Rick
-Amor, acorda! Amor! -Hunter balançava meu corpo. -Seu celular está tocando. -Levantei em um pulo e peguei meu celular.
-Alô!
-Rick, vem para o hospital, por favor. -A voz manhosa era de Laura e eu me desesperei.-Meu pai está machucado.
-O que ouve com seu pai? -Falei dando alguns pulos para a calça subir.
-Beatriz atirou nele! Avisa para Carol.
-Já chego ai, meu amor!Desliguei a chamada, vesti uma camisa, desci as escadas correndo e enquanto eu tirava o carro, Hunter se aproximou já vestido também.
-Sabe onde é o hospital?
-Nessa rua... Depois entra a direita. -isso eu fiz acelerando o máximo que pudia. Ainda estava escuro e pouco provável dá de frente com outro carro ou atropelar alguém. -Agora entra a direita. -Novamente eu fiz e vi um prédio com a placa do hospital.-Cheguei! -Abracei Laura que soluçava. -O que aconteceu com o seu pai, meu amor? Eu não entendi.
-Bea...triz... Atirou nele!
-Mas por que? -Me afastei dela para olhá-la.
-Fui... Fui.. Buscar... Buscar Kelly e enquanto... Eu... Eu... Tirava Kelly... Eles ficaram... Ficaram brigando... E depois... Ouvi os tiros.
-E onde está Kelly?
-Rick! -Ouvi a voz dela atrás de mim e eu me virei. Ela estava sentada em uma cadeira de rodas e boa parte da perna enfaixada. -O que faz aqui?
-Kelly, que susto você me deu!-Me abaixei para abraça-la. -Cadê a louca da Beatriz?
-Não sei... Laura disse que ela ficou ferida também.
-Laura, porque não nos chamou? -Me virei novamente para Laura que estava abraçada a Hunter.
-Não sei! Meu pai estava comigo!
-Vocês não vão poder ficar aqui! -Avisou uma mulher ao se aproximar de nós. -Voltem para suas casas e fique aqui só um ou dois acompanhante que sejam de maior.-Ela olhou para Laura. -E não esteja ferida.
-Tudo bem! Rick, deixa as meninas em casa e qualquer coisa eu aviso. -Falou Hunter.
-Eu não quero ir! -Laura.
-Laura, você vai ter que falar para sua mãe! -Avisei. -Não podemos chegar lá assim.
-Até que ele consiga explicar que não foi você que se ferio... É capaz da sua mãe ter um treco! -Hunter a encarou.
-Meu irmãozinho! Tudo bem, vamos.
-Kelly! -Ela parecia tá anestesiada e mal conseguia ficar com os olhos abertos. -Vamos?
-Muito sono! -Peguei ela no colo. -Passei maior parte do tempo dopada!
-Vou deixar Laura em casa e depois eu te levo para a casa de sua vó. Tudo bem? Pega a chave no meu bolso, Hunter.Laura
Já estava amanhecendo. Creio que era umas cinco da manhã. Entrei pela janela do quarto que eu havia deixado meio aberta e bati na porta do quarto de mãe.
-Mãe! -Tentei manter a voz mais tranquila possível. -Mãe!
-Oi! Entra... -Ela me olhou enquanto entrava no quarto. -O que foi?
-É que... -Sentei na cama. -Eu fui com o papai buscar Kelly!
-Que história é essa, Laura? Estava sonhando era?
-Não! Não foi sonho não. Kelly está lá fora.
-Só pode está de brincadeira comigo! -Ela levantou já vestindo um roupão branco e indo até a sala. Fui atrás. -Está ficando louca? Cadê ela?
-No carro, lá fora!
-Okay! -Ela falou girando a chave na maçaneta da porta. -Ai meu Deus!-Ela viu o carro que Kelly vinha me buscar parado. -E cadê seu pai? Agora eu mato aquele desgraçado.
-Meu pai está no hospital!
-Como é? -Ela me olhou ainda mais assustada.
-Ele levou um tiro!
-Ai meu Deus! -Ela colocou um mão no peito e se apoiou na parede com a outra.
-Senhora! -Rick saiu do carro e veio correndo. -Pega um pouco d'água para ela.
-Aqui! -Cheguei com a água e minha mãe já estava no sofá sentada mais Rick.
-Brincadeira sem graça! Estão querendo me matar, é isso?
-Não senhora. É sério!
-E cadê Kelly? -Mãe pergunta. -Eu vou para o hospital!
-Kelly está no carro! -Rick fala. -Eu deixo a senhora lá!
-E o que a gente faz com Kelly? -Perguntei quando mãe saiu da sala para vestir-se em uma roupa.
-Você poderia ficar com ela!
-Rick!
-Por favor, Laurinha!
-Tudo bem! -Falei.
-Vou buscar ela! -Rick saiu da casa e logo depois, trouxe Kelly no colo. -Onde coloco ela?
-No meu quarto. Vem!
-Ufa! -Ele ajeitou ela na cama. -Pesada, viu!
-Me manda mensagem!
-Pode deixar!
-De cinco em cinco minutos?!
-Seu pai vai ficar bem! -Ele me olhou. -Ainda nem te agradeci por ter trazido Kelly de volta para mim.
-Tomará! -Sentei na minha cama que Kelly dormia. -Oh, Vai lá. Me avisa!
-Pode deixar! -Senti o beijo dele em minha testa e estranhei ele beijar a boca de Kelly. -Somos assim mesmo, mas nunca...
-Ah! Entendi. -Fiquei envergonhada por ele ter lido meu pensamento.
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A Breve História De Kelly e Laura
Roman d'amourQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...