O REINO SECRETO DA MÃE D'ÁGUA - 09

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Leonel observava a superfície do poço por onde entrou no palácio. Tristonho, ficou imaginando como voltaria sem o auxílio do estojo de vento estocado. Sua angústia era incomum. Sentia que algo no seu íntimo foi alterado para o resto da sua vida. Entretanto, a sensação de derrota ainda governava sua mente.

– Foi muito bonita a sua decisão hoje – disse Laura, parada há alguns passos de distância.

– Minha decisão pode matar minha amiga.

– Se isso acontecer, não foi porque você não assaltou o Palácio Dourado.

– De qualquer forma, eu trouxe transtornos a vocês sem necessidade. Ah... E me desculpe de ter falado daquele jeito com você. Sei que queria me ajudar.

– Tudo bem. Desculpa por não ter conseguido as romãs e... Você sabe... Por ter tentado te... afogar. – Laura coçou a cabeça com certo constrangimento. Leonel sorriu da postura da filha d'água.

– Bem... Parece que acabei vindo até aqui à toa.

– Quanto a isso, eu posso fazer alguma coisa a respeito.

Nesse momento, Laura beijou a boca de Leonel. No coração do rapaz, a angústia deu lugar à surpresa. A tristeza se transformou em estímulo. A dúvida em aprovação. Os lábios da garota levaram algum tempo para se separar dos dele e, quando o fizeram, ela sussurrou:

– Respire...

Então, a ninfa empurrou Leonel para dentro d'água. A última coisa que ele viu, antes que a fria água do Colosso lhe cercasse, foram os olhos em brasa de Laura, que antes queriam matá-lo, mas agora emanavam um cativante e profundo desejo.

O rapaz teria engolido água pelo susto, mas foi nesse instante que percebeu o que Laura quis dizer. De alguma maneira, o beijo dela lhe permitiu respirar dentro d'água! Não era como respirar normalmente a céu aberto. Na verdade, Leonel estava fazendo um grande esforço para extrair as microbolhas de ar presas ao redor das moléculas de água. Imagine respirar com um saco de flanela muito fina ao redor da cabeça. Era a mesma coisa: possível, porém cansativo.

Dotado da característica sobrenatural que lhe foi presenteada pela filha d'água, Leonel nadou até o redemoinho, de onde foi arremessado de volta à superfície do Rio Colosso.

O corpo do rapaz surgiu na superfície escura da noite, flutuando imóvel e sem direção. Ainda era madrugada. O tempo mudou e havia mais estrelas no céu. Até mesmo a pequena lua-cometa cruzava o firmamento escuro. O rapaz pensava em tudo o que havia acontecido, pensava em como foi longe para ajudar sua amiga. O templo de Belisama, o elixir, as Romãs da Virtude... o beijo de Laura. Quem diria que seu primeiro beijo fosse com uma temida filha d'água? A lembrança daquele beijo levou Leonel de volta ao mundo dos sonhos.

 Quem diria que seu primeiro beijo fosse com uma temida filha d'água? A lembrança daquele beijo levou Leonel de volta ao mundo dos sonhos

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