Cheguei na boca uns minutinhos depois e fui atrás do Rafa, preciso fazer uma coisa antes de olhar pra cara daquele outro. Entrei na sala dele e o mesmo estava sentado olhando uns papéis e anotando.
-Preciso que tu faça uma coisa pra mim.- ele desviou o olhar para meu rosto e cruzou os braços.
-O quê?- perguntou curioso.
-Quero que você mande o hacker encontrar o Ricardo e depois mande uns vapores darem um jeito nele, mas não matar sabe? Só quero dá um susto nele, para que ele nunca mais pense em tirar a Mia da Luh ou fazer inferno.- ele me olhou sério e se levantou.
-Tu tá ligada que ele tem direito de ver a filha, né?- assenti.
-Tem sim, porém o Ricardo não fazia muita questão de ir ver a Mia, Rafa. Na maioria das vezes que ele apareceu lá em casa era pra brincar com a Luh ou me irritar. Ele mal pegava a pequena para da uma volta ou levar ela no parque.
-Beleza, mas tu sabe que primeiro eu tenho que falar com o Felipe, né?- assenti.
-Tenho certeza que ele vai deixar.- sorri e fui até ele roubando um selinho.- Agora eu preciso ir, porque já vou ouvir pra porra do Eduardo por ter atrasado quinze minutos.
Quando ia sair ele segurou minha cintura, me fazendo virar para ele novamente. Rafa pegou no meu cabelo e puxou para trás, fazendo meu pescoço ficar a mostra.
-Ih Manada, quer dizer que tu coloca teus reboco para esconder as marcas que eu faço, mas as tuas fica a vista né?- perguntou sério, mas deu um sorrisinho malicioso.
Sorri pra ele sapeca e sai dos seus braços indo embora da sala.
-Cada um com suas táticas.- pisquei e sai dali indo encontrar o outro.
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-Iai? Falou com o Felipe?- perguntei enquanto saiamos da boca e montava na moto.
-Falei e ele deu permissão.- assenti e descemos para a lanchonete.
-Sabe Rafa, a gente tem que começar a cozinhar em casa, não que a coisa da Elisa seja ruim, mas nois tá gastando um dinheiro bom aqui sendo que tem comida em casa e um ótimo cozinheiro e ajudante.- ele riu, mas assentiu.
Não demorou muito para a gente estacionar a moto em frente a lanchonete e descer dela.
-Rafa meu amor, te encontro na mesma goma de sempre?- a voz irritante da Júlia chegou aos meus ouvidos e eu revirei os olhos com força enquanto respirava fundo.
Rafael olhou sério para ela e passou um braço pela minha cintura, enquanto eu mandava um olhar assassino pra ela.
-Se tu vier falar comigo desse modo novamente, eu vou acabar contigo. Beleza?- ameaçou enquanto apertava o pescoço dela, a deixando sem ar o que permitiu que ela apenas assentisse com a cabeça. Ele apertou um pouco mais, antes de soltar ela e entrar comigo na lanchonete com todos olhando.
Sorri debochada e fomos pegar nossa comida. Estava realmente demorando até alguma delas querer vim com deboche por meu lado, logo eu! Tenho até vontade de rir, porque coitada delas.
Assim que nos sentamos para comer o celular do Rafa começou a tocar e o mesmo deu um sorrisinho antes de atender. Ficou respondendo quer que seja e eu comecei a comer, porque fala pra tu, tá muito gostoso. Depois de alguns minutos Rafael desligou e me lançou um olhar divertido.
-Já deram um trato no Ricardo.- arregalei os olhos e depois sorrir largamente, eles foram rápidos.
-Mandaram ele pro hospital?- ele assentiu e se meu sorriso pudesse ficar maior ficou.- Falaram que não era para ele pelo menos pensar na Luh e na Mia, deixar elas em paz?- ele assentiu novamente.
-E pelo o que os soldados falaram, ele vai ficar quieto por um longo tempo.
-Ótimo! Meu dia não poderia ter ficado mais adorável!- olhei para trás do Rafa e vi a puta da Júlia fofocando com uma da sua laia e me olhando torto.- Já vi que vou ter que me controlar bastante para não sair matando por aí quando enfim entrar para o Conselho do CV.
-Natacha!- me repreendeu e eu apenas dei de ombros.
-Tô só avisando, você sabe muito bem que a paciência não é meu forte e são elas que procuram, quem tem alguma coisa a perder é elas não eu.
-Muito assassina essa minha esposa.- jogou comida em mim e eu rir enquanto negava.
-Aprendi com o melhor.- ele abriu um sorriso orgulhoso e um sorriso apareceu nos meus lábios.- Com meu pai é claro.- na hora o sorriso dele se foi e eu gargalhei alto, dando um selinho nele.- Te amo!
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Envolvida✔
Ficção Adolescente+16 Cinco anos haviam se passado desde que Natacha foi presa, e agora o que queria era apenas voltar para casa e para o aconchego de seus familiares; retomar a vida de onde parou ao lado do marido e do melhor amigo. Só não esperava que o mundo tives...