Make a Wish

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Um estalo, aparatamos em um beco estreito, longe dos olhos dos Trouxas, escuro o bastante para afastar qualquer pessoa que estivesse passando por perto. 

— Não acredito que você me convenceu a fazer isso. Deve ter sido o sono. — chiou Potter ao meu lado. 

Rolei os olhos. 

— Só para te lembrar: você é um bruxo, Potter, e o melhor amigo dela. É obrigação sua estar aqui. — repliquei em um grunhido. 

— Aparatar não é agradável, muito menos em longas distâncias. 

— Você está parecendo uma velha reclamona.

— Cale a boca, Malfoy. 

Suspirei enquanto o puxava pela capa para fora do beco. 

— A Rua 47 não fica muito longe daqui — murmurei para mim mesmo. 

Saímos para a rua, as luzes inundaram meus olhos, os prédios erguendo-se imponentes sobre nós. Duas fileiras de carros - que pareciam intermináveis - davam cor a Quinta Avenida. Ele puxou a capa da minha mão e tropeçou para a calçada, seus óculos quase caíram e ele se apressou em coloca-los no lugar, seus olhos varrendo a rua que se estendia de ambos os lados. Potter se virou para encarar-me com uma sobrancelha arqueada.

— Nova York? 

— Fuso horário, Potter. Nosso melhor amigo de hoje.

— Porque não estou surpreso? — suspirou.

Dei de ombros, um sorriso torto em meus lábios. 

— Temos 19 horas — comentei. 

— Ela deve estar furiosa — Potter estremeceu. 

Não pude deixar de encolher um pouco meus ombros, estreitando os olhos enquanto a imaginava em um ataque de fúria.

— Espero que sua mulher a acalme um pouco. Tem certeza que podemos confiar nela? 

— Gina não vai dizer nada a Mione, não se preocupe com isso. — ele respirou fundo, sua mão percorreu o cabelo amassado — Então, para onde vamos, exatamente? 

— Vamos a Tiffany's — respondi, meu sorriso se ampliando. 

— Porque não estou surpreso com isso também? — grunhiu Potter.

POV. GINA

Eu era uma boa amiga, Merlin sabe o quanto. Eram seis da manhã e eu estava pronta para uma missão complicada, arriscaria dizer que a era mais dificil que me deram: confundir e distrair Hermione Granger. Céus! Ninguém se lembra o porque de a chamarem de a bruxa-mais-inteligente-da-sua-geração? Guardar um segredo não devia ser tão complicado assim, era o que eu pensava enquanto subia degrau por degrau do prédio em que Malfoy morava, e onde Hermione estava. Mas ela era a minha melhor amiga, seus olhos saberiam que havia alguma coisa acontecendo no instante em que pousassem nos meus. Com a chave firme na mão, - que Draco deixara comigo antes de desaparecer com o meu marido - tomei coragem, respirei fundo e destranquei a porta. 

Hermione estava deitada, dormindo no sofá da sala, semi-nua. Seus cabelos esparramados pelo braço do sofá, seu braço para fora do mesmo. Pé ante pé, caminhei para o corredor, avistei uma única porta entreaberta e lá entrei. Hugo estava na cama, rolou para o lado oposto ao que estava antes começando a querer acordar. Fechei a porta devagar para que não rangesse, peguei minha varinha e lancei um Abaffiato no quarto e caminhei para perto de Hugo, sentando na beira da cama. Acariciei seus cabelos para desperta-lo.

— Hugo? — chamei próximo ao seu ouvido — Acorda garotão.

Ele se contorceu, piscando os olhinhos com força. 

Reverse - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora