá de espera da empresa e acorda perfeito como eu... Por exemplo você que tá parecendo que veio de uma guerra na Síria.
-Tive uma bela noite com três garotas... Os tempos de farturas estão voltando, Rick meu filho!.
-Me polpe dos detalhes sórdidos.
-E você dormiu aqui porquê? Brigou com o Carlos de novo?
-Ai amiga... -Eita! Eu não devia ter perguntado. -Aquele imoral... Cheguei no prédio dele ontem e ele estava se engraçando para uma garota.
-E você não deveria ter ido dormir na sua casa?
-Lá tudo lembra aquele infeliz... O cheiro... As fotos espalhadas...-Ele estava como os olhos cheios d'água, se esforçando para não chorar. -Passei no seu apartamento, mas você não tava.
-Estou vendo daqui... Isso é só mais uma crise de ciúmes sem fundamentos. O cara te adora... Agora vai ao banheiro lavar esse rosto que temos uma reunião daqui a menos de uma hora.
Eduarda
Fiquei impressionada com aquela tal de Carol. Eu já vi ela em algum lugar. Mas onde? Tentei me recordar durante as aulas, sem sucesso. Acabou de tocar para o intervalo e como os outros dias ficamos só eu e Laura na sala.
-Cheguei! -Hoje diferente dos outros dias, ficar sozinhas durou pouco tempo com a chegada de Carol. -Atrapalho alguma coisa? -Sim, atrapalha. Meu inconsciente falou.
-Não. -Laura responde só por ela, é claro. -Senta aqui?
-Então bruxiúda, sentiu saudades? -Eu nenhum pouco, já pode ir embora, gritei, mentalmente, mas gritei.
-Eu não. Sei nem o que é sentir saudades de você vaca. -Laura pede para ela ir embora por favor. -Tou brincando miguinha!
Elas ficaram os quinze minutos conversando leseira. Até que a professora entrou seguida da maioria dos alunos que foram sentando nos lugares.
-Olha quem eu vejo aqui! Carol, nossa ex aluna.-A professora começa a discursar apresentando a inlustre visita. Só que não. -Aqui a maioria de vocês conhecem Carol. Os que não tiveram a oportunidade, pelo menos devem ter visto falar... Venha aqui para frente Carol... Carol é um exemplo para todos... Ganhou o inter-estadual de matemática em 2013-2014... Disputou o nacional com outros vinte e seis alunos e ficou em terceiro lugar em 2014. -Todos da turma, menos eu é claro, bateram palmas. -Teremos a honra de ter você novamente, pelo menos hoje, com nós?
-Claro! Agradeço a todos a recepção que tive hoje aqui... Muito obrigada! -Ela olha para Laura e dá um sorriso. Reviro os olhos.
-E você disputará esse ano, Carol?
-Sim! Infelizmente não será representando esse colégio... Mas o que eu conseguir responder correctamente eu lembrarei de tudo o que aprendi durante os anos aqui.
-Obrigada Carol... Um bom filho a casa retorna... Peço que sente onde sentir-se melhor.
-Obrigada... -Ela vem e senta entre eu e Laura.
Laura
Fiquei muito feliz que a professora chamou Carol para assistir as aulas dela. 11:15am e é hora de voltar para casa.
-Sabia que até de dividir o sol quente contigo na volta eu senti saudades?
-Sabia. Você me ama, esqueceu? -Carol me abraça. -Eu já vou tá. Não esquece de avisar para os tios, tá bom?
-O que? Você acha que eu vou enfrentar a cara ranzinza de pai sozinha? -Puxo ela até a porta de casa. -Tá muito enganada, queridinha.
-Me solta Laur... Solta... Sai!
-Entra.
-Oi tio! -Carol fala quando dá de frente com pai.
-Oi.
-Então... -Nunca vi Carol tão nervosa assim antes. -Eu vim só para avisar que pai e eu vamos fazer um jantar para a vó e a garota que ajudaram Laura... E queremos que vocês vá.
-Vamos, né amor? -Pai pergunta para mãe que se aproximava.
-Vamos sim.
-Então tá bom...-Carol ia se afastando de ré. -Eu já vou indo. Tchau! Até mais a noite.
-Não vai ficar para almoçar com nós minha filha? -Mãe pergunta para Carol.
-Não! Vou esperar pai para passar mais um tempinho com ele. Tchau.
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A Breve História De Kelly e Laura
Roman d'amourQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...