A Breve História De Kelly e Laura

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Laura 

Já fazia minutos que eu estava deitada com Kelly sem dizer ou ouvir uma palavra se quer.  Ouvia e sentia apenas a respiração dela atrás de mim e aquilo era viciante.
-Será que é? -Pensei. Eu nunca tinha visto ou pesquisado sobre coisas eróticas. 
-Lua... -Kelly beijava meu ombro. Talvez agora ela fosse falar o que aquilo era. -Hum! Ei... Olha pra mim.
-Que foi? -A encarei por cima do meu ombro. -Vai dizer?
-É um pouco vergonhoso! -Falou ela enfiando o rosto no meu pescoço.
-Então é o que eu estava pensando! -Me virei.
-Talvez! O que você estava pensando?
-Quero que use em mim!
-Está louca? Dói. Dói muito. E eu joguei pela janela.
-Okay! -Me levantei. -Tchau.-Sai do quarto, desci a escada e quando olhei para cima, Kelly arrastava a perna enfaixada. Lembrei de Eduarda, da vez que vi ela cair, me sentei no chão e comecei a chorar por que algo me dizia que Eduarda nunca mais voltaria para mim.
-Que foi? -Senti um alívio ao vê-la descer bem. Mesmo assim, as lagrimas insistiam. -Lua...  O que foi, meu amor? Olha pra mim... O que aconteceu?

Kelly

Laura chorava feito criança sentada no chão a minha frente. Aquilo me deixou com um nó na garganta e eu não sabia como fazê-la parar.  Aquilo doía em mim.
-Laura, por favor... Me diz o que foi. -Senti o corpo dela levantar em um pulo e vir em mim. Os braços se instalaram em volta do meu pescoço. Fechei os olhos e o cheiro dela invadio meus pulmões. O choro dela estava se controlando a cada segundo e eu a apertava querendo, implorando para que aquele abraço durasse para sempre.
-Te amo! -Ouvi em sussurro no meu ouvido e um sorriso se alargava no meu rosto quase que automaticamente. Uma paz tomava conta de mim, fiquei anestesiada. Só conseguia sorrir e pensar o quanto eu era sortuda por ter ela ali, em meus braços, então eu também sussurrei um "Eu te amo".

Laura

Era tudo o que eu precisava, um abraço e ouvir um "Eu te amo" dela. Sentir que ela não iria me deixar mais. Sentir que de todas as maneiras, para sempre, que aquilo iria durar.
-Eu queria está com uma roupa elegante... Poder me ajoelhar... Está com um buquê de flores... Ursinhos de pelúcia... E tirar um anel do bolso... Tudo a sua cara... Mas... -Kelly se afastou de mim. -Estou toda quebrada, falida, sem dinheiro para compra anel, sem roupa nenhuma, não posso sair para roubar flores. Não sei se é uma boa ideia te pedir novamente em namoro nesse estado.
-Boba! -Falei envergonhada. -Se pedir, mesmo com essa roupa ridícula, eu aceito. Mas eu não abro mão de um beijo.
-Então...-Ela pegou em minha mão. - Você quer namorar comigo?
-Talvez!
-Quê?
-Pelo menos o ursinho você vai me dá depois? 
-O tamanho que você quiser! -Ela sorriu aliviada e me beijou tirando meus pés do chão. -Espera um pouquinho!

Kelly 

Coloquei Laura de volta no chão enquanto ela me olhava sem entender nada e eu caminhei até a porta.
-Ai...
-Sai de cima de mim...
-Tira essa bunda mole da minha cara.
-Ou! Pegasse no meu...
Carol, Hunter e Rick se embolavam no chão.
-Que coisa feia, heim! Ouvindo atrás da porta. -Falei olhando para os três ainda no chão.
-Falei para você não fazer barulho. -Rick deu um tapa na orelha do namorado.
-Foi Rick que estava "rinchando". -Carol fala. 
-O que faremos com vocês três, heim? Que feio senhor Ricardo... Um empresário de renome ouvindo atrás da porta... Que exemplo você está dando para seus funcionários, hum?
-A ideia foi dela. -Ele apontou para Carol.
-O que devemos fazer com eles, meu amor? -Olhei para Laura que ria encostada no corrimão da escada.-O que você acha de expulsar eles três de nossa casa por hoje, hum! Castigo pela essa invasão.
-E onde nós vamos dormi? -Pergunta Hunter.
-Carro espaçoso... Muito bom negócio seu patrão fez em comprar aquele carro.
-Muito pouco! Soube que entre os três, tem um ótimo cozinheiro. -Laura maléfica.
-Ótimo ideia, meu amor. Poderiam fazer um jantar romântico para nós, que tal? 
-Vocês tão é querendo nos usar, isso sim. -Carol.
-Nada mais que justo! -Falei. -Comecem. 
-Ah, kelly. -Hunter.
-Agora!
-Okay! Mas nós ficamos na casa. -Rick. -Ah, entendi. Nós saímos da casa.