Reverse - Dramione

"And now?"

POV. HERMIONE

Abri sua carta cheia de expectativas. A li e reli mais de uma vez só para ter certeza de que eu não estava delirando. Na "carta" - estava mais para uma quase carta - Harry escrevera:

"Hermione,
 
             Antes de qualquer coisa queria lhe pedir desculpas pelo modo que agi com você. Entenda, eu só estava preocupado com sua segurança. Não queria - e não quero - brigar. Vou tentar ao maximo ser mais compreensivo, prometo. Quero saber como você esta, se a bronca foi pesada quando seus pais souberam da expulsão e tambem te contar umas coisas. La vai a primeira: Rony e Eu vamos embora de Hogwarts amanhã mesmo. O Sr. Waesley conseguiu para nós uma prova de qualificação para auror, se passarmos será um grande passo. Vai ser incrivel! Tirando, claro, a parte sobre ter que estudar. Dessa tenho certeza que vai gostar: To planejando pedir a mão da Gina em casamento nesse Natal, n'A Toca ... e quero muito que minha melhor amiga esteja lá para me dar apoio. Sinto sua falta Mione, até das broncas! Espero te ver em breve.
                                                               Harry." 

Sorri ao terminar de ler, sentindo-me nostalgica e saudosa. A coruja piou mais uma vez e saiu de cima de mim, indo para minha cama, à espera de minha resposta.
Levantei e fui sentar-me em minha escrivaninha, peguei papel e caneta, e encarei aquelas linhas em branco pensando na melhor forma de responder, se eu devia ou não citar Draco. Então comecei:

"Harry,
           É claro que aceito suas desculpas! Eu te entendo perfeitamente, e agradeço por sua preocupação. Eu me sentiria do mesmo jeito se a situação fosse contraria. Bom, sobre mim, estou bem. Meus pais ficaram bem chateados, mais com o motivo do que com a expulsão em si. Mas por Merlin, parece que já passou, esta tudo normal em casa. Fiquei feliz de saber que esta indo atrás de seu objetivo, sabia que logo deixariam Hogwarts... Vai ter que estudar bastante, se quiser posso ajudar. Agora me deu até tremedeira Harry, noivado é coisa séria! Vai ser um passo grande na vida de vocês. Mas, não posso negar que amei a ideia dos meus melhores amigos se casando. E obviamente estarei lá. Também sinto sua falta Harry, bastante! Nos vemos em breve sim. 
                                                      Hermione."

