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< Capítulo anterior: 65§ Obstinado
Bruno recusou-se a ceder nas condições associadas ao divórcio. No entanto, isso não demoveu Eva, que está decidida a seguir outras vias...
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— Eva —
Peço ao taxista que me aguarde. Confiro mais uma vez o telemóvel para verificar se já existe alguma confirmação da jornalista acerca da entrevista, mas nada!
Quando desço da viatura e encaro a casa onde morei durante os últimos vinte anos é impossível não sentir algo semelhante a uma vertigem assolar o meu ventre. Subo a rampa de acesso, cujos contornos e irregularidades já conheço de olhos fechados.
O objetivo deste meu regresso é simples: aproveitar que estou aqui, para levar diversos dos meus pertences comigo. Agora que já sei onde e com quem vou residir, já posso fazer uma seleção mais acertada das coisas que preciso de levar comigo.
Ao aproximar-me um pouco mais da casa, avisto Carolina e Érica. Já elas, nem se apercebem da minha presença. A cena faz-me lembrar os meus primeiros tempos de casada, em que também Carolina me ajudara com o mesmo entusiasmo, dando as suas sugestões de decoração e eventuais alterações ao aspeto interior e exterior da casa.
Carolina vai articulando todo o seu rol de opiniões para Érica, acerca de como podem alterar a configuração da entrada da casa. Fico perplexa com a capacidade dela em fazer mudanças àquilo que ela própria desenhou há anos atrás.
— Vejo que já conheces Érica! — surpreendo as duas, congelando repentinamente toda a efusividade de Carolina.
Tal como mais cedo no escritório, Kika apressa-se a desaparecer do local, inventando que precisam dela na empresa e voa para dentro do seu carro. Também não sou eu quem lhe vai oferecer resistência. Apenas fico a apreciar o seu jeito de se escapar, igual a um lagarto asqueroso.
Pergunto-me quando ela terá coragem para me enfrentar cara a cara, ao invés das suas manobras de bastidores ou debaixo dos lençóis. Será que quando a companhia enfrentar a sua próxima crise, esta nova senhora Medeiros irá a resolver desta mesma forma?
— Que saudades, Eva! — apressa-se Carolina a cumprimentar-me, após Érica já ter descido a rampa da casa. — Como estás? Tinhas-me tão preocupada!
— Estou perfeitamente bem! — retribuo-lhe com frieza o seu beijo.
— Onde estás hospedada? Liguei-te um par de vezes, mas nunca respondeste às minhas chamadas.
— Precisava de algum tempo para mim. — sou evasiva. — Vejo que a tua vida social continua ao rubro! Sempre a acompanhares as grandes mudanças não é Carolina?
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A Esposa Perfeita
General FictionTudo o que nasce do fogo, termina em cinzas! Eva é uma esposa troféu, tendo vivido mais de vinte anos rodeada de todos os luxos e comodidades provenientes desse casamento. Ela sempre foi exímia em interpretar o papel que era requerido dela: a mulh...