A Breve História De Kelly e Laura

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Laura

Acordei bem cedo, tirei a roupa, me posicionei de frente  ao espelho e observei meu corpo para saber se tinha mudado algo. Aparentemente não tinha alargado o quadril e nem aumentado meus seios como as pessoas dizem. Tinha apenas algumas manchas rochas pelo meu corpo que me fez sorrir lembrando da noite passada. Me vesti novamente e fui tomar café.

-Bom dia, filha. Não ia dormir na casa de Carol? -Minha mãe falou. -Acordou cedo em pleno domingo sem reclamar. Aconteceu alguma coisa? Estás um pouco estranha.

-Não, não aconteceu nada.  Só estava um pouco cansada e achei melhor dormir em casa.  Faz tanto tempo que não durmo lá e talvez eu fosse estranhar. 

-Tudo bem. Mas pelo visto descansou bem. Está bonita as seis e cinquenta da manhã.

-Descansei sim, mamãe. -Fiquei vermelha. Será que meu corpo já mudou e eu não percebi? -Cadê pai?

-Está no banho.

-Vou a casa de Carol. Volto já.

Eduarda

Chegamos em casa ontem a noite e o americano não parou de fazer perguntas. Bati a porta na cara dele e fui para meu quarto. Enviei algumas mensagens para Laura, mas ela não respondeu. Acabei dormindo e acordei agora para olhar o celular.

-Nenhuma mensagem?

-Falando sozinha? -Hunter entrou no quarto.

-Vai dormir, garoto.

-Esse lugar é perfeito! Já viu o sol nascendo?- Ele me puxou da cama me levando até a varanda. -Olha lá!

-Bonito mesmo. Agora me deixa dormir. -Voltei para a cama e me enrolei. Ele se aproximou e deitou comigo.

-E ontem a noite... Rolou?

-Me erra, Hunter. Sai do meu quarto.-Empurrei ele, dando alguns chutes e ele saiu resmungando.

Kelly

Acordei com muita dor de cabeça.  Maria Luiza ainda dormia.  Levantei tentando não acorda-lá e fui tomar um banho bem demorado.  Lavei meus cabelos e tomei mais um comprimido. Fui ver se Rick estava no quarto e ele dormia como um anjo. Dei um beijo nele e quando ia saindo do quarto, ele acordou.

-Vem cá, kell. -Ele me chama e eu deito ao lado dele, que logo me abraça. -Por que acordou tão cedo? Malu já foi?

-Estava com um pouco de dor de cabeça e deixei ela lá no quarto.

-A noite foi boa relembrando os velhos tempos?

-Acredita que eu só dormi? Não rolou nada.

-Oi? -Ele arregalou os olhos surpreso.

-Isso mesmo! A gente não... Você sabe. Muitos pensamentos. Thaís, a garota amiga de Eduarda, os sonhos, e eu tenho certeza que aquela garota estava me seguindo ontem.

-Acho que vou marcar outra consulta de análise para você! -Rick fala e eu me aconchego no peito dele e acabo apagando novamente.

Laura

Cheguei, abri a porta, como eu tenho a chave, dei uma passada na cozinha para dá bom dia a Tio Mário que fazia café e fui para o quarto de Carol, que  estava dormindo.

-Olha só que belezura! -Voltei para a cozinha e peguei um copo com água.

-Cede uma hora dessas querida? -Tio fala.

-O senhor não imagina o quanto, tio. -Levei o copo até o quarto e...

-Aaaaaaaah! -Carol grita. -Doida. Psicopata. Você tem problemas mentais? 

-Bom dia para você também! -Subi em cima da cama e abracei ela. Depois dela ter lavado o rosto, escovado os dentes, se enxugado, resolvi perguntar. -Carolzinha, olha pra mim... -Levantei da cama e dei uma volta. -Eu estou diferente?

-Não! Por que?

-Não, nada não. 

-Vai me falar o que rolou ontem aqui?

-Nada demais. 

-Disfarça melhor! Está ficando vermelhinha. -Carol aperta minhas bochechas. -Vocês...

-Nã... Então... Nada haver... Afi, tchau! -Levantei para ir embora mais Carol me segura.

-Pode falar. Não precisa mentir porque eu já sei. Eu não vou falar nada pra ninguém.

-Se contar, eu te mato. Foi assim...-Falei tudo para ela. E ficou me enchendo o saco o resto da manhã.

Eduarda

Passei boa parte da manhã de olho no celular. Nenhuma mensagem respondida. Já era mais de oito horas quando eu desci para tomar café.

-Já tá ai, esfamiado? -Dei um beijo em vó Diná. -Bom dia vozinha.

-Bom dia. Deixa o menino em paz! Senta aí e come também.

-Vamos fazer o que hoje? -Hunter pergunta -Te sugiro me levar no tal parque.

-Pode ser! -Me servi. -Assim que terminar aqui.

Antes de ir, coloquei algumas coisas na mochila, chequei mais algumas vezes o celular.

-Vamos?

-Vamos!

Kelly

Acordei e já eram quase 10 horas da manhã. Procurei Rick na cama, mas ele não estava mais. A dor de cabeça ainda incomodava, porém, não tanto quanto mais cedo. Levantei e vi a loira conversando com Rick na cozinha.

-Bom dia. -Dei um beijo no rosto da loira.

-Bom dia. -Malu fala com a voz bem suave e com um sorriso perfeito. -Está melhor? Não queria ir sem saber como está.

-Estou bem.

-Tomem isso! -Rick nos serviu café.

-Horrível! -Fiz uma careta.

-Bem amargo para ver se combina com essa tua cara. -Rick fala e a loira rir.

-Desculpa por ontem, Maria Luiza. Não estou tendo bons dias ultimamente.

-Não tem problema. Foi maravilhoso dormir a seu lado. -Ela coloca a xícara no balcão e me beija. -Tenho que ir. Obrigada pelo café, Rick.

-Tchau!