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< Capítulo anterior: 57§ Um obstetra de prestígio
Dona Isabel propôs a Érica uma consulta com um dos obstetras mais prestigiados, contudo tal convite gerou mais dúvidas, suspeições e inquietações...
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— Bruno —
O terror e medo que estavam estampados nos olhos de Kika, já os tinha visto no passado nos olhos de Clara Também ela costumava ficar aterrorizada a cada iteração que tinha com a minha mãe.
Clara evitava a todo o custo cruzar-se com a temível dona Isabel. Não raras vezes todo o seu corpo tremia só com a possibilidade de sermos flagrados pela minha mãe.
— A minha mãe disse-te alguma coisa que te perturbou? — peço-lhe que me conte. — Do que falavam antes de eu ter chegado?
Certamente ter-me-ia escapado alguma coisa naquela conversa entre futura nora e futura sogra. Mas Kika continua pouco responsiva.
— Eu vou confrontá-la e impor-lhe os limites que há muito devia ter definido. — prometo a Érica, já saturado das constantes intromissões da minha mãe na minha vida. Ela continua convicta de que conseguirá que a história se repita e afastar-me de Kika, assim como conseguiu com Clara.
— Não, Bruno! Por favor! Isso só pioraria as coisas?
Abraço Kika, solidário com a sua fragilidade. Ninguém sabe melhor do que eu o quanto dona Isabel pode ser intimidadora. Talvez por isso ela nunca tenha granjeado um largo círculo de amizades.
Se é verdade que a minha mãe é respeitada, quase venerada, nos eventos a que assiste, também não é menos verdade que ninguém se perde de amores por ela ou lhe endereça convites para frequentar as suas casas. No entanto isso é algo que parece ser indiferente a dona Isabel.
Oiço as batidas da bengala da minha mãe ecoarem pelos mosaicos da vasta sala onde estamos. Ela aproximar-se e apreciar a cena diante de si com algum desdém. Érica liberta-se dos meus braços ao se aperceber da fixação da minha mãe e recompõe-se, limpando as lágrimas.
— Há pouco a Érica perguntou-me se eu havia sido amiga da sua mãe e de onde a conhecia. — refere a minha mãe, abordando Kika.
— Mãe, acho que é melhor ir-se embora! — interrompo-a, quase em tom de ordem, temeroso do que ela esteja a planear contar. Não vou admitir que seja a minha mãe a revelar uma verdade que é só minha. Só a ideia de Érica ficar a saber do meu passado com Clara através da narração totalmente enviesada da minha mãe, dá-me calafrios.
— Pois bem, a sua mãe, Clara, também era uma mulher muito complicada. Era uma pessoa que tinha o dom de criar um drama a partir duma gota de água!
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A Esposa Perfeita
General FictionTudo o que nasce do fogo, termina em cinzas! Eva é uma esposa troféu, tendo vivido mais de vinte anos rodeada de todos os luxos e comodidades provenientes desse casamento. Ela sempre foi exímia em interpretar o papel que era requerido dela: a mulh...