Nosso Recomeço (Nova Versão)

17°

Giovanna

Ninguém saparava, ninguem se metia no meio para tirar Rocco de cima de Júlio que estava com o rosto amassado, coberto de sangue.

Mesmo que eu gritasse, chamasse ou fizesse qualquer outra coisa parecia que era em vão. Rocco não me escutava e não fazia menção de sair de cima de Júlio.

Ele estava descontrolado, do jeito que o vi em sua casa quando o mesmo estava drogado. Só que agora ele estava no estacionamento do hospital, batendo em uma pessoa inocente.

As pessoas viam na direção, mas assim que viam Rocco paravam no lugar é só ficavam vendo a cena com olhares curiosos e até mesmo incrédulas assim como eu estava.

Estava horrorizada vendo aquele cena. Rocco continuava batendo em Júlio, seus punhos fechados acertando o rosto do mesmo que virava espirrando sangue.

— Para, Rocco! — tentei lhe puxar, mas ele nem saia do lugar parecia até mais forte e determinado — Você vai acabar matando ele! Para!

Foi em vão.

— Alguem me ajuda! — gritei.

Eu já tava nervosa vendo o corpo de Júlio mole, ele estava sem reação mas isso não parecia nada pra Rocco já que o mesmo continuava com os socos.

— ROCCO! — gritei.

Mais uma vez, foi em vão.

Eu já não sabia o que fazer, foi quando Guto apareceu. Ele olhou pra mim passando os olhos pelo meu corpo como se estivesse vendo que eu estava bem e foi em direção a Rocco. Foi difícil, por duas vezes Guto tentou tirar Rocco de cima de Júlio, só na terceira vez conseguiu.

— ME SOLTA PORRA! — Rocco tentou tirar os braços de Guto que lhe seguravam, tentando lhe arrastar pra longe — Me solta, arrombado!

— Tu quer matar o cara porra. Tá doido? — Guto falava tentando acalma-lo — Vai chegar os polícia aí do hospital.

— Eu pago o salário desses cuzão! — Rocco esbravejou com raiva.

Fui até Júlio e conferi seu pulso, estava fraco, ele estava se engasgando com o próprio sangue sem consegui respirar.

— Leva ele! — falei para os enfermeiros que ainda estavam prestando atenção ao show que Rocco estava fazendo — Vai. Logo!

Senti Júlio dá um leve aperto em minha mão, voltei minha atenção para o mesmo e dei um sorriso fraco.

— Me desculpa. — pedi olhando em seus olhos que estavam se fechavam lentamente — Vai ficar tudo bem. — envolvi minha mão na sua — Não dorme.

Os enfermeiros colocaram Júlio na maca para levá-lo para dentro do hospital, ele não soltou minha mão em nenhum momento e eu aperta firme a sua como se isso fosse passar conforto.

Rocco ainda gritava, tentando vir pra cima dele enquanto Guto lhe segurava. Ele ainda estava nervoso, parecia que iria explodir e matar todos há qualquer momento.

Mas Rocco não era a prioridade, a prioridade agora era Júlio que já não estava conseguindo respirar. A cabeça dele também sangrava, das batidas que Rocco deu no chão.

Caminhei ao lado de Júlio, segurando sua mão para entrar no hospital até que senti uma mão no meu braço que me puxou com toda brutalidade. Enquanto Júlio foi levado às pressas.

— Me solta! — tentei puxar meu braço, mas Rocco não largou, pelo contrário ele apertava mais.

— Tu vem comigo! — me puxou para fora do hospital — Agora é nós dois!