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Kell

Cheguei do trabalho no finzinho da tarde e Ricardo ainda não tinha chegado. A campainha tocou e eu estranhei o porteiro não ter interfonado para anunciar. Tentei ver no olho mágico e nada.

-Brincadeirinha sem graça de Rick. -Abri a porta e senti meu corpo sendo empurrado. -Ri...

-Oi amorzinho! -Beatriz me olhava com a cara de psicopata que ela tinha.-Achou que era seu amiguinho? Ele deve tá consertando o pneu até agora. Se é que aquela donzela sabe o que é uma chave de rodas.

-O que você quer? Eu não te quero aqui dentro. 

-Ah! Mas por que, meu amor? Foi aqui que você me fez a mulher mais feliz do mundo. Lembra?-Ela tinha um sorriso maléfico estampado. -E você sabe o que eu quero... Você!

-Some daqui! -Gritei.

-Ou?

-Ou eu vou te tirar.

-Você? -Sempre gostei de brigar. Mas bater de frente com ela eu iria sair perdendo com certeza. -Bem que você é bem potente. Mas só na cama mesmo.

-Some daqui agora. -Empurrei ela que desequilibrou e bateu as costas com tudo na parede.

-É assim, é? -Ela se arrumou e vei em minha direção. 

-Está tudo bem por aqui? -Maria Luiza entrou no apartamento.

-Está! Não está, Kelly? - Beatriz foi até a porta e parou.  -Tenho que ir. Foi bom te ver novamente, Kelly. Até mais.

-Que bom que veio. -Abracei Luiza. 

-Nossa amor. -Ela retribuiu meu abraço. -Você nunca me abraçou assim. Quem é aquela garota?

-É uma louca que apareceu em minha vida para me enlouquecer. Espera um pouco, que meu celular tá tocando. -Peguei meu celular e era chamada de Rick.

-Kell! kelzinha meu amor, que bom que atendeu.

-Diz.

-Então. Será que você poderia me dá uma ajudinha a trocar meu pneu? Está meio vazio.

-Garota louca! Estás onde?

-No estacionamento da empresa. Que garota você está falando?

-Estou indo para ai. Depois eu te conto.

Laura

Eduarda ficou fazendo cafuné e eu não sei em qual momento que eu acabei dormindo. Acordei agora e o sol já estava se pondo.

-Duda... Acorda.

-Só mais um pouquinho, amor. -Ela me puxou para deitar com ela.

-Tenho que ir. Vai comigo?

-Vou. Só que daqui a cinco minutos. Deita mais um pouquinho, vai.

-Não! Me solta. Levanta vai.

-Af! -Eduarda sentou na cama. -Pelo menos um beijo?

-Só um. -Beijei ela e quando pensei que não, Eduarda já estava por cima de mim. -Para, para, para. Chega, né? Vamos!

-Ah! Só mais unzinho. -Ela fez bico com a boca. -Favorzinho!

-Tá. -Dei um selinho rápido nela. -Pronto.

-Só isso? Ah!

-Vem! -Puxei ela da cama, que acabou me prendendo na parede e me beijando novamente. -Eduarda, não começa. Tarada!

-Sou mesmo! Quem mandou me deixa só na vontade.

-Oh! Tadinha tá carente. Vamos antes que mãe comece a me ligar.

-Okay minha dama. Seu príncipe vai te deixar em casa em segurança.

Eduarda

Deixei Laura na casa dela e voltei para a minha.  Estava com uma dorzinha chata na cabeça, tomei um dos comprimidos que que o médico passou a meses atrás e fui comer alguma coisa na cozinha.

-Ora, ora... Quem é vivo sempre aparece. -Vó Diná estava lá.

-Oi vózinha. -Dei um beijo no rosto dela. -Fui deixar Laura em casa. Seu Bernardo não gosta que ela ande só.

-Sei... E estudaram muito?

-A sim. Mas sabe, nê? Nunca é o suficiente.

-Verdade! Eu fui chamar vocês para um lanche e estavam dormindo.

-Ah, vózinha! Lê-mos bastante e fomos descansar a vista, acabamos dormindo.

-Sei... Entendo. -Ela me olha com um cara de quem sabia que eu estava mentindo. -Bom, Kell ligou.

-Foi? O que aquela adotada queria?

-Falar que seu amigo vai começar a trabalha na mesma empresa que ela a partir de amanhã.

-Verdade. Ele me ligou super feliz mais cedo.

A Breve História De Kelly e LauraOnde histórias criam vida. Descubra agora