Resolvi deixar Draco e o que estava acontecendo de fora, sabia que Harry não reagiria bem, e era algo que eu queria - e precisava - discutir com ele pessoalmente! Dobrei minha carta e coloquei no bico da coruja, ela bateu as asas e levantou vôo, saindo noite a fora. Suspirei e sentei-me em minha cama. Sentia-me entorpecida. Tudo que Draco me falou ecoava em minha cabeça, me deixando louca! Nunca imaginei que ele se sentia daquele jeito em relação a mim. Draco sempre agiu comigo como um traste, um perfeito idiota preconceituoso. Saber o que estava por trás de suas reações e o modo como ele agia comigo, saber dos motivos, parecia dar sentido a tudo. Mas ainda assim, era dificil assimilar. Ouvir que ele estava se apaixonando por mim foi ... surreal. Nunca passou pela minha cabeça que Draco Malfoy fosse dirigir essas palavras a MIM. Mexeu comigo de uma forma que eu não sabia explicar; eu só queria ele ali e mais nada. Eu gostava dele, e me sentia da mesma forma. Mas não pretendo contar, pelo menos não agora... Um barulho do lado de fora interrompeu meus devaneios. Levantei assustada e fui até a janela, ao olhar para baixo vi Draco ali, praticamente pendurado.
— O que você ta fazendo, seu louco? Meus pais vão te ouvir! — falei baixo, alarmada.
— Estava tentando invadir seu quarto, mas não ta rolando — grunhiu baixo em resposta.
— Por que simplesmente não aparatou seu idiota?! — perguntei irritada.
— Queria que fosse emocionante — respondeu ofegante, tentando se segurar.
Revirei os olhos.
— Ah claro! Vai ser super emocionante quando você despencar daí e for parar em um Hospital!
Ele também revirou os olhos.
— Não vou cair, só preciso de uma ajuda aqui. Você vai demorar muito pra se oferecer? — disse com sarcasmo, irritado.
Me debrucei na janela e estiquei a mão para ele.
— Ótima ideia Granger — ironizou ele.
— Se tiver uma melhor podemos discutir ela agora mesmo — falei com escárnio.
Ele bufou e se impulsionou para cima, tentando alcançar minha mão. Quando conseguiu a agarrou com força, apoiando-se. Trinquei os dentes me impulsionando para trás, fazendo força para puxa-lo. Depois de alguns minutos, finalmente deu certo. Soltei ele e suas mãos agarraram a base da janela. Respirei aliviada e me joguei na cama exausta pelo esforço. Ele se apoiou e conseguiu entrar, em seguida se jogou na cama ao meu lado.
— Caramba, não achei que fosse tão complicado escalar uma parede — comentou ele insatisfeito.
Comecei a rir de sua expressão. Eu ria descontroladamente, os braços envolvendo minha barriga, eu virei para o lado dele ainda rindo. Ele me encarava impassivel, esperando minha crise de risada passar. Fui parando aos pouco.
— Cade seu senso de humor Malfoy? — perguntei aos risos.
— Não tem graça — disse ele, sério.
Sorri mordendo o labio e subi em cima dele, ele pareceu surpreso. Peguei suas mãos e coloquei para cima, perto de seu rosto. Draco me analisava atentamente, seus olhos faiscaram. Então comecei a fazer cocégas nele. Ele riu se contorcendo em baixo de mim.
— E agora? — perguntei rindo também.
— Para ... Hermione — dizia ele entre risos, fazendo barulho.
— Shhhh — pedi silêncio dando um selinho nele, parando com as cosquinhas. 
Ele ainda tinha aquele sorriso de quem gargalhou no rosto. E era ... perfeito. Eu podia ficar horas e horas olhando ele sorrir. Ele me fitava, seus olhos cinzas pareciam ter derretido. Sua expressão era tão suave, tão diferente do Draco que sempre conheci.
— Desse jeito foi meio injusto — disse ele.
— Aprendi com você — retruquei sorrindo.
Ele pegou meu rosto e o puxou para perto dele, alisando minha bochecha, então selou nossos labios. Beijando-me ternamente. Com agilidade, me virou, trocando a posição comigo, ficando por cima de mim. Ele segurou na base de minha blusa e a puxou, tirando-a, então parou o beijo e tirou a sua também rapidamente. Seus labios correram para meu pescoço, deixando beijos e mordidas, me arrepiando inteira. Ele desceu os beijos até meus seios, soltou meu sutiã e começou a sugar meu seio esquerdo, enquanto apertava o outro. Segurei em seus cabelos puxando-o, como quem quer mais. Ele desceu mais um pouco e desabotoou minha calça. Levantou e arrancou junto com a calcinha. Ele sorriu pra mim malicioso enquanto tirava sua propria calça. Mordi o labio, ansiosa. Ele estava muito exitado, e eu também. Nossa quimica era fora do comum! Draco afastou minhas pernas, ajoelhado foi se aproximando entre elas. Sentei-me um pouco e olhei em seus olhos sedenta por seu corpo. Alisei seu torax e sua barriga com as unhas, e não me intimidei ao pegar seu pênis em minhas mãos e coloca-lo em minha boca. Ele soltou um suspirou pesado, que me incentivou mais. Fitei ele por baixo de meus cilios, ele mordia a boca, gostando. Comecei a fazer movimentos para baixo e para cima, devagar. Depois intensifiquei os movimentos. Ele agarrou em meus cabelos e me puxou para que erguesse o rosto, então me beijou ferozmente, me deitando mais uma vez. Ele me penetrou com força, arrancando um gemido um pouco alto de mim - esperava com todas as forças que meus pais ainda estivessem no andar de baixo, incapazes de ouvir qualquer som incomum. Draco entrelaçou suas mãos nas minhas e deitou-se sobre mim, penetrando mais fundo e mais rapido. Eu mordia seu ombro, beijava seu pescoço e sua orelha, sempre que alcançava. Sentia sua respiração ofegante e pesada em minha mandibula. Ele diminiu as estocadas, tirou o pênis de mim, gozando em minha barriga. Eu respirava com dificuldade, completamente embriagada com seu corpo. Em seguida ele pegou a ponta de meu lençol, puxou para cima, e limpou minha barriga, depois deitou-se ao meu lado. Uma de nossas mãos ainda entrelaçadas.
Assim que tomamos banho e troquei a roupa de cama, nos deitamos. Estava frio e ia ser ótimo dormir ali com ele - minha cama era moderadamente pequena, cabiam dois mas não era espaçosa. Me encontrava deitada no peito dele, embalada em seus braços.
— Sabe, quando estou com você me sinto completamente do avesso. Esqueço de todos os meus problemas — sussurou ele.
Olhei para cima, para ver seu rosto. As luzes estavam apagadas, mas a fraca luz de meu abajur era o suficiente. Tomei coragem e folêgo.
— Eu também me sinto assim — sussurrei de volta, admitindo — nunca imaginei que isso fosse ser possivel mas ... você me faz bem.
Ele sorriu de lado, pestanejei, sonolenta. Ele acariciou meus cabelos e beijou minha testa.
— Vai dormir baixinha — disse suavemente — Não vou sair daqui.
— Promete ? — perguntei a beira de desmaiar.
— Prometo — escutei ele dizer distante. 

