72 § Verdade ou consequência

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< Capítulo anterior: 71§ Fora de serviço

Bruno foi intercetado por um desconhecido que o agrediu, frustrando assim os seus planos de abordar Eva. Dona Isabel assumiu o leme das operações após a entrevista de Eva....

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— Eva —

A celebração parece não terminar! Por mais que Diana tente negar que esta entrevista não tinha em vista as audiências, ela é incapaz de disfarçar o seu regozijo quando o produtor lhe comunica os resultados prévios da assistência ao programa

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A celebração parece não terminar! Por mais que Diana tente negar que esta entrevista não tinha em vista as audiências, ela é incapaz de disfarçar o seu regozijo quando o produtor lhe comunica os resultados prévios da assistência ao programa.

Toda a equipa a felicita e, por acréscimo, vêm-me cumprimentar, solidários com a minha história de vida. Equaciono se terei feito realmente a coisa certa. 

Se para Diana tudo terminou quando os holofotes se apagaram e as camaras foram desligadas, para mim a guerra apenas começou, e não tenho claras quais serão as consequências disto tudo. Contudo, foi um risco calculado a que tinha de me expor, conhecendo bem os Medeiros, sei que agora eles vão ter de se mexer da sua zona de conforto.

O telefonema de Bruno foi uma prova disso! Diana deixou-me escutar as barafustações dele. Sempre foi assim, perante uma adversidade ele só sabe exaltar-se. Será certamente um excelente homem de negócios, desde e quando tenha alguém do seu lado para aplanar o caminho que ele quer percorrer.

No entanto, a minha maior preocupação neste momento é outra. Já deve ser a quinta vez que tento ligar a Tiago, e nem sinal dele. Sei que nada disto era da vontade dele e que provavelmente estará profundamente arreliado com toda esta exposição.

"Preciso que me deixes explicar tudo! Por mais chateado que estejas, atende-me por favor o telefone." — escrevo-lhe num SMS, já bastante ansiosa.

— Está mais calma Eva? — aborda-me Diana.

— Tudo bem, sim! — procuro disfarçar o meu incómodo com todos aqueles festejos da equipa, face ao sucesso do programa. — Quando posso ir?

— Estávamos a pensar em jantar no novo restaurante argentino que abriu a dois quarteirões daqui. Adoraria que a Eva se juntasse a nós.

— Vai me desculpar Diana, mas preferia realmente ir andando. Foi um dia muito desgastante para mim.

Naquele momento só consigo pensar em apanhar o primeiro comboio e ir ao encontro de Tiago. Não aguento mais esta angústia de estar a imaginar na minha cabeça mil cenários diferentes para a reação dele à entrevista.

— Percebo, mas tenho imensa pena que não nos acompanhe Eva! Gostava de discutir consigo futuras colaborações. Talvez um pequeno biopic, em estilo de documentário, onde a Eva nos guia pelos principais lugares e causas do seu dia-a-dia. A minha equipa de reportagem está entusiasmadíssima com essa possibilidade.

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