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Cinco anos haviam se passado desde que Natacha foi presa, e agora o que queria era apenas voltar para casa e para o aconchego de seus familiares; retomar a vida de onde parou ao lado do marido e do melhor amigo.
Só não esperava que o mundo tives...
-Natacha?- escutei uma voz longe.- NATACHA!- acordei em um pulo e olhei ao redor vendo que ainda era de noite, ou madrugada não sei. -NATACHA!- gritou de novo dessa vez mais perto da porta do quarto e eu peguei uma chilena jogando contra a mesma.
-CALA A BOCA!- gritei e escutei um suspiro de alívio.
Felipe tentou abrir a porta, mas como a mesma estava fechada a maçaneta apenas se virou.
-Qual foi, Naty? Abre a porta aí, tô preocupado contigo. Vomitou mais cedo, estava toda chorosa, dizendo que estava grávida e quando chego em casa que vou no quarto você não está lá!
É simples! Eu não quero te ver!
Peguei meu celular e era exatamente quatro da manhã, não acredito que esse filho da puta chegou em casa uma hora dessa e foi me acordar!
-Tô com cólica Felipe e você sabe que gosto de espaço quando estou assim!- falei com a voz fria e deitei minha cabeça no travesseiro.
-Cólica? Então você não está grávida?!- minha raiva só aumentava casa vez mais.
Peguei minha outra chinela e joguei com toda a força que tinha contra a porta.
-FICA LONGE DE MIM, FELIPE!- gritei com raiva e escutei o mais lindo silêncio.
Depois de alguns segundos escutei os passos dele se afastando. Me aconcheguei novamente na cama e me neguei a chorar, preciso ir dormir porque amanhã será um longo dia.
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Sinto muito meu lindo trabalhinho, mas eu vou fazer isso de qualquer forma. Conheço muito bem meus diretos de patroa do morro e eles vão me pagar! Felipe não poderá falar um "a" se quer para interromper, porque ele que está no erro.
Tomei um banho rápido no banheiro social e vesti um roupão indo para o meu quarto. Abri a porta e o Felipe estava dormido de bruços, com o rosto sereno como se não devesse nada, daqui a pouco ele acorda para ir para a boca. Entrei no closet e vesti um cropped preto e uma calça branca, nos pés coloquei um Scarpin vermelho. Fiz uma maquiagem leve, porém feita para causar porque é justamente isso que irei fazer
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Peguei meus óculos e minha bolsa, coloquei o celular dentro dela e desci, tomei um café rápido indo para fora da casa.
-Palito, eu quero aquela cadeira no meio da praça para ontem!- ele assentiu com a cabeça e meteu o pé.- Gringo, vai na casa do Rafael e pega a Amanda levando ela para a praça. Nescal e Cabelinho, eu quero todas as coisas que irei precisar agora na praça. Feijão e Arroz, anunciem que todos devem estar na praça, exceto os idosos e crianças!- todos assentiram e foram embora. Eles já estavam a par de tudo e têm o deve de me obedecer sem pestanejar.
Tirei o Aston Martin da garagem e abri a parte de cima, dirigindo com a cabeça em pé.
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