Capítulo 23: Parte 3

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Alguns segundos se passam e o clima ficou mais penso, assim como o sorriso sarcástico do Tito.

-Alguém vai responder a porra da minha pergunta?- paciência é um negócio que muitas vezes não tenho.

-Que dizer que a gata não sabe ainda?- ele falou olhando para o Rafa e vi a mandíbula dele ficar mais tensa.

-Eu não sei de que Caraí? Tão querendo da o cu a quem com essa enrolagem?- dessa vez ganhei a atenção dos dois e o Tito me olhou com o maior divertimento existente.

-Olha a boca Princesinha, tenho certeza que papai e mamãe não iriam gostar desse tom e vocabulário.- sinto meu sangue ferver e vou para cima dele com tudo.

-Não mete meus pais no meio!- quase grito e quando acho que minha mão vai acertar o rosto dele, o Rafael me segura e me puxa para trás.

-Fica calma, porra!

-Nunca pensei isso de você, Loiro. Iludir uma pobre mulher?- continua com os joguinhos dele e minha raiva só aumenta cada vez mais.

-Cala o caralho da tua boca!- Rafael praticamente rosna e vejo o semblante do Tito ficar sério.

-Olha como tu fala comigo, pau no cu! Tu me deve respeito!- falou alto e algumas pessoas começaram a fazer a famosa rodinha e filmar, ou tirar foto, vai saber. Daqui a pouco Instagram, Twitter, Whatsapp, Facebook e o caralho todo já vai tá sabendo.

-Vocês vão me falar desse contrato ou não?- perguntei um pouco mais calma, tentando me controlar.

-Aê Princesinha, se eu fosse você tomava mais cuidado com quem tu considera amigo e confia. Esse aí…- apontou para o Rafa.- … esconde um segredo importante pra porra de tu que vai mudar tua vida  e nunca abriu o bico.- falou sério e com o tom de voz firme. 

Dava para ser a sinceridade na voz dele e no olhar também, mesmo que tivesse uma mistura de sentimentos ali. Me virei olhando para o Rafa e o mesmo continuou olhando para qualquer lugar, menos para mim, fazendo com que meu peito se apertasse. 

Não conseguia imaginar o Rafael escondendo algo de mim, não algo importante como o Tito descreve, mas essas atitudes são uma pequena confirmação.

-Do que ele está falando, Rafael?

-De nada.- desvia o olhar para nenhum canto específico e ouço o Tito rir.

-Já que você prefere dificultar, eu mesmo falo para ela.- na mesma hora sinto o corpo do Rafael tensionar, já que o mesmo ainda me segurava pela cintura.

-Vocês me prometeram que deixariam eu falar!- falou entre dentes olhando como se fosse matar o Chefe.

E eu odiava está no meio disso tudo e não saber o que está acontecendo.

-Não vem de mimimi pro meu lado igual puta não, já te demos tempo demais. Se não abriu o jogo pra garota o problema é seu, caralho! Vim aqui para saber se tudo está andando nos conformes e só saio daqui quando ela souber se tudo e a data já estiver marcada.- juntos as sobrancelhas mais confusa ainda e o Rafael suspira.

-Vamos para minha casa.- é a única coisa que sai da boca dele e fico alguns segundos sem entender nada, apenas sigo eles.

O caminho inteiro ninguém abre a boca e o clima fica cada vez mais tenso e eu nervosa. Da última vez que enrolaram desse jeito descobri que meus pais tinham morrido. Já mordi tanto a parte interior da minhas bochechas que está dolorido. Depois de minutos que pareceram horas, chegamos a casa do Rafael e entramos.

O Tito se joga no sofá como se não estivesse sentindo o clima e o Rafa começa a andar de um lado para o outro com as mãos na cabeça. 

-Então Princesinha…- ele não para de me chamar pelo vulgo que meus pais me deram e isso está me deixando mais irritada.- … já que o Loiro não quer abrir o jogo, vou te mandar o papo limpo. Tu tem que se casar com ele antes que o ano acabe.- falou calmo, como se fosse algo normal do dia-a-dia e na hora o Rafael para de andar esperando uma reação minha e uma risada nervosa sai da minha garganta.

-Vocês só podem estar brincando, eu não vou me casar com ninguém!- falei me levantando do sofá com meu coração acelerando e minha respiração pesada.

-Joguei o papo pra tu, acredita se quiser. Mas o feche e sócios do CV estão esperando por esse casamento há anos!- isso chega a ser mais inacreditável toda hora que ele abre a boca.

-Rafael?- o chamo atrás de uma confirmação e o covarde do caralho não consegue olhar para minha cara enquanto fala:

-Ele está falando a verdade.- a voz dele saiu baixa e minha cabeça rodou em 360°.

Não sabia o que sentia nesse exato momento. Raiva, confusão, tristeza, mágoa, não sei ao certo, só sentia vontade de chorar, por saber que mais uma vez mentiram para mim e mais uma vez foi uma pessoa de confiança.

Os pensamentos e sentimentos estavam sendo jogando na minha mente de uma vez só e senti minhas pernas fraquejarem, me fazendo sentar no sofá que tinha me levando a poucos segundos.

-Que história é essa? E desde de quando você sabe disso, Rafael?- minha voz saiu tão baixa que não sei se eles conseguiram ouvir alguma coisa.

-Vou deixar o casal de resolverem.- Tito falou com o deboche na voz e saiu da casa.

Não demorou muito para o Rafael parar na minha frente e se abaixar para ficar na minha altura.

-Me desculpa.- foi a primeira coisa que saiu da boca dele e o encarei, já sentido o sangue esquentar nas veias e a raiva voltar dobrada.

-Eu quero saber que história é essa!- o empurrei e fiquei em pé andando para o outro lado da sala.

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