ETERNO AZUL - 05

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Um vento gelado corria pelos paredões da Montanha de Vidro. O dique do Presságio Vermelho estava preenchido de nuvens. Pássaros, que antes não podiam entrar tão a fundo nas cavernas, começavam a escolher locais para armar seus ninhos. Era tudo o que o lich Kielock podia contemplar. Estava acabado. Destruído. Sua foice estava longe demais. Não conseguia mover nada abaixo do pescoço, com a exceção do braço esquerdo e, sem poder mover o corpo, não conseguia evocar nenhuma magia. Leonel e Alana, inconscientemente, o condenaram a uma prisão sem grades na qual ele teria de esperar, esmagado contra o chão duro de pedra, que as eras apagassem a sua não vida.

Mas o destino tinha outros planos.

Passos. Ele ouvia passos. Lentos e arrastados. Uma respiração. Estava ofegante pela longa subida até a Montanha de Vidro. Então, ouviu o som de metal arrastado contra a pedra. Era sua foice. Alguém estava erguendo o Inverno dos Nibelungos. Não parecia ter muita força nos braços, pois arrastava a arma pelo chão. Aquilo causava repulsa a Kielock, pois ele sempre tratou o artefato com muito respeito. O ruído de arrasto estava se aproximando, mais e mais, até que surgiu no campo de visão do lich um rosto enrugado que ele nunca havia visto antes.

Era Yehudah. O reformado clérigo de Belisama que encantou Eugênio com a magia da Chave dos Mundanos. Ele sorriu para o lich e disse:

– Bom dia, guardião. Meu nome é Yehudah. Eu tenho uma proposta que você não pode recusar.

Jornada ao Presságio Vermelho [Completo!]Onde histórias criam vida. Descubra agora