A BATALHA SOB IPÊS AMARELOS - 02

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A clava de Bugio parecia ser muito pesada. Ele a bateu contra o chão de maneira agressiva e deu um urro desumano. Evidentemente significava um desafio para o paladino. Motumbo e Kazeshin se afastaram, acompanhando seu senhor, enquanto os outros capangas formavam um círculo, criando uma arena improvisada no meio da rua em meio a muita algazarra. Os moradores, apesar de escondidos em suas casas, observavam curiosos os acontecimentos pelas janelas.

Tranquilamente, Goldak desceu do seu cavalo. Ele ouvia os gritos dos arruaceiros. Então ajeitou sua armadura, limpou as mãos e verificou sua espada. Em seguida, virou para Zandoniac e disse:

– Proteja o grupo e segure as rédeas do meu cavalo.

O canimede entrou na arena de pessoas sob vaias e ofensas. Ele parou solenemente a um metro do monstro, encarando-o. Bugio, por sua vez, mantinha um sorriso confiante no rosto. Lado a lado percebia-se a grande diferença de altura dos dois. O macaco tinha o dobro do tamanho do homem-cachorro. À primeira vista, seria uma luta desigual, mas todos estavam intrigados com a grande espada de duas mãos embainhada nas costas de Goldak. Ela já seria grande para um humano, mas para um canimede de um metro e meio ela era muito desproporcional.

Os dois inimigos se encararam e rangeram os dentes. Bugio ergueu sua clava e Goldak pegou na empunhadura da espada. De repente, quando começariam a lutar, Alana apareceu no meio dos dois:

– Respeitável Público! – gritou ela – Bem vindos à arena de Thulle, onde a sorte dos moradores está nas mãos de um canimede andarilho!

A menina se virou para todas as pessoas que estavam assistindo à peleja: moradores, capangas, e até mesmo para Ímpio e seus asseclas principais. Ela sorriu e fez a pose de uma apresentadora de luta de boxe.

– Agora não é hora para isso, Alana! – disse Goldak, irritado.

– Estamos prestes a salvar esta cidade. É nossa oportunidade de fazer propaganda do grupo. – ela cochichou, retrucando.

– Nós não lutamos por fama.

– VOCÊ não luta por fama. Por isso que você luta e eu faço a apresentação. – ela continuou seu espetáculo – À minha esquerda, pesando cento e oitenta quilos, armado com uma clava de maçaranduba, fedendo como a traseira de uma vaca com diarreia, está ele, o chimpanzé adestrado dos traficantes de Mirada do Lago, o arremessador de aldeões, o "confraternizador de mutirões", Bu-gi-oooooo!

Os arruaceiros gritavam e faziam algazarra. Uma grande bagunça foi criada. Bugio batia no peito e urrava para seus colegas, apreciando a glória das palavras de Alana. Goldak coçava a cabeça, envergonhado com a situação, mas sua jovem amiga continuou:

– E do meu lado direito, aquele que traz terror aos corações dos feiticeiros profanadores, o cão de guarda da justiça, o terceiro-paladino de Odin, o líder do Quinteto Relâmpago: O Relâmpago Vermelho, Gooooool-daaaaaaaaak!

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