Durante sua fuga das garras de uma seita fanática, o jovem Leonel permitiu que uma criatura abominável fugisse de seu cativeiro, espalhando terror e sofrimento pelos reinos de Arrhênia. Atormentado pela culpa, o rapaz vê sua oportunidade de redenção...
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– Ahhh! – gritou Leonel com o susto. Ele se levantou apressado, conferindo seus pertences e sua espada. Ainda era noite profunda e havia pouca visibilidade. Pelos seus cálculos, dormiu menos de uma hora. E, enquanto se recompunha, a garota mantinha uma postura ereta, com as mãos para trás, um olhar curioso e um sorriso simpático nos lábios.
– Quem é você?! – perguntou Leonel, assustado.
– Meu nome é Laura. E o seu, qual é?
– Eu... É... Leonel.
– Oi, Leonel. O que está fazendo aqui no meio da mata?
– Eu... estava procurando uma coisa.
– Deve ser muito importante para estar procurando a essa hora da noite e na escuridão.
– É... Muito importante. – Nesse momento, Leonel percebeu que Laura estava descalça. Na verdade, ela estava vestindo apenas uma tanga para lhe cobrir a intimidade e um véu para impedir a visão dos seios. – Você sempre anda assim por aí?
– Na verdade eu "ando" pouco. Venha, acho que posso te ajudar! – A menina seminua agarrou o braço do rapaz e o conduziu através da floresta. Os dois correram por algum tempo enquanto ele exigia uma explicação.
– Espera aí! Como você pode me ajudar? Você nem sabe o que estou procurando!
– Não importa o que seja. Só existe uma maneira de enxergar através da escuridão da noite.
– Mas eu não estou entendendo... – Foi quando Leonel viu um brilho aquoso através da escuridão da mata. Era lindo! Como um fogo-fátuo que nunca se apagava escondido pela infinidade de galhos e folhas. A corrida dos jovens era na direção da luz, o que os levou até a beira do rio.
– Irmãs! – disse Laura. – Olha o que eu achei!
Ao sair da mata, Leonel se deparou com três mulheres com características físicas semelhantes às de Laura: peles bronzeadas, cabelos e olhos esverdeados e poucas roupas.
– Que escândalo é esse, Laura? Por favor, vá brincar em silêncio! – disse uma, sentada sobre uma pedra, como se estivesse se deliciando com o vento noturno.
– Ih, Luiza! Parece que a Laura correu até a cidade e trouxe um namorado! – disse a segunda, que estava nadando nas águas escuras do rio.
– Não fui até a cidade! – protestou Laura. – Eu o achei perdido na mata! Foi muita sorte.
– Sorte? – disse a terceira, a mais velha e maior delas, com um corpo mais opulento, carregando uma lança prateada que emitia um brilho branco fantasmagórico, que certamente foi o que Leonel viu na floresta. – Não foi sorte para ele. – E lançou um olhar ameaçador para o jovem.
– Pare com isso, Lívia! Não assuste o menino. Eu prometi a ele que você poderia usar a Lança Tamboril para ajudá-lo a encontrar o que procura.