A APOSTA DE ALANA E O PASSADO DE DALILA - 06

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Zando estava um pouco frustrado. Ele havia alimentado uma maldosa esperança com relação a Dalila de que ela havia lhe chamado para um passeio mais... adulto. Contudo, na verdade, desde que chegaram, a dhevaniana havia se impressionado com a beleza do Lago Ardil. Um espelho d'água cristalino de quilômetros de extensão, que abastecia a vila no alto das montanhas. Dalila resolveu passear pelo bosque nos arredores do lago. Ela estava linda. O brilho branco de Jaci refletia com mais intensidade no alto das montanhas. Seu reflexo nas pacíficas águas do lago iluminava a dhevaniana de maneira deslumbrante. O bárbaro reparou como seu cabelo se agitava graciosamente com a brisa noturna, acompanhando as plumas de sua solitária asa. O corpo da dhevaniana era magnífico: forte, esbelto, feminino. Ela se virou e seus olhos emitiram um brilho intimidador, como uma magnífica fera observando sua presa no escuro.

– Não terminei a história – disse ela.

– Pensei que gostaria de guardar para você.

– Já guardei tempo demais... – Dalila suspirou. – Sabe, o vício de Sulivan pela papoula negra continuava aumentando. As doses, que eram semanais, passaram a ser diárias. Depois, ele passou a frequentar as casas de consumo por horas. Eu morava com ele nessa época e não suportava a ideia dele se afundar naquilo. Mas o que fazer? Eu não sabia de nenhuma técnica de desintoxicação ou cura para o vício. E Sulivan, com aquele sorriso de adolescente, sempre me convencia de que aquela seria a última vez. E mais uma última vez. E mais outra, e outra, e outras. Minha esperança era que ele fosse corrigir seus erros sozinho. Cada vez que ele saía de casa, eu torcia silenciosamente para que aquela fosse a última. E sempre me decepcionava. – Dalila caminhava na beira do lago, evitando perturbar a água. – O que eu não sabia era que, com o passar do tempo, o preço da droga aumentava e as reservas de Sulivan diminuíam. Muitas vezes, ele me pediu coroas emprestadas e, algumas vezes, percebi que o dinheiro me faltava mais do que havia gastado. Então, um dia, aconteceu.

Uma nuvem cobriu o brilho da lua, lançando Ardil na escuridão.

– Eles chegaram sem fazer barulho. Muito impressionante, pois estavam invadindo a casa de aventureiros com alguma experiência. Eu me lembro até hoje das mãos segurando meus pulsos, minhas coxas, minhas asas, minha cabeça e minha boca. Eu me lembro até hoje dos risos maldosos de satisfação. Eu me lembro do desespero de não ver Sulivan naquela hora, de não conseguir alcançar meu chakram ou de qualquer outra arma. Eu me lembro do frio toque da lâmina em minhas costas antes do corte... Eu me lembro até hoje da dor.

Foi feito um silêncio na escuridão.

– Sabe quanto custa o quilo de penas de dhevaniano no mercado negro, Zando?

– Sabe quanto custa o quilo de penas de dhevaniano no mercado negro, Zando?

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