Capítulo 18: Parte 2

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Cheguei no apartamento que divido com a Luh desde que as coisas pesaram financeiramente para ela e dei a proposta dela vir morar comigo, até porque o Apê é grande e eu estava morando sozinha.

Respirei fundo antes de abrir a porta e entrei, passei pela sala e nenhum sinal das duas. Quando coloquei o pé dentro da cozinha vi as duas fazendo o almoço, a Luh estava no fogão mexendo uma panela e a Mia estava em pé na cadeira mexendo o suco que acredito ser de morango.

-Titia Nata!- a pequena é a primeira a me ver e desce da cadeira correndo.

Me abaixo para ficar da sua altura e a mesma se joga em mim. Aperto ela em meus braços e a levanto comigo.

-Você tá com raiva de mim, titia? Poque eu comi o seu cocolate?- perguntou toda tímida.

-Iti malia, que menina fofinha!- apertei as bochechas dela e sorri.- Tô não meu amor, mas tá próxima vez eu vou comer todinho e não vou te dar nada, porque você não deixou nenhum pouquinho para mim.- fiz biquinho e ela negou.

-Não titia Nata, eu guardei um pouquinho para você.- mostrou o espaço pequeno entre o dedo indicador e polegar.

-Por isso que eu amo minha sobrinha!- dei um beijo na testa dela e abri a geladeira vendo minha panela de chocolate com quase nada dentro.

O que vale é a intenção, né? Pelo menos me apego a isso.

-Sabia que a mamãe e o papai brigaram, titia?- olho para a Luh com a sobrancelha arqueada e ela dá de ombros.

-Não, por que princesa?

-Não sei, mas o papai falou que eu e a Mamãe devia ficar longe de você, que você era má infuencia! É verdade tia Nata?- controla-se Natacha, você está com uma criança em seus braços.

-Não meu amor, não é verdade.- 1, 2, 3, 4… conta para não explodir.

-Então o papai mente?- perguntou toda inocente e senti vontade de socar a cara do filho da puta.

-Evidentemente.- ouvir a Lucrécia suspirar, mas foda-se.

-O que é isso?- perguntou curiosa.

-Que ele mentiu, meu amor.

-Natacha!- minha amiga me repreendeu e apenas fingi que não ouvi.

-Falta muito para acabar?- perguntei a ela me referindo a comida e ela negou.

-Só falta esquentar a carne agora, por quê? O buraco negro acordou?- perguntou divertida e soltei um sorriso.

●●●

-Vamos logo, Luh! A gente vai chegar atrasada!- falei sentada no sofá enquanto mexia no celular e escutei ela rir.

-Como se eu fosse a única que se atrasou.

-Detalhes, apenas detalhes!

-Você vai trazer comida para mim, tia?- a Mia perguntou sem desviar os olhos do desenho que fazia.

-Se sua mãe deixar eu trago.- ela abre um sorriso e nessa hora a Luh sai do quarto.

-Nada disso, já comeu besteira demais por hoje, mocinha!- a Mia faz bico, mas minha amiga não dá o braço a torcer.

-O Ricardo vai mesmo?- pergunto a ela e a mesma assente com a cabeça meia tímida. 

Abro um sorriso de lado e nos despedimos da Meire, a babá dá Mia.

-Isso vai ser interessante!- falei enquanto saímos do apartamento para a garagem e ela me olhou interrogativa, mas apenas ri.

Não demorou muito e chegamos até o barzinho, até porque trabalhamos sete dias por semana, temos que curtir o dia de folga. Assim que entramos no estabelecimento olho ao redor, e em uma mesa do canto vejo o Ricardo e o Samuel, ex da Lucrécia que se fosse por mim eles voltavam, olhando uma para o outro como se fossem se matar. Fala para tu, sou foda fi!

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