Capítulo 14: Parte 2

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O Rafael foi embora horas depois porque tinha trabalho para fazer e eu fiquei sozinha em casa pelo resto do dia e da noite. Sim, Felipe não voltou para casa, e iludida sou eu que ainda cogitei em pensar que ele iria pelo  menos manter as aparências, que merda Natacha!

Mas foi melhor assim, precisava de um tempo sozinha para organizar meus pensamentos e planos futuros. Preciso tomar um eixo e sair daqui o mais rápido possível.

Quando consegui dormir era quase uma da manhã, estava com insônia por causas dos mil pensamentos em minha mente e tentando não focar nas consequências que iram me trazer.

Quando acordei no outro dia me senti revigorada e dessa vez com os pensamentos e sentimentos controlados, não iria mais mostrar fraqueza pra nenhum, nunca fui assim para isso acontecer agora.

Vesti uma roupa bem basiquinha porque estou pouco me fudendo para o que vão pensar sobre mim, meu conforto vem em primeiro lugar.

-Aê, me leva até a boca principal.- falei assim que saí de casa e o vapor fingiu que eu nem estava ali, logo senti meu sangue ferve.- Tô falando contigo colega.

-Vocês estão escutando esse mosquito que está voando perto de mim?- perguntou para um outro e geral ali arregalou os olhos incrédulos.

Até eu mesma fiquei surpresa, mas com quem ele pensa que está falando? Não pensei duas vezes e me aproximei mais dele pegando sua arma, fazendo ele me olhar na hora com o rosto contorcido de raiva e em um segundo depois ele tinha levando a mão para mim e ACERTADO no meu rosto.

-Quem a vadia pensa que é?- comecei a ver tudo vermelho e o filho da puta começou a se aproximar mais.

Destravei a pistola e acertei em cheio em uma mão e depois na outra, logo em seguida na sua perna esquerda, fazendo ele gritar de dor e cair no chão.

-A vadia aqui é a PATROA…- ele me cortou o que fez minha raiva aumentar.

-Patroa? Você quis dizer chifruda, não? E tu é a Patroa do chefe não do morro e muito menos dos vapores.

Me arrependi amargamente por não estar com um salto agulha para enfiar no buraco da mão dele.

-A chifruda aqui vai ser a pessoa que irá te matar com tua própria arma, então colega, suas últimas palavras?- abri um sorriso falso e todos que estavam por perto arregalaram os olhos.

-Vadia chifruda do caralho!- quase gritou em puro ódio e eu sorri.

-Bêêm! Resposta errada, se diverta no inferno.- e com a raiva e o medo pairando em seus olhos eu apertei o gatilho fazendo um buraco em sua testa.

Me virei para os outros vapores com a arma na mão e todos deram um passo para trás com as mãos levantadas e os olhos arregalados.

-Preciso falar mais alguma coisa?- todos negaram assustados e sorri satisfeita.- Então, quem vai me levar?- em menos de um segundo apareceu um vapor em uma moto do meu lado. Travei a arma e joguei em cima do corpo imóvel.- Alguém limpe isto!... O mais rápido possível querido.- falei para o vapor que arrancou com tudo, é assim que eu gosto.

Cheguei na boca alguns minutos depois e geral que estava ali me encarou, uns com pena, outros com respeito e os filhos da puta que me olhavam com desejo. Assim que faltava alguns passos para entrar na sala do Felipe, dois vapores me pararam.

-Ele falou que não queria ser interrompido.- um deles falou e para sorte dele olhava para meu rosto e não para meus peitos como o outro fazia.

-Meu rosto é mais em cima!- olhei feio para ele que me deu um sorrisinho malicioso e me virei para o outro.- Não me importo com o que ele quer ou não, eu preciso e quero entrar. Então eu vou entrar!

Tentei passar mais uma vez e me barraram novamente, desgraçado que olhava para os meus peitos aproveitou para apalpar um. Por reflexo rodei minha mão na sua cara, só não peguei a porra da arma porque estava bem segura.

-FELIPE! MANDA OS TEUS PAUS MANDADO ME DEIXAREM PASSAR!- gritei fazendo escândalo mesmo e não demorou muito para a porta ser aberta e sair dela Felipe acompanhado do Rafael.

-Deixa ela passar.- ordenou e eu me empinei toda e andei como se estivesse em uma passarela fazendo cara de nojinho.

Olhei para a cintura do Felipe e vi a Glock. Sem deixar a pose, peguei a arma e me virei na mesma hora destravando e atirando na perna esquerda do desgraçado.

-Nunca mais rele um dedo em mim, seu resto de aborto!

-Tu fez o que filho da puta?- o Rafael perguntou enquanto o Felipe já estava em cima do vapor agredindo ele. Não demorou muito para o Rafa se juntar a ele. 

-Nunca mais toque um dedo nela seu desgraçado.- o moreno falou em puro ódio.

E eu achei lindo e fofo a cena dos dois príncipes conversando a honra da princesa!( percebeu a ironia, certo?). Revirei os olhos e guardei a arma entrando na sala e vendo um caderno em cima da mesa. Andei até o mesmo e tinha escrito três nomes que eu nunca vi na minha vida. Começaram a chamar pelo Felipe através do rádio e eu peguei o mesmo.

-Solta a voz.

-Cadê o patrão?

-Ocupado no momento, pode me dizer que eu passo a ele.

-Aê, não é por nada não, mas meu assunto é com ele se eu te dizer vai da ruim para mim.- revirei os olhos e assim que iria atrás dele, o mesmo passou pela porta e arqueou uma sobrancelha para mim.

Estendi o rádio e me sentei no sofá enquanto o Felipe falava com seja lá quem. O Rafael sentou do meu lado e tentou puxar conversa, mas apenas ignorei mexendo no meu celular. Tudo bem que eu não estava mais querendo matar ele, porque dada a situação em que ele estava não sei exatamente o que faria, mas não vou simplesmente esquecer o que ele fez.

-Descobri quem estava atrás da… Natacha. Eram homens do Furacão.

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