Laura
Voltei para o quarto e Carol não estava. Tinha apenas um papel em cima da cama, peguei e comecei a ler. Era de Carol dizendo que ia para casa ver o pai e descansar, pois não tinha dormido direito durante a noite. -Pensa que eu vou esquecer do que aprontou hoje Carolzinha? Haha tá muito enganada queridinha.- Depois eu penso em uma vingança para dona Carol. Olhei na tela do celular e ainda era 7:23AM, voltei para a cama, peguei um livro e comecei a ler até meu celular vibrar. Era mensagem de Eduarda "Bom dia. Para de me ignorar por favor." Visualizei e não respondi. Chegou outra mensagem, novamente de Eduarda "Laura, eu sei que você está vendo. Por favor, volta a falar comigo. " Novamente visualizei e não respondi. Fui na privacidade e alterei a confirmação de leitura e desliguei a conexão do Wi-Fi. Voltei novamente a ler o livro e cada parágrafo, cada citação imagina vivendo a cena com Eduarda. -Para com isso Laura. Vocês são duas garotas! -Tentei continuar a leitura por mais algumas vezes, mas desisti. Estava um friozinho, peguei o lençol e voltei a dormir.
Eduarda
Deixei Hunter no quarto e ele realmente estava bastante cansado. Literalmente "capotou" na cama e em questão de segundo já estava dormindo. Eu estava muito feliz de vê-lo ali, perto de mim. Deixei ele lá e fui para o meu quarto, peguei meu celular e comecei a mandar algumas mensagens para Laura que só visualizava e responder que é bom, nada. Acabei desistindo depois de algumas tentativas, peguei meu bloco e comecei a rabiscar alguns desenhos.
Até que estava saindo algumas coisas legais no bloco, mas com a mal posição, minha perna começava a doer. Se eu tirei aquele gesso? Sim. Esquentava muito e estava me irritando. Tomei um comprimido que a doutora Fernanda passou e fui apagando aos poucos. Acabei dormindo também.
Kelly
"Eu acordei e estava na casa de vovó, era estranho, pois não lembrava de como tinha chegado ali. Desci as escadas a procura de vó Diná e Eduarda. -Oi Kelly, lembra de mim? -A garota do elevador apareceu de repente seguida de outra garota. Eu não consegui falar. Elas se beijavam e eu tentava não ver aquilo, mas a imagem delas estava em minha mente e eu vivenciava o beijo. Eu estava no lugar delas, eu sentia o gosto, o toque. Tentei sair dali e quando me virei estava Eduarda de mãos dadas com a garota do hospital. Tentei sair, tentei encontrar a saída, tentei correr, tentei gritar. Estava presa. Tinha umas correntes em minhas pernas e algemas apertando meus punhos. Vi uma mulher parada no lugar escuro e não dava para ver o rosto dela. Não estava mais na casa de vovó. -Falei que você ia ser minha, Kelly Sykes. -Eu sabia de quem era aquela voz, porém não lembrava. O lugar tava imundo e escuro.-Você é minha. -Foquei na voz da mulher e era a voz de..."
-Kelly, Kelly acorda. -Vi Rick desesperado ao meu lado. -Foi só um pesadelo! -Ele me abraçava e eu tentava me controlar. Minha pulsação estava alterada e sentia a dor do coração sem espaço para bater. -Fala pra mim, o que foi isso?
-Eu não sei... Ela queria me matar... Eu acho!
-Ela quem? Conta como foi.
-A garota da recepção... Ela me prendia. Ela estava com cara de psicopata.
-Foi só um pesadelo.- Rick levanta e sai do quarto quase correndo. -Aqui oh! Bebe tudo. -Ele me entrega um copo com água e açúcar.
-Preciso encontrar a garota do elevador!
-Esquece essa garota, Kell.
-Ela estava no sonho! Ela e a namorada...
-Como você sabe que era a namorada?
-Não sei... Vou tomar um banho.
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A Breve História De Kelly e Laura
RomanceQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...