O RAIO BRANCO E A ESPADA SELVAGEM - 01

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Leonel e Mikail continuavam presos entre um corredor repleto de borgs e uma porta trancada

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Leonel e Mikail continuavam presos entre um corredor repleto de borgs e uma porta trancada. Nesse ínterim, o paladino tentava pensar numa maneira de sair daquela situação: "Talvez eu consiga usar o corredor como limitador, e lutar com todos eles, mas um por um. Acho que é a melhor chance." – Pensava o paladino. Quando ele estava prestes a dar cabo do seu plano suicida, Leonel o interrompeu:

– Onde estão as chaves?!

– O quê?

– As chaves do claviculário! Que você usou para abrir minha jaula! Onde estão?

A esperança voltou ao coração de Mikail. Ele arremessou o molho de chaves que havia guardado no bolso e Leonel as usou para tentar abrir a porta de saída. Enquanto ele demorava, a pressão dos borgs era tão gigantesca que um braço deles atravessou a madeira danificada e começou a golpear o guerreiro. Em questão de segundos eles iriam conseguir entrar.

– Vai garoto! Salve o meu dia!

– Consegui!

Foi um dos instantes mais felizes da vida de Mikail. O paladino cortou o braço do borg com a espada e saiu correndo, atravessou a porta e a trancou pelo lado de dentro. Os monstros, em seguida, fizeram alarde no corredor — Chutavam e golpeavam — mas aquela porta não iria ceder. Estavam salvos, por enquanto.

Leonel sentou no chão em prantos. Estava quase em estado de choque! O paladino tentou reconfortá-lo, mas explicou que eles ainda não tinham tempo para descansar. O perigo ainda era eminente. Assim, Leonel levantou, enxugou o rosto e concordou com o paladino.

Estavam numa sala cheia de quadros e móveis antigos, e havia uma segunda porta do lado contrário ao que entraram, por onde poderiam tentar encontrar uma saída daquela mansão labiríntica. Eles encontraram um antigo lavabo, com um basculante relativamente grande. Leonel passou pela janela facilmente e Mikail, depois de algum esforço, conseguiu sair também. Estavam de volta à mata, fora da mansão.

Já era noite. Definitivamente aquele dragão não poderia estar instalado naquela ilha há pouco tempo. Aquelas criaturas borgs não pareciam ter sido invocadas para fazer apenas proteção do perímetro, elas também faziam a manutenção da ilha, que era uma grande fortaleza, habitada por diversas criaturas monstruosas a serviço de uma força maior. Mas ele levaria muitos meses para começar a montar uma estrutura daquelas. Mas e o garoto? Por que ele mantinha uma criança como refém?

Após se esgueirarem um tempo entre as árvores, Leonel gritou:

– Sr. Mikail, veja! – ele apontou para uma espécie de trilha no meio da floresta. Ela parecia se afastar da Casa Grande, onde talvez conseguissem fazer um contorno maior e retornar ao píer do escaler.

– Tome, menino. – O paladino passou para ele um pouco de ração de sobrevivência. Era tudo que tinha para comer. Leonel devorou rapidamente.

– Você sabe alguma coisa do dragão que domina esse lugar?

– Dragão? Não, senhor... Não falo com ninguém desde que fui sequestrado. Porém, enquanto estava preso no saco, pude ouvir alguém dizer que eu seria... sacrificado... em nome do Ventonegro.

– Espere aí. Os borgs falaram com você?

– Não. Os borgs não sabem falar. Quem me sequestrou era humano, e me mandava calar a boca me dando tapas. Ele me trouxe até a ilha e me deixou aos cuidados dos borgs. Mas nunca pude ver o rosto, apenas ouvir a voz.

– O que é Ventonegro?

Ele deu com os ombros, como quem diz que não sabe e não se importa. Depois de uma hora caminhando adentro da floresta, eles chegaram ao final da trilha. Mas não era nada tranquilizante.

Os dois encontram uma espécie de capela pagã, feita de madeira negra distorcida. As árvores ao redor dela, todas mortas, pareciam protegê-la das intempéries. A capela era adornada com patuás de galhos secos, ossos de pequenos animais, pentagramas e círculos místicos. Runas de uma língua desconhecida deixavam uma mensagem logo na porta de entrada.

O lado de dentro era ainda mais horripilante. Havia uma estátua de ébano de um homem com um crânio de alce no lugar da cabeça, com os dois braços esticados para o alto, presos pelos pulsos por correntes prateadas. A estátua tinha patas de bode no lugar das pernas, e estava sentada desajeitadamente no chão, como um prisioneiro exausto de sua penitência. A luz da lua atravessava as frestas da capela improvisada, dando um ar fantasmagórico àquela estátua de homem-alce.

– O que significa isso? – perguntou Leonel.

– É um templo pagão. Provavelmente antigos moradores da ilha tinham essa criatura como divindade. Deviam rezar por aqui, trazer oferendas e ... fazer sacrifícios....

O rosto de Leonel perdeu a cor e seus olhos se arregalaram. Instintivamente ele se afastou da capela profana, andando para trás. Mikail olhou novamente para a estátua e reparou um detalhe interessante: na cabeça-crânio de alce existia um buraco octogonal, pouco acima dos olhos, como se fosse um receptáculo de alguma peça que não estava mais ali.

A mente do paladino deu um estalo. Aquele formato era familiar! Ele buscou rapidamente na mochila o objeto que Anakar havia trazido escondido, e quando desembrulhou o diamante, ele estava brilhando, emitindo luz branca, como uma intensa tocha. O formato era exatamente igual ao buraco no crânio da criatura de ébano. Vendo a intenção do seu companheiro, Leonel perguntou:

– Você tem certeza que isso é uma boa ideia?

– Não, não é uma boa ideia. Mas não aguento mais andar na escuridão. Existem muitas perguntas que surgiram desde que cheguei aqui. Esta parece ser a única forma de conseguir algumas respostas.

Quando ele estava prestes a encaixar a joia no crânio, uma conhecida voz vinda da floresta o interrompeu:

– Não faça isso, Mikail! Haja o que houver, não coloque o diamante na estátua!

O paladino então se virou e não podia acreditar nos seus olhos. A voz pertencia a Anakar. 

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