Laura
Ontem eu cheguei da casa dos meus avós umas oito e meia da noite tombando de cansaço, mas diferente das outras vezes, essa viagem foi bem legal e até peguei o numero dos gêmeos para manter contato. Fui direto para meu quarto, tomei banho, deitei na cama, peguei um livro, mas não consegui ler. Estava muito cansada e acabei adormecendo.
Acordei hoje na mesma rotina de sempre. Tenho que ir para o colégio.
Eduarda não vai e hoje eu terei que me esforçar para escrever tudo que os professores mandar, fiquei encarregada de passar a matéria para Eduarda nos dias que ela não poder vir. O que é justo, já que ela só não veio por minha causa. Então depois que a aula acabar eu passo lá para deixar o caderno e explicar o que aconteceu durante a aula. Por falar nela, ela me mandou mensagem ontem a noite, mas eu já estava dormindo.
Eduarda
Ontem, domingo, Kell voltou para o estado dela. Fomos deixa-lá no aeroporto no fim da tarde e quando voltamos já era noite. Passamos em frente a casa de Laura, as luzes estavam acesas e eu queria vê-la. Vó não parou dizendo que já era tarde e não havia avisado a família que iriamos. Chegamos em casa e já eram quase onze da noite, mandei mensagem para Laura mas ela nem visualizou.
Hoje eu não vou a escola por causa da perna e minha cabeça que doeu durante a noite e vó fica se martirizando por causa que não deveria ter me levado para a viagem. Mas já passou, já estou bem. Valeu a pena! E quem iria encher o saco da minha prima durante toda a viagem se eu não fosse? A pobrezinha ia ficar no tédio o caminho todo? Num pode isso, Pode? Num pode!
Acordei no horário de sempre, seis e dez, mas não levantei da cama e fiquei lendo uns livro on-line. Minha vó veio agora a pouco avisar que iria comprar verduras e frios no mercado e eu teria que ficar sozinha. Era mais de oito da manhã e dona Diná ainda não voltou do mercado, a campainha não para de tocar e eu tenho que ir atender. Estou andando já, mas com todo esse gesso fica difícil.
-Oi. -A médica do hospital fala quando eu abro a porta. -Kelly está?
-Não. Ela viajou ontem.
-Viajou para onde?-Ela começa a ficar nervosa e alterar a voz. -Por que ela não me avisou? Ela volta quando?
-Uou! Calma ai doutora. Ela voltou para a casa dela lá no sul. Ela mora lá.
-Em que estado ela mora? Que cidade? -A doutora simpática do hospital não tava mais tão simpática assim.
-É no sul. Mas eu não sei bem onde é. -Menti. Eu sei sim, morava lá. Mas tou vendo problema pra dona Kelly Sykes pela frente. -Ela chegou na madrugada, então não deve ter trocado o numero ainda. Liga pra ela umas dez horas quando ela acordar.
-Okey! Até mais. Se cuida.
-Valeu. Tchau.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem preparatória para Kell, ela tem que se preparar para o problemão que vai enfrentar. A doutora parece está apaixonada, tadinha!
Kell
Cheguei no aeroporto menos de duas da madrugada, peguei um táxi e ele me levou para o prédio. Procurei Rick, mas o ap estava vazio. Procurei alguma coisa pra comer e tinha lasanha congelada, coloquei para esquentar e fui tomar banho. Comi e fui dormir.
Acordei com o bip do celular, era mensagem de Duda "A médica apaixonadinha acabou de sair daqui furiosa pelo seu abadono. Te prepara que ela vai te ligar e pelo que eu notei é capaz dela ir ai só pra ficar com você. Beijos e coloca créditos para mim." Fiquei p da vida com o que li. Mas se Eduarda acha que ela seria capaz de vir aqui, então ela é capaz de vir aqui. E agora o que eu faço?
-Oi maninhaaaaaaa! -Rick corre para me abraçar. -Que saudades! Que saudades!
-Me larga seu brutamonte! Está me amaçando toda, seu gordo. Faz café pra mim?
-Pra você me dá carinho não. Mas para você me explorar eu sirvo, né? -Ele faz biquinho.
-Ou que dramático. Vem cá, vem? -Abracei ele. -Agora faz café pra mim.
-Eu faço! Mas vá se arrumar porque terás uma reunião em uma hora.
-O que? Como você me explora assim? Acabei de chegar e você me diz isso?
-Ou meu amorzinho! Sinto muito, mas você sabe como são aqueles chatos. Preferem você apresentando propostas, né?
Fui me arrumar para ir para empresa.
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A Breve História De Kelly e Laura
RomansaQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...