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Laura

Chegamos a casa dos meus avós um pouco mais de onze da manhã.  Depois do almoço, tivemos que ajudar minha vó nos preparativos da ceia. Passamos a tarde toda nisso, tirando a parte de Bruna me cercando, foi bem divertido ouvir as histórias de vovó quando era mais nova e ajudar a fazer as várias delícias para a noite de natal. Estava tudo muito lindo.

-Vocês devem está cansadinhos. Vão dormir porque quero todos bem ativo meia noite. -Vovó fala para nós três.

-Isso é tradição? -Perguntei no ouvido de Bruno.

-Sim. -Ele me puxa para o quarto. -A última vez que seus pais participaram disso foi a uns dez anos e vovó sempre falava de vocês.

-E como funciona?

-Umas oito horas começa a chegar todos os filhos, netos, irmãos, primos. Aqui é o ponto de encontro anual de todos.-Bruno se deita na cama que a irmã tinha dormido na noite passada. -Então ficam conversando até meia noite quando acontece o jantar.

-Ah! -Eu me deitei na cama. -Deve ser interessante.

-É muito. -Bruna entra no quarto e senta na cama que eu estava.-E tem a entrega de presentes também.

-Por isso pai pediu para comprar presente para três pessoas que eu gosto daqui.

Ficamos conversando sobre as tradições de Natal, até que Bruno dormia na cama da irmã e ela estava dormindo na minha. Acabei dormindo também.

Kelly

Depois que todos acordaram, tomaram café e foram pra suas casas, ficou só Ricardo, Eduarda e eu no apartamento. Até então, não havia nenhum assunto interessante em mente, então ficamos calados. Eduarda assistia tevê na sala, Rick fazia o almoço e eu lavava a louça.

-Rick! Ricardo, vem cá.

-Oi. Por que tá falando assim? -Ele também falava baixo.

-Tenho que te contar uma coisa.

-Então fala, ué.

-É que... Eduarda estava falando com a namorada... E eu consegui vê-la. Ela é perfeita.

-Esquece essa garota. Você já tem a sua.-Ele se afasta. -Lava direitinho ai.

Laura

Acordei e já estava escuro, algumas pessoas falavam alto na sala, Bruno não estava mais e Bruna estava agarrada em meu corpo. Fui tentar sair sem acorda-lá, mas não consegui e ela acabou acordando.

-Desculpa de novo? -Ela se afasta e eu levanto. Vou até a sala e poucos perceberam minha presença.

-Cuidado enquanto dorme. -Bruna se aproximou por trás, falando em meu ouvido. -Acho que a tal garota do hospital faz mais sucesso que a sua namoradinha.

-Como? -Fiquei de frente para ela.

-Quem é a garota do hospital?

-Como você sabe disso?

-Acho que você deveria controlar mais seus sonhos. Não parava de falar na tal garota.

-Esquece que ouviu isso. Okay?

-Ou Eduarda Sykes ficaria muito triste se souber. Não é?

-Me erra! -Sai de perto de Bruna e quando me dou conta, estou do lado de fora da casa. Algumas das arvores mais próximas piscavam e o céu estava estrelado. Sentei em uma pedra. Mil cenas se formavam na minha mente todas elas estavam divididas entre Eduarda e a prima dela. Já estava perto da meia noite e Bruno me procurava. Já estavam nas trocas de presentes e depois do jantar fomos todos dormir.

Kelly

No fim da tarde, nós três fomos para casa dos meus pais. Por bênção, não chovia, estava frio, muito frio e as roupas das pessoas nas ruas lembravam o estilo europeu.  É a época mais linda do ano. Tinha poucos carros, então fiz questão de ir bem devagar, olhando para cada pessoa que passava-mos. Os prédios enfeitados com luzes pisca-pisca de várias cores e papais Noel super criativos pendurados nas sacadas dos prédios.  Cheguei de frente a casa, estacionei, olhei o relógio do painel e eram exatamente seis horas. 

Ficamos ouvindo várias histórias da vovó e dos meus pais. Eram quase sempre as mesmas todos os anos, mas nunca perderam a graça. Não demorou muito e bateu meia noite, trocamos os presentes que havíamos colocado na árvore como manda a tradição. 

A Breve História De Kelly e LauraOnde histórias criam vida. Descubra agora