Capítulo 23: Parte 2

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(Postando porque sou uma alma caridosa, mas sai mais capítulo quando os dois últimos baterem a meta!)

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Nos soltamos pela falta de ar e assim que os lábios deles saíram dos meus, encarei aqueles olhos negros por alguns instantes até que neguei com a cabeça, sentindo minha respiração ofegante, minhas pernas bambas e meu coração batendo a mil por hora.

-Por que você fez isso?- perguntei quase em um sussurro e ele encostou sua testa na minha, mas só em ver a boca dele tão perto e tentadora, me afastei na hora e abracei meu próprio corpo, para não fazer algo que talvez me arrependesse. -Você não devia ter feito isso, Rafael! É totalmente errado, porra!- usei um tom mais firme e ele riu amargo.

-Não é isso que seu corpo diz, não tenta fingir que não sente porque está na cara que sim, caraí!- fiquei o encarando por alguns segundo e depois simplesmente me virei e entrei em casa, fechando a porta com força.

Me escorei na mesma e ouvi ele respirar fundo. Coloquei a mão no meu peito e meu coração estava descompassado, cada parte do meu corpo que ele tocou estava formigando e sentia uma vontade louca de beijá-lo de novo, só para sentir aqueles lábios macios nos meus.

Balancei a cabeça diversas vezes para tentar jogar longe aqueles pensamentos, mas só aumentavam cada vez mais e bufei com raiva indo atrás de água.

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Não dormir quase nada ontem e agora estou escondendo as olheiras para poder ir trabalhar, tudo por culpa daquele Rato de Esgoto do caralho! Preferi nem pensar muito sobre isso, até porque não vou me estressar e nem ficar louca, está cedo!

Depois da minha obra de arte, sai do banheiro e logo em seguida da minha casa, deixando a porta bem fechada. Vou descendo o morro um pouco aérea e dando bom dia para as pessoa que me desejam. Não demora muito e chego até o barzinho. Seu Zé me dá bom dia e repassa basicamente, outra vez, o que preciso fazer. Ele é um senhor muito simpático, só não simpatizo mesmo com ele por que o indivíduo é um pouco machista, sabe? Não é de tá falando que mulher não pode fazer isso ou aquilo, e derivados, mas defende quem faz.

Ajudo ele a arrumar o local e fico no caixa esperando que a garota que fica no mesmo chegar, e nessa espera onde não estava fazendo nada não consegui tirar o desgraçado do Rafael da minha cabeça. Depois de dez minutos ela chega e juntamente com ela, um grupinho de trafica. É, aqui vou eu.

Atendo a mesa deles que, por incrível que pareça foram até que "gentis". Depois deles o bar começa a ficar cheio e me viro em trinta para conseguir dar conta, já que a outra garçonete está doente e não pode vir hoje.

Meu dia se passa assim e bem na hora do almoço, quando já estou pronta para tirar minha uma hora que serão bem aproveitadas, o outro vem com duas quentinha na mão, se senta na mesa ao meu lado e me chama. Arqueio uma sobrancelha para ele e cruzo os braços, tentando disfarçar as batidas do meu coração, ou talvez meu rosto vermelho.

-Qual foi?- perguntei séria e ele se fez de ofendido.

-Ih fiota, tô na paz. Senta aí pra almoçar, te trouxe uma quentinha.- neguei.

-Muito obrigada, mas prefiro comer em casa.- quando estava pronta para me virar, ele segurou minha mão, me fazendo olhar para ele.

-Colfoi? Não vou te morder não, mandanda. Claro, a não ser que você queira. Tô só te poupando tempo para subir até a goma e comer aquela tua gororoba.- soquei o ombro dele, o que o fez rir.

-Eu cozinho perfeitamente bem, me respeita! - olhei para a quentinha dele que estava aberta e quase babei quando vi a batatinha.- Isso é maldade, você sabe que não nego batatinha frita!- grunhi de raiva e o imbecil riu da minha cara quando puxei a cadeira e me sentei.- Para de rir, ou eu corto o teu pau!- peguei a quentinha e depois os talheres.

O Rafa pediu uma coca ao seu Zé e logo ele trouxe, esse daí não fecha nem pra almoço, eu hein!

Estava tudo na Santa paz, até que o Rafael veio com o viço de que o canto da minha boca estava sujo e queria vir limpar. Toda vez que ele levantava a mão para "limpar" eu fazia a egípcia e limpava. Até que em uma hora ele foi mais rápido e não só "limpou" meus lábios como passou o polegar pelos mesmo, me fazendo arrepiar e abrir um pouco a boca.

Maldito corpo que sempre aceita os toques dele! Quando fui perceber ele estava próximo demais e sua mão segurava meu rosto, nossos lábios estavam a pouquíssimos centímetros de distância, isso tudo em plena calçada e eu como uma tapada não conseguia sair daquela bolha.

Até que o som de uma batida de palmas chegou até os meus ouvidos e me afastei dele rápido, ouvindo ele suspirar e olhei para o dono do som. Porém me arrependi na mesma hora e não consegui controlar uma careta.

-Vejamos se o casal não está seguindo o contrato.- o Tito, um dos chefes do CV, falou com um sorriso nojento no rosto e eu franzi a testa não entendendo.

Olhei para o Rafa e o mesmo estava com a mandíbula travada e uma expressão séria demais, onde tentava esconder a raiva que sentia, mas os olhos o denunciavam.

-Oi? Contrato?- perguntei confusa e intercalei olhando do Rafa para o Tito.

Envolvida✔Onde histórias criam vida. Descubra agora