FEROZES E FUGAZES - 05

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– Asa Imaculada de Fogo! – gritou Leonel ao voltar a ter contato com a atmosfera. O rapaz respirava de maneira ofegante enquanto seu arco de fogo subia em alta velocidade, até desaparecer entre as nuvens. Os pedaços gosmentos do monstro caíram sobre Alana, Goldak e Pacheco, que se limpavam com asco da gelatina cinzenta.

– Leonel, você está bem?! – perguntou Goldak.

– Acho que sim. O que era aquela coisa?

– Eu não sei, mas deve ter alguma relação com aquilo. – O paladino apontou para o grupo de estropos que se reorganizavam após a intervenção de Zando e Dalila. – Pacheco, já podemos partir?!

– Não tenha dúvida! – O chefe da caravana pulou de modo desajeitado no banco do cocheiro, chutou para fora uma mandíbula de raposa que mordia involuntariamente o vazio e partiu com a diligência.

Goldak montou novamente em seu cavalo e correu em direção à parte final da caravana, anunciando para os outros cocheiros que iriam partir. No caminho, ele encontrou Dalila e Zando galopando, apressados.

– São mais de vinte, Goldak. Temos que levar o grupo para longe.

– O plano é correr com as diligências enquanto afastamos e retardamos os estropos. Leonel e Alana lutam do alto dos carros, enquanto nós, montados nos cavalos.

– Acha que vamos conseguir? – perguntou Zando. – Eles parecem determinados e nem sabemos ainda como eles enviaram aquela bolha cinzenta.

– Se não conseguirmos, devemos reduzir as baixas ao mínimo possível. Vamos!

– Vamos! Vamos!! – gritava Zando e Dalila, agilizando os cocheiros. Em questão de minutos, a caravana estava correndo pela estrada. Leonel se segurava para não cair do teto da diligência líder, já Alana estava dentro do terceiro carro, mas atenta às movimentações externas. Goldak, Zando e Dalila se mantiveram na retaguarda.

Os estropos se reorganizaram. Ruorr, o chefe da tropa e o mais forte dos goblinoides, chicoteava seus vassalos para que removessem rapidamente a carroça da estrada, possibilitando o retorno à perseguição.

A caravana abriu uma enorme vantagem na distância, mas a horda conseguiu retornar a seu assalto. Por mais de uma hora, os estropos correram com afinco até que, com muitas chibatadas de seu mestre, gritos e batidas de tambor, os estropos reduziram a diferença.

Os montadores de lagartos se aproximaram dos três heróis. O som dos tambores podia ser ouvido cada vez mais perto. Os montadores poderiam ter atacado, mas formaram uma linha de frente e aguardaram.

– O que eles estão esperando?! – perguntou Dalila.

Goldak observou os monstros por alguns minutos e reparou na aproximação de uma segunda carroça. Essa continha desenhos aleatórios de luas, estrelas e sóis amarelos sobre a madeira vermelha. Nitidamente, os montadores aguardavam a aproximação daquela carroça.

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