Eu realmente não queria ter entrado nesse assunto, mas Kimberly se fecha tanto quando pergunto algo relacionado a sua vida que isso só me faz querer saber ainda mais. Se é que eu sabia alguma coisa. Eu a observo por um momento e decido não continuar com isso. Se ela ainda não confiava em mim, então não seria hoje que eu lhe tiraria alguma coisa. Me volto para o notebook e o ligo, mas percebo Kimberly enxugando os olhos úmidos das lágrimas que quase caíram.
Então se sentando na cadeira em frente ao notebook após ligado, ela pega o material e se concentra em fazer o trabalho. E por longas horas foram assim. Falávamos apenas o necessário. Então enquanto Kimberly acerta os últimos detalhes do trabalho, eu fico na cama brincando com uma bola de beisebol. Agora ela parecia estar mais relaxada do que antes.
Volto meus olhos para o perfil do seu rosto e seus cabelos. Kimberly simplesmente parecia ficar linda em qualquer ângulo que eu a visse. Bem que, há um ângulo especial em que eu gostaria de vê-la em mim. Logo fecho os olhos e balanço a cabeça tentando afastar os pensamentos pervertidos. Antes que ela fosse embora, havia um assunto que eu não podia deixar de lhe falar. Então quando Kimberly tira o pen drive do notebook e o fecha, penso ser o momento perfeito para isso. Logo levanto-me e sento na cama.
- Antes de você ir, preciso dizer algo.
Ela me lança um olhar confuso no começo, mas parece se lembrar de algo, e sugiro que seja sobre nosso beijo, pois no mesmo momento, ela levanta da cadeira bruscamente. Talvez temesse esse assunto mais do que pensei, só me resta saber então, se isso é algo bom ou ruim para mim.
- Eu realmente tenho que ir- Kimberly se apressa em sair, mas logo me adianto em segurar seu braço.
- Você vai tentar fugir de novo?
- Não estou tentando, eu já estou!
Ela puxa seu braço da minha mão e se vira para ir embora, porém a puxo pela cintura e a empurro na cama.
- O que pensa que está fazendo?
Ignoro sua pergunta e apresso meus passos. Logo pegando a chave em cima da mesa, tranco a porta do quarto. Ao notar o que eu acabara de fazer, Kimberly vem em minha direção pronta para tomar a chave de mim.
- Não haja como uma criança!- Ela diz enquanto se estica e dá pulinhos tentando alcançar a chave que agora seguro no alto.
- Você me faz agir como um, anjinho.
- Não me chame assim!- Ela agora se apoia em mim ainda tentando me alcançar.
- Por que não, anjinho?- Dou um passo para trás tentando me desvencilhar de suas mãos.
- Porque não!- Após perceber que não vai conseguir pegar, ela se afasta e me lança um olhar raivoso que mais me faz querer apertar suas bochechas- Chris, sério, me dá essa chave.
- Não até que tenhamos conversado sobre aquilo- Lhe lanço um sorriso provocador.
- Droga.
- Não podemos fingir que nunca aconteceu.
- E por que não? Pretende contar para sua namorada que a traiu?
- Namorada?- Franzo o cenho.
- Aquela garota...- Ela aponta para o lado que fica a direção da sala- ela não é sua namorada?
- Não, de onde tirou isso?
- O que mais uma garota seria sua para estar até essa hora na sua casa?
- Ué, tantas coisas. Veja você, o que faz aqui então?
Após ouvir minhas palavras, Kimberly faz uma expressão parecendo concordar comigo.
- Tudo bem, talvez tenha me equivocado um pouco.
- Com certeza.
- Então o que ela faz aqui?
- Está me ajudando a cuidar da minha mãe e com alguns serviços da casa. Ela é filha de uma emprega antiga da família.
- Agora parece fazer mais sentido.
- De qualquer forma, não tente mudar de assunto.
- Não estou mudando de assunto!
Ela olha para mim e depois para minhas mãos. Era óbvio que tentaria pegar a chave novamente. Então apenas puxo minha calça e deixo a chave cair dentro da minha cueca.
- Oh, não acredito que você fez isso!
- Assim poderemos conversar sem que você se distraia.
- Que nojo, Chris!
Solto uma gargalhada e ela logo se senta na cama pondo as mãos no rosto. Agora sério, me aproximo e puxando a cadeira para perto, sento-me em sua frente. Espero um momento para ela abaixar as mãos, então quando não faz, eu mesmo o faço. Seguro suas mãos com cuidado e os tiro deixando seu rosto claro em minha visão.
- Olha pra mim- Peço, mas ela balança o rosto em negação enquanto mantêm seus olhos baixados- naquele dia, não quero que pense que te beijei por você ter estado vulnerável ou algo assim- Eu digo esperando que em algum momento, ela tenha coragem para olhar nos meus olhos- desde a primeira vez que te vi, eu quis fazer aquilo. Achei que estava tudo bem naquele momento, até você se levantar e dizer que não pode... Por que você não pode, Kimberly? Se pareceu desejar aquilo tanto quanto eu.
- Eu só... não posso.
- Não, não vou aceitar esse tipo de resposta vindo de você.
- Eu só não posso me permitir apaixonar por você- Ela finalmente olha para mim.
- E por que não?- Eu precisava saber daquela resposta mais do que tudo.
Ela nega com a cabeça se recusando a falar.
- Droga, Kimberly. Você não pode apenas ser sincera comigo?
- Isso envolve muito mais coisa do que você imagina.
Em seus olhos, eu vi medo e confusão. Kimberly parecia querer me contar desesperadamente, mas algo a impedia. Então prometi a mim mesmo, que seja lá o que for, eu reverteria essa situação, e não deixaria nada e nem ninguém me impedir.
• Nota da autora •
Opa, agora estou vendo um Chris totalmente determinado. E olhe que quando esse cara fala, ele faz! Então gente, oq acharam do capítulo de hoje? Se gostou, deixa seu votinho💙
até próximo cap. que será o fim dessa conversa narrado pela Kim!!
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Academia Lawrence
RomanceTudo acontecerá através dos olhos de Kimberly Evans e Chris Taylor. Ambos não possuem nada em comum. Kimberly é filha do sócio do diretor da Academia Escolar Lawrence, sonha em ser uma violinista profissional. Mesmo tendo toda sua família indo contr...