A APOSTA DE ALANA E O PASSADO DE DALILA - 04

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Atrás do templo de Skadi, havia um grupo de crianças jogando bola. Era um jogo de embaixadinhas: as crianças tentavam manter a bola no ar usando o corpo, sem usar mãos ou braços. Quem desse o maior número de toques na bola antes de ela cair no chão ganhava. Eugênio e Leonel logo se interessaram pela brincadeira e ficaram olhando aqueles meninos jogarem. Alguns faziam sete, outros quinze, alguns mais de trinta toques.

– Vocês vão ficar aí parados, olhando? – perguntou Alana. – Vamos voltar para a feira!

– Espera aí, quero ver se aquele que fez trinta e um vai ganhar – disse Leonel.

– Eu acho que o de azul vai fazer mais.

Um garoto mais velho começou a fazer embaixadinhas. Passou dos dez, dos vinte, dos trinta. Trinta e sete! As crianças vibraram, inclusive os aventureiros. Todos, menos Alana, que não via graça nenhuma naquela brincadeira.

– Ah! Que bobeira! Não sai disso, não? E quem vence ganha o quê?

– O parabéns dos outros... sei lá. – respondeu Eugênio.

– Os meninos são mesmo muito bobos.

– Será que a gente consegue, Eugênio?

– Não sei... Nunca brinquei disso.

– Eu já, em Nautilla. A gente jogava bola na rua lá perto de casa, mas nunca passei de quinze. Bem... De certa forma, a Alana tem razão. Não vamos perder tempo com brincadeiras à toa. Já está tarde, vamos voltar e procurar Dalila e Zando. – Leonel e Eugênio estamparam no rosto uma caricatura de frustração.

Ao ver aquilo, Alana se sentiu culpada. O que estava fazendo? Os meninos estavam se divertindo assistindo ao jogo e ela estragou a curtição deles. Tanto ela quanto eles dois estavam numa jornada dificílima, cheia de perigos e provações, e, de repente, eles não têm o direito de se divertir um pouquinho? Não! Aquilo estava errado!

– Ei, esperem! Vocês não vão nem tentar?

– Você mesma disse que não faz sentido. Só se tivesse algum tipo de prêmio.

Alana olhou para os lados, catou nos bolsos alguma coisa, mas tinha deixado tudo na casa do caçador, com Goldak. O dinheiro também estava com Leonel. Ela tinha de arrumar algum prêmio ou a noite seria um desastre.

Então, teve uma ideia. Só de pensar naquilo lhe corou a face. Todavia, como sempre, a distância da boca grande de Alana para o coração era menor do que para a cabeça:

– O vencedor ganha um beijo!

– Não é um pouco hipócrita estarmos criticando traficantes de drogas enquanto enchemos a cara de cerveja? – perguntou a dhevaniana, nitidamente bêbada

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– Não é um pouco hipócrita estarmos criticando traficantes de drogas enquanto enchemos a cara de cerveja? – perguntou a dhevaniana, nitidamente bêbada.

– Eu não acho – respondeu Zando sob influência do álcool, mas não tanto quanto Dalila. – A bebida sempre foi uma forma das pessoas se socializarem, se divertirem e passarem um momento agradável juntas. Não tem nem comparação com a papoula negra.

– Sim, mas... os alcoólatras estão por aí. Eles também destroem suas vidas, gastam seu dinheiro e ficam bastante doentes devido ao consumo de bebidas alcoólicas. Qual é a diferença? Um é taxado pelo governo e o outro não?

– Não... O poder viciante da papoula negra é muito maior do que o da bebida.

– Mas a bebida vicia também.

– Eu bebo todo dia há vinte anos e até hoje não sou viciado.

– Ha, ha, ha! Idiota! Eu estou tentando ter uma conversa séria aqui! – disse Dalila. – E você não bebe todo dia! Desde Carnegie, que não conseguimos parar para comer ou beber decentemente.

– Ha, ha! Tem razão, estou brincando. Mas.. eu acho que, assim... Álcool, tabaco, papoula... são todas formas de socialização que deveriam ser evitadas. Todas elas causam mal à saúde, principalmente quando consumidas em excesso. Uma pessoa não é mais ou menos agradável por estar sob influência de algum deles.

A dhevaniana olhava para Zando, admirada. Ela deu um sorriso depois tentou se levantar. Era difícil. As pernas balançavam e o mundo girava. Ria alto toda vez que quase caía no chão. Ela se virou para Zando e disse:

– Vamos ver se você é mais ou menos agradável em outro lugar...

Zando ficou um pouco encabulado. Não sabia exatamente ao que ela se referia. Estava bêbada e talvez não estivesse falando coisa com coisa. Ele tirou sessenta e seis pratas do bolso e entregou à atendente. Então, os dois saíram, rindo abobalhados e fazendo barulho pelas frias ruas de Ardil em direção ao oeste.

 Então, os dois saíram, rindo abobalhados e fazendo barulho pelas frias ruas de Ardil em direção ao oeste

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