Nosso Recomeço (Nova Versão)

42°

Rocco

Parei em frente a casa do meu avô e buzinei, pouco tempo depois ele saiu, fazia uns dias que nós não se via.

— Giovanna tá te prendendo? — ele perguntou rindo — Nem parece mais aquele que vivia pelo morro e virava a noite na boca.

— Tô curtindo minha mulher e meu filho. — sorri.

— Faz bem. — encostou na parede da sua casa, enquanto eu estava na moto — Não pensei que ia te ver desse jeito todo babão, dá pra ver que tu tá feliz.

— Muito. — falei pensando nela — Giovanna foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida e quando eu achei que não tinha como ficar melhor, ela engravida do nosso guri. No começo foi pesado, mas hoje é só tranquilidade.

— Como ela tá com a gravidez? Não tenho visto muito Giovanna pelo morro.

— Estão bem, ela passa mais tempo em casa por causa dos enjoos. — falei — Vim aqui agora porque Adriana tá com ela e as duas juntas só rola fofoca.

— E a boca? Se afastou de vez?

— Não. — neguei — Por enquanto Guto tá dando conta sozinho, as coisas mais importantes consigo resolver de casa.

— Tipo Judas? — me encarou — Não tá achando isso tudo estranho? Primeiro ele ataca, depois praticamente esquece o alemão e não faz nada.

— Ele sabe que perdeu uma boa oportunidade. — falei — Qualquer passo errado e é ele que cai.

— Mas antes de cair, vai ficar sabendo de tudo que tá acontecendo pelo x9.

— Nada passa batido, vou descobrir quem é esse filho da puta. — falei.

Escutamos a porta bater e a Rebeca saiu, ela ficou surpresa em me ver.

— Oi Rocco. — sorriu.

— Eae. — felei normalmente.

— Fiquei sabendo que vai ser pai. — disse — Parabéns.

— Valeu.

Ela me encarou por mais alguns segundos, virei o rosto sem da importância. Rebeca é uma mulher bonita, mas isso não me atraí nela como já aconteceu um dia. Sempre foi assim, nunca rolou sentimento.

Ela falou algo com meu avô e foi embora, acompanhei com o olhar e a vi descer o morro indo até onde estavam suas amigas.

— Ela tá morando com vocês? — perguntei a meu coroa.

— Era isso ou a Maria ia mandar ela ir morar com o pai, mas parece que eles não se dão muito bem, esse é um dos motivos dela sempre morou com a Tia. Então, Rebeca preferio tomar juizo e ficar poder ficar.

— Parece que tá tomando jeito. — coloquei a chave na ignição — Tô indo. — fiz toque de mão com ele.

— Vai na fé.

Dei partida subindo o morro e vendo a tranquilidade que tava, passei pela casa de Menor. Ele e a Gaby tinham acabado de sair do carro tavam sorrindo pro vento.

— Rocco! — Gaby gritou acenando.

— Eae. — parei a moto perto dela.

— Adivinha? — sorriu tocando a barriga.

— Tu vai deixar de bater em Menor com a panela de pressão?

— Não. — sorriu — É outra coisa.

— Sei não. — falei.

Ela bufou.

— Estou grávida! — passou a mão na barriga.