Capítulo 7

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Mallu

-Acorda Mallu! Minha mãe está chamando para tomarmos café da manhã. -Abro os olhos e vejo Julie me balançando.

-Que horas são? -Pergunto.

-Oito e meia. -Ela responde e se afasta. -Você não tinha curso hoje?

-Tinha! -Rimos.

Vou ao banheiro rapidamente fazer minhas higienes matinais. Ao sair, vou até a sala de jantar, onde estava sendo servido o café da manhã.

-Bom dia! -Cumprimento me sentando ao lado de Jul.

-Bom dia, querida. -Senhora Smith responde sorridente.

-Comment vont tes cours de français? -Ela pergunta como vai minhas aulas de francês.

-bien merci. -Digo sorrindo.

Depois de tomarmos café da manhã me despeço de Julie e sua família e parto em direção a minha casa.

-Mallu? -Me viro para procurar o dono da voz, já sabendo quem era.

-Pieter. -O cumprimento.

-Como você está? Quanto tempo. -Ele diz sorridente.

Sabe quando parece que todos os sentimentos que estavam guardados reaparece? Foi isso que aconteceu... mas diferente diferente de antes, eu não sentia uma vontade absurda de estar ao lado de Pieter. Eu não sentia vontade de voltar com ele para seu apartamento. Eu queria beija-lo, queria abraça-lo... mas não daria minha vida por isso, como dava antes.

-Estou bem, Pieter! E você? -Digo simpática. -Está mudado.

E realmente ele estava. Pieter havia cortado seus cabelos negros e sua barba estava feita. E diferente de quando estavamos juntos, Pieter não cheirava a álcool e sim, cheirava a uma colônia muito gostosa.

-Decidi dar um jeito na minha vida. -Diz. -Que tal tomarmos um sorvete? Por minha conta.

Eu até poderia negar. Mas eu não estava com a mínima vontade de voltar para casa e eu estava gostando de ficar perto desse novo Pieter.

-Aceito seu convite! -Digo sorrindo.

Fomos andando até a sorveteria mais próxima e pedimos nossos sorvetes.
Sentamos em um banco em frente a sorveteria e ficamos conversando.

-E como vai sua mãe? -Ele pergunta. Pieter tinha um carinho enorme por mamãe.

-Ela está bem. Arranjou um namorado, e creio que está feliz. -Digo.

-Que bom. Sua mãe merece tudo de bom. -Ele diz.

-É. -Digo, afim de mudar de assunto.

-Você soube da nova boate que abriu no Centro? -Pergunta e eu confirmo.

-Sim, eu e o pessoal vamos lá amanhã. -Digo e ele parece surpreso.

-Que pessoal? A Julie?

-Também... ela, mais duas amigas e o Liam. -Digo e ele faz careta ao escutar o último nome.

-Esse cara de novo? Mallu, ele não presta. -Ele diz revirando os olhos.

-Ciúmes a essa altura do campeonato, Pieter? -Digo rindo. -Aliás, se ele não presta, eu muito menos, então está tudo em casa.

-Você é incrível, Mallu... -Ele diz passando a mão pela minha bochecha. -Me arrependo tanto de ter te deixado escapar.

-Pieter... -Ele me interrompe, passando o dedo em minha boca.

-Mallu... eu amo você! Amo demais! -Ele se aproxima e quando percebo, nossos lábios já estavam juntos.

Seu beijo era lento, tinha gosto de menta, o sabor de seu sorvete. Pieter colocou uma mão em minha nuca, afim de nos aproximar mais.
Seu beijo era bom, mas eu não senti nada. Nenhum sentimento. Sem borboletas no estômago. Diferente do que acontecia antes. Diferente do que aconteceu com Liam.

-Volta comigo, Mallu? Me dê uma nova chance de te fazer feliz? -Ele diz ao terminarmos o beijo, encostando nossas testas uma na outra.

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