Kelly
Já era manhã quando acordei. Laura mexia no guarda-roupa tentando fazer o mínimo de barulho possível. Acho que ela não percebeu que eu estava acordada.
-Laura! -Chamei a garota me revelando.
-Oi. -Ela me olhou sorrindo. -Bom dia! Dormiu bem?
-Dormi feito pedra! -Tirei a coberta de cima de mim e fiquei sentada na cama. -Obrigada... Lua!
-Lua! Por que lua?
-Vou te chamar assim a parti de agora. Gosto do seu nome. Mas quero te chamar com se fosse... Uma marca minha. Lau não dá porque Carol já te chama assim.
-Lua, Gostei! -Ela sentou perto de mim.
-Não chega perto!
-Ué, por que? -Ela se espantou com minha reação.
-Minha boca deve está com bafo!
-Boba. -Ela foi se aproximando e eu me afastando. -Deixa de besteira! Para vai... Fica quieta!
-Não! -Continuei me afastando. -Fica ai!Laura
Estava enchendo o saco de Kelly de manhã, enquanto ela se afastava de mim alegando estar com bafo. Mas eu não ligo com isso e tava divertido ver a carinha dela envergonhada nas primeiras horas do dia.
-Kelly! -Continuei me aproximando dela. -Deixa de besteira, vai!
-Fica aí! -A voz saia abafada por causa da mão na boca.
-Kelly! Está tudo bem? -Olhei para Kelly.
-Caí! -Ela ria deitada no chão.
-Para de rir. -Dei a volta na cama e fui até onde ela estava. -Fiquei preocupada.
-Você não queria sentir meu bafo? -Ela me puxou e eu cai por cima dela.
-Meninas! -Mãe surgiu perto de nós. -Está tudo bem?
-Kelly caiu e eu vim ajudar. -Me levantei e dei a mão para ajudar Kelly.
-Certo! O café já está pronto!
-Eu vou embora! Tenho a casa de vó para arrumar.
-Imagina! Só vai depois de comer alguma coisa. -Mãe fala.
-Não, não. Sou grata pela dormida. Não quero mais incomodar.
-Só vai depois que comer alguma coisa e tenho dito!-Mãe estava parada de braços cruzados, o que me deixou bem intimidada.
-Ixi! Melhor acatar as ordens antes que a chinela comece a voar. -Falei para Kelly e ela segurou o riso.
-Tudo bem, senhora!
-Melhor assim! -Mãe deu meia volta e saiu do quarto.
-Vou buscar minha escova lá no carro. -Kelly saiu do quarto vestida com meu pijaminha de unicórnio. Mas voltou. -Melhor me trocar antes!
-Tá fofa.
-Eu sou fofa! -Rimos juntas. Deixei ela só no quarto se vestindo. -Pronto!
-Estava melhor antes!
-Nem vem!Kelly
Agradeci a hospitalidade a Ângela mãe de Laura e aproveitei para levar a filha dela no colégio, já que Laura estava atrasada por minha causa.
-Obrigada! -Ela falou quando parei o carro enfrente ao colégio.
-Imagina, ganhei mais uns minutos na sua companhia.
-Então eu vou indo... -Ela pareceu envergonhada. -Já tocou o sinal!
-Então... A gente se fala mais tarde?
-Vou passar a tarde online. Manda mensagem.
-Achei que nós ia se ver!
-Eu tenho que ir. -Ela saiu em direção a entrada da escola. -Tchau!
-Tchau! -Dei a partida e fui para a casa de Fernanda . Tinha que devolver a chave da médica e explicar para Fernanda o motivo de não ter dormido na casa dela. Ela fez questão de vir me ajudar a arrumar a casa de vó mesmo depois de ter passado a noite em Platão.Laura
Achei que tivesse sendo cantada a todo instante por Kelly. Não quis mais acreditar nisso e também acho que ela não é tão sacana a fazer isso com a prima.
Para piorar, Mariana não parava um só instante de falar em Kelly. Isso me deixou um tanto quanto incomodada, mas não quis contrariar a garota pedindo para ela parar, afinal eu também não tenho motivos para está tão chateada só porque a garota se encantou por Kelly. Além do mais, não sei se Mari é lésbica.
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A Breve História De Kelly e Laura
Любовные романыQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...