Kell
Ontem a noite Rick e eu fomos naquela balada de sempre. Pelo visto, ele se acertou com o Carlos, vi Rick conversando com ele e até agora o patrão não apareceu aqui.
-Bom dia meu amor. -Uma mulher de pele clara e olhos azuis que estava deitada ao meu lado fala.
-Bom dia. Quer que eu te deixe em casa?
-Não vai me convidar para passar o dia com você? -A garota espalhava alguns beijos pelo meu corpo.
-Não. Eu não vou! -Levantei da cama.
-Aí que bruta! Gostei.
-Vou tomar banho! Pegue algum dinheiro na carteira para pagar um táxi.
-Como você me trata assim depois de uma noite de amor?
-Uma noite de sexo é diferente de uma noite de amor, querida. -Entrei no banheiro. -Deixe seu numero por ai... Quem sabe eu te ligue depois.
-Você só pode está de brincadeira comigo! -Ouvi alguns barulhos e depois a porta bater.
Acabei meu banho e a mulher não estava mais no meu apartamento. Vesti uma roupa confortável, peguei as chaves da minha caminhonete, esperei um pouco o elevador.
-Bom dia! -Falei para um moça que já estava lá dentro.
-Bom dia! -A moça parecia nervosa e o elevador começou a descer. -Desculpa, mas você mora nesse prédio?
-Sim.
-Okay!
Não falamos mais nada. Fui deixar uma cópia da chave na recepção para quando Rick decidir aparecer e liberei a entrada dele. A garota do elevador sumiu e eu fui para a garagem pegar meu carro. Irei passar o domigo na casa dos meus pais. Retirei o carro da garagem e pedi passagem na portaria, o porteiro liberou e eu entrei na via. Ia passando pelo ponto de ônibus e a garota do elevador estava lá, continuei com a impressão que ela estava nervosa. Olhei para os lados para ver se não tinha algum guarda de trânsito e dei ré até perto da menina.
-Oi. Entra aqui!
-Não precisa. O ônibus deve está chegando!
-Vem! Te deixo onde você quiser.
-Tá bem então! -Ela deu a volta e entrou no carro. -Não é muito longe. Vou visitar uma amiga a dois pontos daqui.
-Está tudo bem? Desde o elevador você parece nervosa.
-Está tudo bem sim! Você não lembra mesmo, né? -Ela me olhava enquanto eu dirigia.
-E eu deveria lembrar de que?
-Seu nome não é Kelly? Kelly Sykes?
-Sim. Por quê? De onde você me conhece? Qual seu nome?
-Thays... Você para ali para mim. -Ela mostrou o lugar que eu deveria parar. -Tenho que ir... Obrigada!
-Ei, você não me disse de que eu deveria lembrar. -A garota estava praticamente correndo para longe mim. -Me dá seu numero! Eu te ligo e marcamos um...
Garota louca! De onde ela me conhece? Segui meu caminho até a casa dos meus pais com a garota em mente, estacionei e minha mãe veio correndo me abraçar.
-Que bom que veio minha filha!
-Claro que vim, né mãe. É o que combinamos! -Entramos em casa e o cheiro de café estava espelhado por toda parte. -Mãe... A senhora lembra de alguma Thays em minha vida?
-Hum! -Mãe parou um pouco. -Esse nome não é estranho. Mas não lembro de ninguém.
-Se a senhora lembrar me diz? ta bom? Agora cadê o papai e a bruaca daquela adotada?
-Para com isso Kelly.-Mãe deu um tapa no meu ombro. - Ela não é adotada.
Laura
-Acorda meu leãozinho! -Senti o impacto de alguém pulando em cima da minha cama. -Acorda, acorda e acorda.
-O que tu quer a essa hora Carol? -Abri um olho e vi a claridade do quarto. -Vai dormir garota.
-Não vou... Vou embora às três da tarde. -Ela continuava pulando. -Então aproveite-me.
-A sério? -Sentei rapidamente. -Porquê?
-Amanhã tenho aula. -Ela senta perto de mim. -E minha namorada está me esperando.
-Por que não fica?
-Não dá! Minha vó precisa de mim.
-Hum!
-E estou morrendo de saudades de... -Ela se aproxima de mim. -Thays.
-Af! Quando você volta? Semana que vem?
-Só nas férias de junho... Não é toda semana que tenho dinheiro para pagar passagem. Vir passar três dias e viajar três mil quilômetros de novo, né?
-Então eu vou me arrumar porque vamos andar por ai.
-Vai lá.
Fiz minha higiene, tomei um banho de gato e Carol me ajudou a escolher uma roupa. Passamos pela minha mãe e ela nos obrigou a comer antes de ir.
Eduarda
-Meu amor! Acordou cedo. -Vó estava arrumando o sofá quando eu desci a escada.
-Vou dá uma voltinha por aí! Conhecer a cidade.
-Tudo bem minha querida. Mas não demore e qualquer coisa me liga que eu vou onde tiver.
-Não se preocupe vózinha. -Dei um beijo nela. -Estou bem! Não vai acontecer nada.
-Coloca isso no seu bolso. -Ela me entrega um papel com o número e o nome dela. -Não custa nada prevenir. E passa na cozinha para comer alguma coisa antes.
-Não vai acontecer nada, vó! -Coloquei o papel no bolso da calça e fui a cozinha. -Tchau vó.
Passei na cozinha, peguei umas frutas e uns sanduíches coloquei na mochila junto com uns sucos. Sai andando em direção a saída da rua até encontrar um parque, algumas crianças brincavam enquanto umas pessoas conversavam, outras liam e outras faziam exercícios. Procurei a árvore que eu tinha visto quando passei no carro mais minha vó. Ao longe avistei a árvore mais alta e eu fui até ela. Por sorte tinha um lago bem próximo. Alguns pássaros bebiam água e se banhavam. Peguei meu bloco e comecei a rabiscar o que via.
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A Breve História De Kelly e Laura
RomanceQuem ama antes do beijo, antes do toque, entende o que é amor de verdade. Mal sabia Kelly Sykes que aos 20 anos apaixonar-se pela primeira vez, ainda mais pela namorada de sua prima seria algo tão doloroso. Laura Mendes, quinze anos. Envolvida em...