Capítulo 26

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Uma semana depois

Eu pensava que isso aqui seria mais de boa, a gente só teria que assinar os papéis e prontos, casados e longe da ira dos sócios e chefe do CV, mas para minha imensa decepção seria em umas das casas do comando lá BH e só poderia está presente os noivos e gente do comando, ou seja, os feches e dono de favela, ninguém mais ninguém menos.

A Lucrécia e a Alex ficaram putassa, xingaram o CV de todas as formas possíveis e ainda foram pra cima do Rafa dizendo que a culpa era dele e eu como uma boa noiva fiquei rindo enquanto ele tentava controlar as duas feras.

O Sammy, bem, se tiver um patamar mais alto do puto, ele ficou. Disse que eu não poderia ir sozinha sem ter ninguém do meu lado pra me proteger ou dá assistência se precisasse e aí foi que o Rafa ficou puto também, falou que ia está do meu lado para me proteger e aí começou uma briga entre eles, pelo menos dessa vez só foi verbal.

O Felipe ia vir com a gente, porém a Wendy adoeceu e está no postinho tomando soro. Tô com uma saudade do caralho dela, mas tenho certeza que se eu ver a garota e puxar assunto a vagabunda da mãe dela vai querer proximidade e minha vida está maravilhosa, na medida do possível, para eu me estressar com aquela filha de cruz credo.

O Rafa tinha enchido minha paciência porque quando ele foi me buscar para gente ir eu já estava vestida de noiva e ele ficou todo irritadinho falando que dava azar e que eu estava fazendo de propósito, porque eu já sabia. Temei com ele que isso só acontecia se a gente fosse se casar na igreja, mas como vamos fazer isso no cartório da em nada não, mas tu escutou? Porque ele não.

O engraçado é que ele foi atrás de mim já com o terno e ficou bolado porque eu já estava com o vestido de noiva, palhaçada viu.

O vestido que estou usando é bem simples do que o que usei no meu "primeiro casamento", mas é bonito e o melhor de tudo, confortável. Ele passa dos pés deixando um pouco de tecido espalhado no chão, é todo rendado e só que na parte de cima é revestido e tem uma fenda em uma das perna, de alcinhas e um decote V. Muito lindo.

Olhei para o Rafa que estava há quase quatro horas calado desde que entramos no carro para BH com a cara fechada. Fica muito bonitinho, meu desu!

Bonito e gostoso, principalmente com esse terno que caiu nele como uma luva e estou me controlando ao máximo para não passar os dedos pelos seus braços.

Olhei para o celular vendo que ainda faltava duas horas para chegarmos, eu preferia ter vindo de avião ou helicóptero, mas o Rafael falou que não podia dá moleza assim que era melhor no carro, porque ele sabia um caminho que bota azul não passava.

-Rafa.- chamei manhosa e ele fingiu que não ouviu.- Vai me ignorar mesmo?- fiz biquinho e vi os recantos dos lábios dele tremerem, tentando controlar o sorriso ou uma risada.- Qualé, palhaço, vai querer brincar disso mesmo? Sabemos quem ganha nessa brincadeira.

-Você não iria conseguir passar uma hora sem falar comigo.- sorriu sacana e eu debochada.

-Tu acha mesmo? Vai abraçando esse papo aí, que tu se fode.- ele riu.

-Não vejo a hora de poder tirar esse teu vestido.- olhou para mim com os olhos brilhando de desejo e eu fiz cara de safada.

-Não que seja da sua conta, mas acho que você iria gostar de saber. Estou sem nada por debaixo.

A cabeça dele se virou rápido em minha direção e os olhos se abaixaram para o meu colo, principalmente para a fenda que eu coloquei propositalmente mais para cima fazendo com que ficasse um dedo apenas para ver minha intimidade.

Vi uma barraca começar a se formar na calça dele e gargalhei alto. Ele sorriu e negou com a cabeça voltando o olhar para a pista.

-Quero vê você gargalhando assim quando eu tiver metendo.- falou com a voz rouca de desejo e senti minha intimidade formigar, me fazendo cruzar as pernas com força e morder o lábio inferior realmente pensando nele dentro de mim.

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