59 § Expulso do paraíso

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< Capítulo anterior: 58§ Confronto aberto

Dona Isabel desafiou Bruno e Érica para que as verdades sejam reveladas. Até lá ela decidiu assumir o controlo.

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— Tiago —

— Tiago —

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O sol entra pelo meio das persianas iluminando o quarto. Aprecio o corpo de Eva, ainda nu, por debaixo dos lençóis. A virilidade percorre-me por inteiro, a cada recordação da noite anterior. 

A minha memória sensorial transmite-me ondas de prazer ao recapitular cada curva de Eva, cada suspiro seu, cada gesto dela enquanto nos amávamos. Houve algo de muito intenso em cada minuto que partilhámos nesta cama.

Reflito no quão inócuas e vazias foram os meus relacionamentos ao longo destes anos. Depois de ter estado com Eva, a minha vida de playboy parece simplesmente ridícula e sem sentido.

Tinham sido inúmeras as jovens mulheres estrangeiras que haviam passado por esta vila, à procura dum verão diferente. Muitas delas vinham sozinhas, outras com um pequeno grupo de amigas. 

Buscavam umas férias longe de quem as conhecesse, de preferência num país ensolarado, sem ser demasiado caro e com um povo acolhedor.

Uma escola de surf numa vila pitoresca era algo exótico para elas. Derivado da minha função, eu procurava manter limites saudáveis ao relacionamento entre instrutor e aluna, mas nem sempre era fácil essa tarefa.

Por vezes o jogo de sedução começava bem cedo. Podia ser algo tão simples quanto a inexperiência de vestir um fato de surf. Eram recorrentes os pedidos para eu as ajudar a puxar aqui, ajustar ali, correr o fecho atrás. 

A fase seguinte era ainda na praia, onde ensaiávamos os movimentos a serem postos em prática no mar. Casualmente lá havia uma proximidade física mais arrojada, fosse minha ou delas, tudo sob o pretexto duma mímica mais correta da postura e articulação do corpo sobre a prancha. 

Por fim, na água, algumas delas estavam em apuros persistentemente, demandando a minha atenção.

Assim, não era raro, ao fim de três ou quatro aulas, o clima entre nós estar perigosamente inflamável. Depois bastava apenas algo insignificante para atear toda a tensão sexual acumulada. 

Sentia-as olharem-me com desejo, derivado do meu hábito de desapertar a parte de cima do meu fato, após a aula, para me sentir mais confortável e obviamente para alimentar a provocação. 

Quando chegávamos ao barracão que usava como instalações da escola de surf as coisas acabavam por descarrilar. 

Ora antecipava-me eu, beijando alguma delas desenfreadamente, ora eram elas que se recusavam a ir para os vestiários, atirando-se imediatamente nos meus braços ou regressando dos balneários completamente nuas.

A Esposa PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora