POV. DRACO
Acordei num rompante e sentei-me na cama com rapidez, estava suado e ofegante, mal conseguia respirar. O que está acontecendo com você, Draco?
Tive um pesadelo, outra vez. Será que esses pesadelos nunca iriam parar de me atormentar? Era sempre a mesma coisa, eu corria, corria sem parar, procurando alguma coisa importante, eu precisava achar, se não tudo estava perdido, eu sentia isso, sentia a morte, mas no final eu sempre falhava. Parava e colocava as mãos nos joelhos tentando controlar a respiração e então sentia que devia olhar para trás e quando olhava um grito terrivel escapava de meus labios. Havia um rastro atras de mim, um rastro de sangue e corpos, todos que eu matei, entre os corpos reconhecia o rosto de minha mãe, seus olhos sem foco e sem brilho, a vida já deixara seu corpo. Era demais pra mim!
Passei a mão na testa para limpar o suor, olhei para os lados, Blás, Nott e Crabbe ainda dormiam. Pelo menos não gritei de verdade dessa vez. Levantei e fui tomar um banho, coloquei o uniforme e saí. Estava com fome e não estava a fim de esperar o café da manhã e ainda era de madrugada. Fui até a cozinha, fiz cocégas na pera e entrei. Parei de repente assim que a vi.
Granger estava sentada a mesa, comendo torradas com ovos.
- Só pode ser brincadeira! - disse ela mau humorada.
Comecei a rir do meu proprio azar.
- Do que esta rindo seu idiota?
- Nada que lhe interesse Granger.
Respirei fundo e decidi ignora-la, passei por ela e sentei-me do outro lado, um pouco distante. Um elfo baixo e velho veio até mim as pressas.
- O que deseja?
- O mesmo que trouxe para a sangue-ruim, só que coloque uns pedaços de bacon - falei.
Vi Granger me lançar um olhar irritado, sorri de lado, debochado. O elfo não demourou com meu café e eu comi como se não comesse a dias! Granger levantou-se fazendo barulho, olhei em sua direção e só então percebi que ela ainda estava de pijama. Ela usava uma regata branca com um shorts vermelho bem curto, muito diferente da Granger sem graça de sempre.
Não pude deixar de reparar em suas pernas, definidas e lisas, pareciam tão macias. Ela pigarreou. Olhei para Granger e vi que ela estava corada, eu a estava encarando a algum tempo e ela percebeu. Droga!
- Pare de me olhar desse jeito - disse ela embaraçada e irritada.
Dei um sorriso zombeteiro.
- Não se preocupe Granger. Não há nada aí que se valha a pena - dei de ombros.
- Ótimo!
Dizendo isso ela saiu de lá nervosa. Comecei a rir comigo mesmo, até nisso eu seria um fraco? Não podia ter me controlado e desviado o olhar? Claro que não, tinha que deixar a sangue-ruim me flagrar olhando suas pernas! Eu só podia estar ficando louco para olhar para ela assim, com certeza ela ia correr contar para as amiguinhas que Draco Malfoy "admirava" suas pernas.
Se bem que, Granger não parece ser desse tipo ... qual é Draco, esquece essa sangue-ruim, quem liga? Não foi nada demais, só uma olhadinha de nada, não matou ninguem, matou?, respirei fundo tentando criar coragem para sair dali. Minutos depois fui para o jardim para esperar a primeira aula, que seria de História da Magia, junto com a Corvinal.
Estavamos na sala, o Professor Binss falava sem parar com sua voz chata e monótona. Eu estava apoiado em meu cotovelo, piscando, tentando me manter acordado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Reverse - Dramione
Fiksi Penggemar"Minha vida toda foi uma cilada. Eu errei, fui fraco e me submeti a ordens de um mestiço imundo, virei um assassino e me orgulhava disso. A marca negra ainda estava ali em meu ante braço para me lembrar todos os dias do quão desprezivel minha vida e...