O DÉCIMO SEXTO - 01

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– Nós conseguimos – disse Leonel

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– Nós conseguimos – disse Leonel. – Estamos em frente ao Presságio Vermelho! Sem mais barreiras ou armadilhas! A arma capaz de destruir o Alce Negro ao nosso alcance.

– Vamos procurar uma entrada! – Alana pegou o rapaz pela mão e os dois correram até o portaló do navio. Logo atrás e caminhando devagar devido aos ferimentos, vinha Valdez. Ele mancava na direção do navio também, mas ouviu um murmúrio que lhe chamou a atenção.

– Não... faça...

O caçador se virou e viu o corpo em frangalhos do lich, sacudindo seu único braço na direção do casal e balbuciando palavras sem força.

– Não... entrem... no... navio...

– Ainda querendo bancar o "guardião", monstro? Vai gastar até mesmo suas últimas forças tentando proteger o navio?

– Não... o navio, não. Proteger... o... mundo...

Havia uma sinceridade incômoda nas palavras agonizantes de Kielock. Naquele momento, Valdez olhou, preocupado, para o Presságio Vermelho, questionando se aquela jornada estava no caminho correto.

 Naquele momento, Valdez olhou, preocupado, para o Presságio Vermelho, questionando se aquela jornada estava no caminho correto

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Leonel e Alana passaram algum tempo investigando o interior do navio. Havia três conveses, alojamentos, despensa, praça d'armas, um arsenal de canhões negros e meia dúzia de escotilhas trancadas. Mas, como eles não tinham tempo de investigar mais a fundo, concentraram-se nos compartimentos livres.

De repente, quando Alana passava por um paiol de mantimentos, ela escutou um miado. Ela parou, voltou e entrou no escuro paiol. Qual não foi sua surpresa ao encontrar uma pequena gata a encarando, branca, com manchas negras, parada sobre um barril.

– Ohhh. Que bonitinha! Leonel, venha ver!

– Isso... é um gato?!

– É uma gata! Não dá para perceber? Siu-siu-siu-siu! Vem, gatinha!

– O que uma gata está fazendo aqui, dentro deste navio abandonado?

– Vai ver era a mascote da tripulação, né, gatinha? – Alana fazia uma voz mais fina do que a habitual para falar com a gata, que se jogava sobre o barril, mostrava a barriga e fazia gracinhas para a apreciação da aventureira. – Ooohhh, Leonel! Viu que gracinha? Qual o nome dela? – Alana leu uma gargantilha presa no felino. – Escotilha! Que apropriado.

– Alana! Deixe de bobeira! Temos que dar um jeito de... "ligar" esse navio!

– Eu sei, mas não sei andar dentro de navio. Nem sei como vamos tirar ele daqui. Se ao menos soubéssemos o que estamos procurando...

– Bem... Eu vou olhar lá para baixo e você... você brinca com o gato.

– É UMA GATA!

Leonel saiu do paiol e desceu as escadarias. Alana permaneceu brincando com o felino. Escotilha a encarava sem desviar o olhar, com a coragem típica dos gatos. Alana entrou no desafio e retribuiu o encarar, enquanto afagava o pescoço da gata que, de repente, soltou um miado e saiu correndo convés acima.

– Escotilha! Aonde vai? – Alana seguiu a gata por escadas e corredores, até que chegaram a um compartimento enorme. Dele, tinham vista de toda proa do Presságio Vermelho. Havia mesas com mapas náuticos desenhados. Sextantes, bússolas e outros instrumentos. Bem no centro do compartimento, havia um timão de madeira escura. Escotilha parou bem de frente ao timão e ficou encarando a menina. – Que lugar é esse, gatinha? – Alana tentou mover o timão, inutilmente. Estava preso. Nesse momento, ela percebeu inscrições em uma língua desconhecida ao redor do timão todo.

E viu também, bem no centro do timão, um buraco octogonal.

Alana resolveu usar a força. – Vamos, roda idiota! Mova-se!! – A menina puxava e empurrava, mas o leme estava travado. Nenhuma força humana o faria se mover.

Então, Alana percebeu que Escotilha ronronava sobre uma arca no canto do compartimento e resolveu investigar.

– E o que você tem aí? – A arca estava trancada. Nada que Alana não soubesse resolver. Prontamente, a aventureira sacou sua chave mágica, cujos dentes moviam-se aleatoriamente, e a enfiou na fechadura da arca. Ouviu-se um trinco e o baú se abriu. Lá dentro, repousado sobre uma almofada vermelha luxuosa, havia um diamante branco de formato octogonal, que reluzia mais forte do que qualquer tocha que Alana já houvesse visto. Era lindo. Maravilhoso. O maior tesouro que a aventureira já havia visto.

No entanto, o formato da pedra lhe causou estranheza. Alana olhou para trás e viu que era o mesmo formato da cavidade entalhada no timão. Ela tomou a pedra para si, observou seus detalhes, olhou para a gata como se esperasse alguma opinião... e decidiu.

O desfecho era óbvio. Alana levou a pedra octogonal brilhante para o furo no timão de mesmo formato e o encaixou. Ela nunca havia percebido que o Alce Negro tinha uma pedra de mesmo formato em sua testa. Leonel nunca teve oportunidade de contar com tanta riqueza de detalhes como havia libertado aquele demônio. E, no calor da busca pela vitória, ela não parou para pensar que havia ativado uma máquina de guerra do deus da morte.

 E, no calor da busca pela vitória, ela não parou para pensar que havia ativado uma máquina de guerra do deus da morte

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Jornada ao Presságio Vermelho [Completo!]Onde histórias criam vida. Descubra agora