A Breve História De Kelly e Laura

75

Laura

-Bom dia, Laura.... 
-A senhora sabe onde está minha mãe?
-Senhora? Hum!
-Desculpe-me!
-Tudo bem! Ela saiu um pouco, mas já já estará de volta.
-Okay! Você sabia, não era?
-De...
-Eduarda!
-Conseguiu falar com ela?
-Ela está em coma! Falei com Kelly.
-Que péssimo! Você tem falado com Kelly desde quando?
-Ontem!
-Por que não me falou enquanto conversávamos?
-Foi depois que nos despedimos!
-Okay!
-Olá! Bom dia, doutora!
-Bom dia! Já vou assinar a alta e fazer a receita. Com licença!
-Obrigada!
Um pouco mais de meia hora a médica já estava de volta para me dá alta. 
-Já estou indo também e posso deixar vocês em casa.
-Imagina se iremos incomodar ainda mais! Vamos chamar um táxi.
-Imagina se eu vou deixar minha mais nova amiguinha esperar tanto tempo. Faço questão! -De que amiguinha essa doutora está falando? Eu?
-Tudo bem! -Afirmou minha mãe. -Mas faço questão que espere eu fazer um café como agradecimento.
-Ótimo! Vamos?
Já em casa, como esperado, minha mãe preparou tudo para a médica  enquanto ela e eu conversamos.  Realmente ela é super legal e gostei bastante de ter passado uma parte da manhã com ela.
-Então vocês eram namoradas? -Ela falou em um tom baixo para mãe não ouvir. -Mas teu pai, heim! Que quadrado.
-Pois é!
-Está tudo pronto! Espero que goste.-Minha mãe chegou e encerramos o assunto.

Kelly

-Me solta! Socorro! Porra, kelly! Não acredito nisso. -Rick gritava. -Você me babou todo, garota. Que nojo!
-O que foi? -Acordei assustada com os gritos dele.
-Você, sua louca! Me agarrando!
-Eu? -Fiquei desnorteada ao ver que era Rick que estava a meu lado.
-Sim! -Ele passava o cobertor no rosto. -Babou em mim. Af! Não acredito Kelly. Que nojo veio, que nojo.
-Não acredito eu! Você interrompeu meu sonho com ela... Pensa em uma sintonia massa que tinhamos. Ai que raiva, seu monstro destruidor de sonhos! -Deitei de novo cobrindo a cabeça com um travesseiro. -Me deixa dormir de novo para sonhar com ela novamente.
-Quero saber como veio parar aqui. -Ele puxou o travesseiro.
-Ah Ricardo!
-E nem pense em dormir de novo que já é tarde. 
-Af! -Me levantei e fui direto para meu quarto pegar a toalha.

Laura

Depois que a médica foi embora, fiquei mexendo no meu facebook pelo celular.  Desbloqueei o perfil de Eduarda, salvei a única foto que tinha e fui no perfil de Kelly salvar a que tinha lá também. Deixei meu número no inbox de Carol e não demorou muito para chegar uma mensagem no whatsapp.
+550519....     📞📎:
Oi Laura.
Por que sumiu?

         Meu pai quebrou
         meu celular ✔✔

Tenho algo para te falar
É sobre Eduarda.

          Já sei!😢✔✔

Sabe?

          Kelly falou para mim✔✔

Ah Laura. 😥
Desculpa a gente
É bem difícil falar disso.

           Está tudo bem!✔✔
           Ninguém poderia fazer
           nada.✔✔
           Eu vou sair. Beijo. ✔✔

Laur 😥
Desculpa. 
Eu não sabia como
te contar
 
             Tenho que sair. De verdade
              Não tou bem não. Tchau.✔✔

Tenho que ir trabalhar
Mas ligarei mais tarde.
 

Kelly

Assim que cheguei a empresa fui abordada por Carol e Hunter fazendo um interrogatório sobre a conversa que tive com Laura. Respondi tudo o que eu pude e mandei os dois irem trabalhar já que estavam cheios e não era um bom dia para matar trabalho.
Minha vó mandou notícias de Sheffield e minha prima não tinha nenhum sinal de que estava se recuperando. Percebi a fraqueza na voz da minha vó e já marquei a passagem para ir passar uns dias lá.
A viagem seria em dois dias e eu logo tentei entrar em contato com Laura para avisar da minha decisão e tranquiliza-lá sobre o estado de Eduarda. Ou seja, só queria falar com ela mesmo e por mais que eu olhasse se ela estava on-line, me decepcionava a cada vez que não via o pontinho verde.
-Deu por hoje, Kell. -Rick fala agitado -Vai-te embora para casa antes que eu pegue esse teu bendito celular e jogue na parede. 
-Ela não fica on, cara!
-Paciência! Ela estuda, não estuda?  Deve está na escola.
-Pelo que eu sei, ela estuda de manhã.
-Chegou cansada e tá dormido!
-É, pode ser! Tomará que seja, porque se foi aquele senhor...
-Não vai fazer nada.  Ele é o pai e só está defendendo a filha!
-Daquele jeito? Aquilo não é defesa!
-Todo mundo erra, Kell... Ele tá fazendo do jeito dele.
-Falou o defensor da família tradicional. 
-Não é isso! É porque os pais são assim mesmo.
-Tudo bem, Ricardo! Tchau para você. -Peguei a chave do carro dele que estava sobre a mesa. -Me empresta, né? Obrigada, chefinho! -Dei um beijo nele e sai antes que ele diga um não.