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Laura.

Me senti um pouco tonta enquanto falava com Kelly. Meu estomago embrulhou enquanto lembrava o quanto fui injusta em jugar Eduarda por tanto tempo e agora em saber que ela esteve todo esse tempo doente, tudo o que passei e vou passar é castigo por não ter confiado na minha namorada. Ela nunca fez por merecer nenhum dos pensamentos negativos que eu tive.
Eu nunca disse o quanto a amo. Eu nunca consegui demonstrar nenhum pouquinho do amor que ela merecia.  Agora teria que guarda esse sentimento só para mim, já que a pessoa que mais precisa saber está em coma longe de mim.

Kelly

-Kelly... Kelly... Kelly, por que está no chão? Kelly, meu amor. O que aconteceu? -Rick sentou no chão e me colocou no colo. -Por que está chorando? Está tudo bem com Eduarda?
-Querem matar ela e Laura com certeza nesse instante está me odiando!
-Ôh! -Ele me abraçou com mais força. -Vai ficar tudo bem, meu amor. -Tenha fé que Duda vai sair dessa.
-Eles querem desligar os aparelhos, Rick! Eles vão matar ela!
-Não vão não! Eles só vão fazer isso se vocês deixar!-Rick se levantou comigo no colo, me colocou na cama e deitou comigo.
-Eu não vou deixar.
-Falou com Laura? -Ele pegou o note que estava ainda aberto na página de Laura e fechou.
-Ela deve está me odiando!
-Vai passar! Você falou para ela que queria ter falado antes?
-Falei tudo... Do início ao fim.
-Então... -Ele passou a mão macia pelo meu rosto enxugando minhas lágrimas. -Não tem porque ela ficar brava!
-Será que ela vai voltar a falar comigo?
-Tenho certeza que sim. Mas lembre-se que ela é a namorada da sua prima!
-Será que Eduarda vai lembrar de tudo? Porque ela vai acordar! Eu sei disso.
-Possa ser que sim.... Ou que não. Eu não sei. Está com fome? O jantar já está pronto!
-Estou não. Vai lá comer que você vai sair.
-Não vou mais. -Ele beijou minha testa. -Vou ficar aqui com você!
-Pode ir! Não vai perder sua noite comigo. Eu prefiro que vá se divertir... Namorar...
-Namorar?
-Hunter...
-Hunter? -Ele me empurrou de leve. -Tá louca? Óh às ideias!
-Vai dizer que não...
-Vou.
-Fingir que não vi vocês saindo da sala de estoque.
-Que? -Ele levantou-se rapidamente e saiu. -Eu heim! Tá louca mesmo.

Laura

Mais uma vez acordei no hospital com minha mãe chorando a meu lado. Tinha um soro ligado a minha veia e por mais que eu tentasse, não conseguia lembra como vim parar aqui.
-O que aconteceu?
-Filha! Oh filhinha! O que você está fazendo da sua vida? 
-Não sei mãe. Como eu vim para aqui?
-Encontrei você desacordada e vi o seu comer no lixo. Poxa filha, não comeu nada de novo?
-Desculpa, mãe. Eu não consegui. 
-Tudo bem! Mas aparti de agora vai ser diferente.  Você está doente!
-Que horas são?
-Um pouco mais de duas da madrugada!
-Cadê pai?
-Não veio para casa hoje.  Disse que ia fazer hora extra e ia dormi no alojamento da empresa.
-Sei! Quer deitar?-Afastei um pouco deixando um espaço livre na cama que era bem pequena.
-Não precisa! Volta a dormir que eu vou continuar na cadeira mesmo.
-Deita, mãe!
-Tá! -Ela se ajeitou no espaço que sobrou e em alguns minutos percebi que ela dormia. Fiquei um bom tempo olhando para o teto e lembrando de tudo o que Kelly tinha falado para mim.

Kelly.

Acabei dormindo e acordei depois de um pesadelo no meio da madrugada, molhada de suor.  Não lembrava como tinha sido o sonho em detalhes, mas eu estava com muito medo e fui para o quarto de Ricardo. Ele estava dormindo como um anjo e eu deitei do lado dele fazendo o máximo de esforço para não acorda-lo.  Passei um bom tempo olhando o teto, lembrando  o que eu tinha falado para Laura e a reação que ela teve ao ouvir tudo. Elas não mereciam está passando por nada disso. Quem deveria estar no lugar de Eduarda era eu com aquela maldita doença.  Assim, ninguém sofreria. Elas duas estariam juntas, minha vó estaria com a netinha preferida e eu não estaria apaixonada pela namorada da minha prima. Seria bem mais fácil para todo mundo.

A Breve História De Kelly e LauraOnde histórias criam vida. Descubra agora