Capítulo 41

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Eu amo essa música, e achei que combinou com o capítulo... enfim! Não sei se aí tbm não está aparecendo, mas é só clicar aí no meio da mídia que a música começa.

Mallu

Duas semanas depois...

-Ei neném da mamãe, vamos tomar banho? -Digo afinando a voz e Bernardo solta um risada.

Pego Bernardo em meus braços e o levo para o banheiro, onde já tinha preparado uma banheira para o mesmo.

-Calma neném. -Digo ao escutar o choro fino do Bê. -Mamãe está aqui, amor...

Um mês depois...

-Feliz três meses, Bê! -Digo animada pegando o mesmo de seu berço. -Eu amo você!

-Meu menino já acordou? -Liam pergunta se aproximando e assim que Bê o vê, ele se agita para que o pai o pegasse.

-Não acredito que vai preferir ele! -Digo sorrindo enquanto entrego Bê para Liam.

-Perdeu mamãe! -Liam diz. -Deixa que eu arrumo ele, amor.

Dou um selinho no meu namorado em forma de agradecimento e me afasto.
Era ótimo ver os dois juntos. Liam era um ótimo pai e Bê era muito agarrado com o mesmo.
Apesar de todos os problemas, a família que estávamos formando era matavilhosa.

Alguns meses depois...

-É para engolir, filho! -Digo para Bernardo que cospia a papinha de abóbora.

-Como você quer que ele coma uma coisa ruim dessas? -Liam diz fazendo careta.

-Não é tão ruim... -Digo colocando uma pequena quantidade em minha boca, mas logo cuspo de volta. -Tudo bem, é ruim mesmo...

-Vou por um pouco de arroz para ele. -Liam diz e eu assinto.

-É filho... está complicado. -Digo pegando Bê em meus braços, que solta uma pequena risada e cola sua boca em minha bochecha, na tentativa de me dar um beijo. Ato que fez meu coração se derreter.

-A dinda chegou! -Julie diz entrando no apartamento.

-Intimidade é uma coisa que não deve se dar a todo mundo. -Escuto Liam dizer e rio.

-Vocês me deram as chaves para que? Para entrar! -Ela diz vindo até mim e pegando o Bê de meus braços. -Oi meu amor...

-Oi amiga! -Respondo sorrindo.

-Eu estava falando com o Bê... -Ela diz e eu faço careta. -Mas oi para você também.

Semanas depois...

-Amor, pega o Bê lá no berço, por favor! -Peço Liam concorda, saindo de nosso quarto.

-Acho que alguém acordou com fome... -Ele aparece novamente, mas dessa vez, com nosso filho no colo.

-Milagre ele ter acordado mais cedo do que nós. -Digo pegando Bê no colo.

Bernardo ao seus oito meses, era uma criança tranquila. Não acordava durante à noite e dormia até tarde. Não chorava por qualquer coisa e era super simpático.

-A doutora Victória ligou. -Liam diz se sentando ao meu lado.

-E o que ela disse?

-Querem marcar a cirurgia do Bê para mês que vem.

Durante todo esse tempo, Bernardo fez no total de duas cirurgias, mas nenhuma foi o suficiente para resolver o problema em seu coração.

-Amor... É arriscado! E o Bê ainda é muito novinho. -Digo beijando a mãozinha do pequeno, que me olhava atentamente.

-Mas você sabe que ele precisa fazer... Eu também estou com medo, mas estamos juntos nessa. -Liam diz e eu sorrio.

Liam era um pai perfeito e um namorado perfeito. Em todo esse tempo, nunca tivemos uma briga séria, até porque, não havia motivos.

Liam me ajudava em tudo. Desde a ficar com o Bê à até me ajudar com a casa. E eu era muito grata por tudo, acho que sem ele, eu não teria conseguido.

Nós precisávamos ir até o hospital para conversarmos com a doutora Victória. Então passamos na casa de Julie e deixamos Bernardo com Tia Olivia, que alegava estar morrendo de saudades do neto.

-Que bom vieram... sentem-se. -A doutora diz.

-E então?

-Vocês sabem que a cirurgia anterior não foi bem sucedida... Então nós queremos marcar uma nova cirurgia para...

-Espera aí! -Eu a interrompo. -Vocês querem abrir meu filho novamente?

-Me deixe terminar... -Ela pede e faço um gesto para que ela prossiga. -Creio que por todo estresse que você tenha sofrido na gestação, provocou uma malformação no coração do paciente... tendo assim, cardiopatia congénita.

-Como assim? O que é isso? -Pergunto?

-A cardiopatia congénita é uma malformação no coração que ocorre no primeiro ou segundo trimestre da gravidez. Esta anomalia causa mal funcionamento do coração, que se vai agravando se não for tratada. As causas das cardiopatias não estão ainda totalmente esclarecidas, mas existem causas ligados aos genes e causas ligadas ao meio ambiente, sejam agressões infecciosas, medicamentosas ou outras relacionadas com a mãe... e se não tratada, pode levar a morte do paciente.

-Não tem outro jeito de tratar? Remédios ou algo assim... -Pergunto já com lágrima nos olhos.

-Nós tentamos, mas agora... É só com cirurgia. -Ela diz.

-E quais os riscos? -Liam pergunta e vejo que seus olhos também estavam vermelhos. Ele estava querendo chorar.

-Bem... essa é uma cirurgia muito delicada, então não vou mentir para vocês... Há riscos do paciente não sobreviver... cerca de dezoito por cento. -Ela suspira. -Mas se ele não fazer... também corre riscos muito maiores de não sobreviver.

Eu não podia perder o meu filho... não era justo. Tanta gente ruim no mundo, e logo meu menino correndo esse risco.

Dois meses depois...

-Vem filho... Vem na mamãe! -Digo me afastando um pouco, e me abaixando na altura dele.

-Vai filho, você consegue! -Liam diz ao meu lado enquanto filmava tudo.

Aos poucos Bernardo da seus primeiros passos, vindo até mim.

-Ah meu amor! -O pego no colo e giro no ar. -Você conseguiu, neném da mamãe!

-Mama... -Ele murmura e sinto lágrimas cair pelo meu rosto.

-Você ouviu amor? Fala, fala de novo para o papai ouvir! -Digo beijando suas bochechas.

-Papa...

-Você ouviu?! -Liam pega ele no colo, com um sorriso enorme no rosto. -Você ouviu? Ele já me reconhece como o pai dele!

-Porque você é o pai dele! -Digo colando nossos lábios, mas logo somos interrompidos por uma pequena mãozinha entre nós.

-Parece que alguém não gosta de dividir os pais. -Liam diz beijando a pequena cabeça de nosso filho. -Mamãe e papai ama você, filho!

-Mama... Papa! -O pequeno diz dando uma gargalhada gostosa.

-Eu amo vocês! -Digo abrindo um sorriso.

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