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Rocco


— Como tá a segurança? — perguntei pra Guto, enquanto acendia um cigarro.

— Tudo nos conformes. — sentou do meu lado — Bebidas tá ok, também reforcei os caras do turno e os que ficam na venda.

— Vou dá uma passada lá na quadra. — traguei.

Guto veio junto, dando partida pra quadra principal que é a maior.

— Sou, sou traficante, sou traficante do amor.— Menor cantou.

— Troca essa música, arrombado. — Guto pediu.

— Vai, faz a fila, vem uma de cada vez. — Teco mudou a música cantando.

— Avisa a Samsung que hoje quem vai travar sou eu! — Tico apareceu — Vai ser muita xota.

— Tirou ele? — perguntei a Guto.

— Faz tempo. — disse rindo.

— Oi Guto. — uma menina chegou sorrindo, o short podia fazer ela quebrar no meio.

— Eai, Renata.

— É Roberta! — a menina corrigiu.

— Então, pô. — se afastou com a mesma.

— Quem é? — Tico perguntou curioso.

— Alguma amante querendo arroz, feijão e pica. — falei, os outros sorriram.

— É por isso que Tico é uma gazela livre. — Teco bateu nas costas do irmão.

— Tu é gay? — Tico olhou pra trás — Papo de brother Teco, ninguem vê tu comendo ninguem. Tu gosta de receber por trás?

— Contes suas experiências. — Menor pediu sorrindo.

— Tu é dominado por Gaby, Menor. — Teco retrucou.

— Eu? Ninguém manda em mim não porra.

— Parou de ir nas pelada de sexta porquê? — coloquei lenha — Todo mundo sabe que tu fica em casa e é obrigado a assisti novela pô.

— Oxe, fico cansadão, só quero um descanso dos corres.

— Mentira! — Tico exclamou sorrindo — Já posso mudar teu vulgo pra Totó?

— Vai se fuder. — bufou — O papo aqui é Teco e sua opção por receber por trás.

— Cês tão com ideia errada. — Teco disse — Eu só não sou igual vocês que pega qualquer uma só pra meter o piru e depois nem olhar na cara, fazem isso como se mulher fosse um lixo.

— É tudo puta, quer que eu peça em casamento? — Tico perguntou zoando.

Deixei a conversa dos três de lado. Passei no bar, as bebidas tavam no grau, saí da quadra e antes que eu arrastasse a moto morro acima senti uma mão no meu braço, olhei de lado vendo Rebeca.

— Fala. — eu disse.

— Nossa Rocco, é assim que você me trata? — fez bico, ela se aproximou e colocou uma mão na minha perna — Achei que ia me procurar amor. Que tal irmos lá em casa?

— Amor de cu é rola. — tirei a mão da mesma — Pica o pé.

Nem esperei a resposta.
Rebeca fode bem, só isso. Não tem mais, não tem nada, só por isso que ainda é minha amante. Mas não sabe o lugar dela, quer ficar nesse grude, acha que aqui tem otário.

Hoje, ela tá assim porque sabe que tem baile, tá querendo os cinco minutinhos de fama. Se contenta com pouco só pra aparecer.

Toquei meu bolso e lembrei do celular de Giovanna, ela acabou esquecendo lá em casa. Dei a volta, em vez de ir pra minha fui na reta da dela mas tava tudo escuro e o carro não tava.

Deve ter saído.
É nenhuma, depois ela pega. Fui pra casa, deixei a moto na rua e entrei.

▪   ▪   ▪

Cheio de novinha, cheio de novinha
Cheio de novinha querendo me... 🎶

Baile tava o fluxo, brotou gente pra porra, até mesmo o camarote tava cheio. Baile aqui rende, nem gosto. Eu tava fumando encostado na grade, meu copo do lado.

— Já tá nessa chaminé. — Guto disse.

— Vai procura uma buceta. — falei fazendo toque.

— Te desejo o mesmo. — disse rindo e agarrou uma morena pela cintura levando pra longe.

Vejo Rebeca vindo na minha direção com um vestido que deixava tudo amostra, todo mundo olhava, ela queria chamar atenção e conseguiu.

Posso te empurrar?
Posso, posso te empurrar? 🎶

— Coloquei pra você tirar. — ela sussurrou no meu ouvido sorrindo. Ficou na minha frente começando com a bunda empinada, sarrando.

Peguei meu copo e virei tudo de uma vez, com Rebeca na minha frente dançar. Observando a multidão lá embaixo: passei os olhos na entrada, cada vez mais entrava gente, ou então parava pra comprar.
As mina no meio do povo, dançando.
Passei os olhos pelo bar, gente comprando, ia olhar na direção dos caras quando prestei atenção direito no bar. Tava Menor e Teco trocando idéia e do lado deles Gaby e Giovanna dançando.

Mirei nela, que isso.
Aquela ruiva tava no destaque, dançando de um jeitinho massa que fazia nego babar. Gaby puxou ela pra tirar uma foto, ela sorriu ainda mais e puxou Teco de lado pra aparecer também, enquanto Gaby puxava Menor. Depois da foto, voltou a dançar e na posição que ela tava, apesar da distância dava pra eu ver a bunda dela empinada. Eu via daqui, mas ela não conseguia me ver de lá. Giovanna dançava namoral, sem pagar calcinha nem nada, isso fazia me querer ver mais, assim como os outros, tenho certeza.

— Rocco. — Rebeca chamou — O que você tá procurando? — cruzou os braços — Vamos embora!

— Vaza. — falei, ela fachou a cara e saiu batendo o pé porque sabe que se fizer barraco vai levar a pior.

Voltei minha atenção pra baixo e não vi mais Giovanna, ela tinha saído de lá. Gaby, Menor e Teco também não estavam. Formaram o quarteto mesmo.

Sorri na mente, tá sussu.
Sem estresse!
Quem bateu o olho alí primeiro fui eu, hoje não dá ninguem.

Enchi meu copo de novo e peguei o rádio passando a visão, acendi outro baseado curtindo a brisa. Apoiei na grade esperando, até que vi os caras secando alguém e eu já sabia quem era. Giovanna subiu, atraindo olhares tanto de homem quando de mulher, e ela nem precisou de um vestido que mostrasse todas as partes do corpo pra isso.



Será que agora vai?

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Nosso Recomeço (Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora