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< Capítulo anterior: 30§ Vencida
Depois de apelos, humilhações, ameaças e contestações Eva acabou por perder a luta com Bruno e abandonar a casa.
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— Bruno —
Eva estava finalmente fora da minha vida. Quando por fim avistei-a a descer a rampa que dava acesso à casa e ouvi o ruído das rodas da mala a baterem na calçada, senti uma mistura de emoções.
Livre! Aliviado de terminar uma relação que durara muito para além do que imaginara! Realizado por tomar as rédeas da minha vida e ter a oportunidade de construir a minha vida ao lado de quem escolhera!
No entanto, tudo se misturava com alguma nostalgia de todo o legado que tinha construído ao lado de Eva! Era impossível não desfilar pela minha mente os triunfos que tínhamos partilhado, os momentos tumultuosos da empresa em que ela me ajudara a seguir em frente.
Haviam ainda toda uma coleção de cerimónias, eventos sociais e festas em que Eva, com todo o seu brilho natural e elegância, tinha agraciado os diversos negócios que conseguira fechar.
Já para não falar na mulher que se revelara dentro daquelas quatro paredes, dando-me os momentos de maior satisfação como homem ao longo daquelas duas décadas.
Ninguém sabia explorar melhor cada milímetro do meu corpo do que Eva. Ela levara-me ao limite vez após vez, deixando-me pendurado no precipício do êxtase e do prazer! Tinham sido noites intermináveis em que ela nunca se coibira de esgotar toda a minha energia e masculinidade na nossa intimidade.
De certo modo sentia algum pesar por tudo terminar assim, por eu nunca ter sido capaz de me entregar a ela também de corpo e alma. Simplesmente Eva não era a mulher que eu escolhera para amar e jamais conseguira apagar de mim a sombra de Clara.
Contudo sentia também alguma revolta e insatisfação por Eva partir sem assinar o contrato e consequentemente o divórcio. Eva teimava na sua atitude de insubordinação, só dificultando mais as coisas. Estava ciente que tinha vencido a batalha, mas a guerra ainda estava para durar.
Precisava urgentemente dum whisky, para estabilizar todo o meu centro gravitacional que de repente parecia ter perdido a sua rota tão bem definida e deterministica.
A partir de agora a minha vida estava sem guião. Era uma folha em branco, na qual podia dar asas à criatividade para traçar novos rumos.
Enquanto ainda punha as pedras de gelo na bebida, apercebi-me que não estava mais sozinho. Fossem quais fossem os meus conflitos internos, estes foram obrigados a passar para segundo plano perante a presença da minha mãe ali.
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A Esposa Perfeita
General FictionTudo o que nasce do fogo, termina em cinzas! Eva é uma esposa troféu, tendo vivido mais de vinte anos rodeada de todos os luxos e comodidades provenientes desse casamento. Ela sempre foi exímia em interpretar o papel que era requerido dela: a mulh...