POV. DRACO

Acordei no outro dia como se tivesse apanhado. Meus braços estavam dormentes, e uma de minhas pernas também. Hermione estava enroscada em mim e ressonava dormindo tranquilamente. Ela parecia tão menos tempestuosa quando dormia, tão serena, tão linda, que eu nem ligava mais se estava ou não com dor. Valia a pena. Me virei defronte a ela e consegui tirar meu braço esquerdo de baixo dela. Tirei seu cabelo de seu rosto, para ve-la melhor. Então seus olhos castanhos - seus lindos olhos castanhos - se abriram, encontrando os meus. Ela piscou e sorriu sonolenta.
— Bom dia — murmurei.
— Bom dia — disse ela espreguiçando-se.
— Eu vou pra casa pegar minhas coisas, então podemos ir — falei, ainda abraçando ela com o braço direito. Ela sorriu de canto como quem se desculpa, se remexeu e se apoiou no cotovelo para me olhar.
— Podemos ir amanhã? Queria ver Harry — disse ela em uma voz fininha.
Algo se revirou em meu estomago, senti-me
irritado no mesmo instante.
— Sério isso?! E como pretende ver Potter se ele está em Hogwarts — falei com sarcasmo.
— Ele me mandou uma carta ontem, disse que deixaria Hogwarts hoje — disse ela.
Bufei.
— Ele nunca vai desgrudar de você não?! — perguntei irritado.
Ela me lançou um sorriso doce.
— Draco, ele é meu melhor amigo.
Revirei os olhos diante de sua resposta.
— Provavelmente ele vai ficar n'A Toca ... Vou pra lá depois do almoço e no fim da tarde encontro com você em algum lugar ... — ia dizendo ela.
— Nem pensar Granger — interrompi ela — você não vai pra lá sozinha. Eu vou com você! — falei em tom irritado, ja decidido. Não queria ela perto do pobretão Weasley. Ela me olhou alarmada.