Academia Lawrence

59- Orgulho de mãe

Ao mesmo tempo que me sentia relaxada por estar em um lugar seguro, me sentia meio atordoada por tudo está acontecendo tão rápido. Vários pensamentos rondavam minha mente me deixando cada vez mais confusa. Então ainda com uma das mãos apoiada no joelho de Chris, fito os olhos de sua mãe a nossa frente tentando de alguma forma, me concentrar em suas palavras. Eu estava grata por ela ter me deixado ficar.

A lua já havia tomado o lugar do sol, e as estrelas estavam nítidas em minha visão através da janela na parede atrás de Rebecca. A mesma revezava seus olhos entre mim e Chris tentando encontrar as palavras certas a dizer. Então após mais alguns segundos de silêncio, finalmente podemos ouvir sua voz.

- Deve imaginar o quanto estou surpresa com tudo que me disseram em contar que sempre admirei Charles. As pessoas realmente não são o que pensamos ser. De qualquer forma, vamos apenas mantê-la aqui por enquanto- Eu aceno em concordância e ela continua após um longo suspiro- lembro-me do dia em que pedi para você se afastar dela...

- Mãe...- Chris tenta interrompê-la, mas ela nem lhe dá chance.

- Querido, deixe-me terminar, por favor... Achei que de fato você se afastaria dela, mas não foi o caso. Vocês se parecem tanto comigo e Paul. Éramos jovens e apaixonados. Todos eram contra nossa relação, mas não nos importamos e continuamos a nos encontrar. Enquanto de um lado minha família afirmava que o relacionamento com um famoso nunca daria certo, do outro, a mídia transmitia a imagem de Paul Taylor o jogador de beisebol perfeito e intocável. Mas nada disso foi motivo para nos afastar. Nosso amor sempre foi maior que tudo e não demorou até irmos morar juntos. Paul quis me preservar então manteve minha identidade no anonimato e o máximo que anunciou à mídia foi que estava em um relacionamento sério. Após alguns anos, resolvemos nos casar no civil e oficializar nosso amor. Não tivemos festa nem nada disso. A presença um do outro e poucos familiares foram o bastante. Até que disso, tivemos um filho- Rebecca já estava com os olhos cheios de lágrimas enquanto fitava Chris que apenas ouvia a tudo calado e atento- você foi a criança mais linda de todas, querido. Era esperto e muito sapeca. Sempre nos deu orgulho apesar de suas mal criações. Bem, o que estou tentando dizer, é que vocês dois tem o meu total apoio nesse relacionamento- Rebecca estende suas mãos, com uma pega minha mão e com a outra, pega a de Chris- assim como vocês enfrentaram tudo, e tem enfrentado, eu desejo...- Ela junta as nossas mãos com a sua e põe a minha sobre a do Chris- que possa ser sempre assim. Um cuidando do outro independente de qualquer coisa. Assim como foi entre mim e Paul. Vejo nos olhos de ambos que se amam verdadeiramente e posso dizer o quanto estou feliz.

Chris apenas a observava calado enquanto parecia digerir as suas palavras. Seus olhos estavam úmidos e senti que a qualquer momento poderia deixar cair uma lágrima. Não demora até ele se inclinar e dar um abraço apertado em sua mãe que retribui na mesma intensidade. Sentia-me feliz por tudo ter dado certo no final.

Então após alguns segundos, posso ouvir uma voz feminina vindo da porta. Quando ela se abre, posso ver a imagem de Clara carregando algumas sacolas brancas nas mãos. Ela parece ficar extremamente surpresa ao me ver, pois fica me encarando por um longo período de tempo.

- O que ela está fazendo aqui?- Pergunta.

- Kimberly passará alguns dias conosco- Responde Rebecca se adiantando em pegar as sacolas de suas mãos- deixe-me ajudá-la.

- O quê? Por quê?

- Não se preocupe quanto a isso. Kimberly está com Chris agora.

Clara olha para mim, para Chris e por fim, para Rebecca. Parecia não acreditar em suas palavras.

- Mas isso é um absurdo!- Ela diz após bufar indignada, e então se retira para a cozinha sem dizer mais nada.

Nos entreolhamos por alguns segundos pela sua reação, mas ninguém se manifesta quanto a isso.

- Eu te ajudo, mãe- Chris se levanta do sofá para ajudar sua mãe com as sacolas que a pouco tempo haviam sido abandonadas por Clara.

- Não precisa, querido. Apenas leve as malas de Kimberly até seu quarto e organize tudo.

Chris acena logo fazendo o lhe foi pedido. Após levar minhas coisas e pôr tudo ao lado do armário, ele fecha a porta do quarto nos dando assim um pouco de privacidade. Sento-me na cama ainda tentando digerir tudo o que havia acontecido no dia.

- Está tudo bem?- Ele pergunta quando ponho uma das mãos em minha testa.

- Está, só sinto um pouco de dor de cabeça.

- Quer que eu pegue um remédio?

- Não, quero apenas que fique comigo.

Chris não hesita em fazer o que peço e logo se senta atrás de mim enquanto se encosta na parede. Fico entre suas pernas e sinto minhas costas tocando seu tórax. Seus braços arrodeiam minha cintura enquanto sinto seu cheiro amadeirado entrando por minhas narinas. Sua proximidade era como uma droga, na mesma hora eu já me sentia bem e extasiada. Sua respiração quente e regular me deixava calma e eu poderia sentí-la assim em mim para sempre.

- Você foi a melhor coisa que me aconteceu, Chris.

Eu nem precisava está olhando seu rosto para saber que o mesmo exibia aquele lindo sorriso. Não demora até que sinto suas mãos me apertando ainda mais em um gesto carinhoso.

- Eu que devia te dizer isso.

Então devagar, viro-me até estar de frente para seu belo rosto. Ponho minhas mãos em seus ombros ainda sentindo seus braços em minha cintura. Seu cheiro já me fizera perder todo o meu raciocínio. Seus olhos verdes estavam concentrados nos meus com intensidade. Era como se eu já pudesse ler seus pensamentos.

- Eu te amo.

Devagar, Chris inclina seu rosto e me beija delicadamente. Seu beijo é apaixonado e gentil, mas não até eu começar a provocá-lo com algumas mordidas e puxões. Ele logo sorri ao se afastar alguns centímetros de mim.

- Vai ser assim?- Pergunta contente ao ver minhas verdadeiras intenções.

- Não sei do que você está falando- Olho para cima fazendo-me de inocente.

- Sabe...- Chris inclina o corpo para frente enquanto me faz recuar para trás. Quando menos espero, já estou deitada com ele sobre mim- acho que você está louca para conhecer o meu lado safado.

Não posso negar que a maneira sexy em como ele me falou isso me deixou extremamente excitada.

- Então mostre-me- Digo mordendo os lábios puxando a gola da sua camisa. Então, sua boca finalmente me alcança.