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Giovanna

Rocco estaciona o carro em frente a casa de Adriana e tiro o cinto de segurança.

— Já sabe... — ele disse

— Eu ligo e você vem me pegar, não é pra ir sozinha. — repito suas palavras.

— Isso.

— Deixa comigo. — dou um selinho em sua boca, passando minha mão na sua barba por fazer e observo sua expressão cansada. Rocco teve mais vez uma noite ruim de sono, na verdade acho que nem dormiu, suas orelhas demostra seu cansaço — Você vai pra boca?

— Vou dá uma passada rápida.

— Volta pra casa cedo, você precisa descansar.

— Se preocupa não. — ele sorriu tentando me convencer.

O encaro por alguns segundos notando seu comportamento diferente. Mas logo saio do carro, deve ser só impressão minha.

Entro na casa de Adriana, e só depois Rocco dá partida indo embora.

— Cheguei. — falei vendo minha amiga digitando algo no celular.

— Atrasada como sempre. — deixou o mesmo de lado e me deu um abraço apertado, ou pelo tentou.

— Esse menino vai ser grande. — ela tocou minha barriga

— Nem me fale. — entrei na cozinha e fui direto na geladeira beber água.

— Olha o que comprei para o meu sobrinho. — ela pegou uma bolsa e colocou em cima do balcão, tirou de dentro várias roupinhas. calçados, camisas, meias e várias outras coisas lindas.

— Nossa, são lindos. — falei pegando um macacãozinho amarelo.

— Sei que você gosta de amarelo, até escolheu pra decoração do quarto, mas de roupinha amarelo só tem esse macacãozinho mesmo, até porque ninguém quer ver o garoto fazendo cosplay Power Rangers amarelo.

— Não fala assim. — joguei uma camisa na sua direção, ela agarrou sorrindo — E nem me lembra sobre a declaração do quarto, isso daqui uns dias me deixa de cabelo em pé.

— O que aconteceu?

— Deveria estar tudo pronto, isso se a loja que encomendei os móveis e enxoval não tivesse me deixando na mão, eles ainda não fizeram a entrega e nem previsão para isso. Só hoje, liguei mais de dez vezes e nada, não tive nenhum retorno. — bufei.

— Mas eles tem lojas físicas também, não tem?

— Tem, mas Rocco me deixa sair do morro, e não quero falar com ele sobre esse assunto. Acho que o morro tá com problema, não quero preocupa-lo com mais esse assunto.

— Mas eu posso sair. Qual o endereço dessa loja?

— Você vai? — a encarei.

— Porquê não? — pegou o celular de lado e me deu — Anota aí.

Anotei tudo certinho da loja mais próxima que eles tinham.

— Obrigada. — devolvo seu celular.

— Não me agradece, se eu tiver que matar alguém, você vai ser obrigada a me visitar na cadeia.

— Com todo prazer. — falei e ela sorriu, balançando a cabeça negativamente.

— Espero que não seja necessário. — falou divertida — Mas não se preocupa com isso, vai dar tudo certo. E outra, não adianta ficar de cabelo em pé em relação ao quarto se nem o nome da criança você escolheu ainda.

Nosso Recomeço (Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora